Worten Game City by Rock in Rio


Decorreu no passado fim de semana o primeiro evento Worten Game City by Rock in Rio. Algo que à primeira vista pode levantar a questão se faria falta mais um evento de videojogos em Lisboa, acaba por demonstrar que sim, posicionando-se até como o primeiro do género dedicado a toda a família.


De uma forma geral, o recinto tinha duas grandes àreas principais: o "Try and Play", com várias marcas de videojogos a dar a experimentar os seus conteúdos e materiais, e o "Temple Worten Game Ring", mais dedicado aos gamers competitivos com uma série de torneios e outras atividades que variavam entre os gamers profissionais e os amadores. Mas se este segundo espaço era muito pensado em certas vertentes de jogadores, o primeiro tinha um pouco de tudo para todos, desde o espaço retro até aos videojogos mais recentes do mercado. Então o que traz isto de diferente?

A principal diferença estava visível nos espaços exteriores do recinto, desde palcos musicais às atividades físicas temáticas de videojogos populares e filmes como o novo Spider-Man: Far From Home e Toy Story 4, por exemplo. Concertos que variavam entre tributos a videojogos como a banda RNG Major (bastante boa de se ouvir, diga-se!) até artistas populares como o Piruka ou a April Ivy, por exemplo. Toda uma área dedicada a videojogos em VR ou realidade aumentada, ou toda uma área para equipas experimenttarem Laser Tag eram também alternativas bastante populares no evento.

Foi um evento para fãs de videojogos, sim. Mas foi também um evento para todas as idades e um pouco de todos os gostos, incluindo tanto os mais novos como os mais velhos, deixando todos experimentar ou simplesmente assistir a todos os tipos de cultura deste mundo que, felizmente, continua a crescer em todo o mundo.


A grande prova disso foi o espaço de retrograming, criado com o apoio do Museu Nostalgica, onde pessoas de todas as idades se deliciaram a experimentar videojogos de outros tempos, incluindo múltiplas máquinas de arcade e até mesmo de pinball. Uma verdadeira alegria de ver o espaço cheio, tanto com pessoas novas como adultas, tanto pais e filhos como casais ou simplesmente amigos, todos a jogar e explorar videojogos do passado, mas sem os quais os dias de hoje não seriam os mesmos.

Tudo isto na área "Try and Play", onde obviamente não poderiam faltar as grandes marcas com espaços a pensar nos vários jogadores. Aqui, a Nintendo levou um palco no qual promovia experiências multijogador como Super Mario Party ou Super Smash. Bros. Ultimate, por exemplo, rodeado de áreas dedicadas a títulos específicos, incluindo o novo Nintendo Labo: Kit VR para a Nintendo Switch e uma área para jogar Mario Kart 8: Deluxe a 8 jogadores, todos com as consolas em modo portátil ligadas entre si.


Da mesma forma, a PlayStation contava com uma grande área onde destacava as principais novidades do último ano, incluindo títulos excelentes como God of War e Marvel's Spider-Man, por exemplo, oferecendo uma grande variedade para demonstrar as experiências que podem ser tidas na consola. Havia ainda uma área do espaço dedicada ao PlayStation VR, permitindo aos jogadores experimentar o acessório e descobrir tanto alguns dos principais como os mais recentes títulos de Realidade Virtual que foram lançados na PlayStation 4.

Já a Xbox apostou num formato diferente, pois além dos seus exclusivos também incluiu outros títulos excelentes vindos de 3rd party como Devil May Cry 5 e Resident Evil 2, por exemplo. Tudo isto com um grande destaque na parede para o Xbox Game Pass, serviço que inclui mensalmente um total de mais de 100 videojogos disponíveis e acerca do qual haverão certamente novidades na próxima E3.

Houve ainda mais títulos com stands ou zonas dedicadas a eles próprios no recinto, como foi o caso do Mortal Kombat 11 ou a sempre popular série de videojogos do universo LEGO, por exemplo.


Além dos videojogos propriamente ditos, também a AOC Gaming e a Razer marcaram presença num stand próprio deles, permitindo experimentar os mais recentes monitores AGON, assim como uma série de periféricos da Razer, incluindo uns phones de grande qualidade sonora e uma cor verde que, bem, faz com que sejam bem fáceis de se encontrar.

Do ponto de vista de quem habitualmente frequenta eventos de videojogos em Portugal, a maior pena deste espaço foi não contar com títulos ainda não lançados, coisas que os jogadores mais ativos não tivessem possibilidade de experimentar sem ser aqui. Naturalmente, a data ser um pouco antes da E3 não facilita - é muito provável que, sendo nos finais de junho ou princípios de julho, todas as marcas já tivessem, no mínimo, uma série de novos trailers de jogos para apresentar nos seus espaços. Por outro lado, sendo esta um evento mais focado nas famílias e pensado em ter um pouco para todos, acaba por não ser um grande problema do evento.

Foi só uma pena que estivesse demasiado calor no exterior para se tirar bom proveito dessas secções, este fim de semana foi mesmo muito quente em Lisboa.


Resumindo, para uma primeira edição de um evento de videojogos feito pelo Rock in Rio, foi um espaço cheio de atividades com uma óptima qualidade, feito a pensar em toda a gente. Para os jogadores mais "hardcore", talvez não tenha o mesmo interesse que, por exemplo, uma "Lisboa Games Week", mas a verdade é que mais nenhum tem uma vertente tão inclusiva para todas as idades, feito a pensar em famílias que possam ir juntas divertir-se em mundos relacionados com os videojogos mas também incluir outras coisas no mesmo espaço.

Se tudo correr bem, em 2020, os videojogos voltarão a fazer parte das experiências dentro do Rock in Rio, sendo que em 2021 voltará a haver uma experiência como a deste fim de semana, com videojogos e outras experiências para toda a família, jogadores e seus amigos também.

Entretanto, podem ver mais fotos do evento no nosso Instagram, em instagram.com/meusjogos.pt

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