Blades of Time


Jogo lançado na geração anterior, do género hack and slash, chegou agora à Nintendo Switch para aqueles que tal como eu, não o chegaram a jogar na altura. Um jogo que, no seu tempo, apresentou alguns problemas de jogabilidade, mas será que agora está melhor?

Blades of Time apresenta-nos a protagonista Ayumi, numa história que sinceramente não faz muito sentido nem tem grande interesse, apesar da heroína estar sempre a falar disto e daquilo. O voice acting até é bom, a actriz fez o melhor que pôde, no entanto, o guião é realmente amador, não há muito a fazer. Verdade seja dita, o ponto fulcral é a jogabilidade.

Mesmo sendo um jogo de ação, não se trata de algo complexo no que diz respeito aos combos como acontece com um Devil May Cry ou outros do género, o que o torna um pouco pobre. Além disso, as câmaras deixam a desejar imenso. Apesar disso, há jogos piores dentro do género mas, se forem exigentes, vão sentir o mesmo que eu.


O interessante é que nem todo o combate é em redor das suas espadas mas sim alguns feitiços que a protagonista vai adquirindo ao longo do jogo, feitiços esses que ajudam bastante nas lutas com múltiplos inimigos. Além de feitiços e espadas ao dispor, o mais interessante é incluir o mecanismo de tiros, ou seja, o uso de uma arma de fogo. Podem escolher entre uma metralhadora pesada ou uma rifle.

Joga-se bem, o jogador está sempre rodeado de inimigos, as lutas não são nada de especial mas também não deixa de ter a sua diversão, especialmente quando o jogador começa a recolher os feitiços para serem usados nas batalhas como o gelo que serve para travar os jogadores por uns instantes, ou lançar uma chama para queimar os adversários. A variedade de inimigos poderia ser um tanto maior. Os próprios tesouros escondidos com armas e colecionáveis não são um desafio e podem ser encontrados facilmente com uma bússola a qual a protagonista tem em sua posse assim que se inicia o jogo.

Progredindo no jogo, é desbloqueado o mecanismo de recuar no tempo, que pode ser usado a todo o momento mas, como seria expectável, na grande maioria será para resolver alguns puzzles que também não são nada de especial.


O grafismo das personagens é bom, os cenários, nem tanto, apesar de ser um jogo da geração PS3 e Xbox 360, já nessa altura se fazia melhor. Já a performance do jogo não acho que seja admissível para a Switch pois o jogo é de 2011 e as quebras de frame rate são constantes, além dos momentos em que o próprio jogo deixou de dar de um momento para o outro, isto arruína completamente a experiência e foi o que mais me desagradou.

Quando acontece uma vez, não estamos à espera que nos aconteça novamente, no entanto, Blades of Time é um dos poucos jogos que alguma vez joguei e que me fez irritar devido às vezes que este me deixou pendurado em certos momentos cruciais porque o jogo tem um bug qualquer e vai abaixo assim do nada. É realmente muito mau na experiência e convém que sejam lançados patches quanto a este erro fatal.


A melhor parte talvez seja mesmo porque o jogo pode ser jogado de forma portátil, pois pouco mais tem para oferecer daquilo que outrora oferecera. Principalmente se considerarmos os bugs e quebras de frame rate, é algo inadmissível para quem gasta dinheiro num jogo ao qual quer disfrutar e não consegue. Minimamente divertido, mas longe de ser uma experiência recomendável.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Plan of Attack

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