My Friend Pedro
My Friend Pedro é um shooter side scroller que mistura perícia, timing, reflexos e uma gestão eficiente da habilidade de fazer o tempo andar lentamente. Sim, tudo no mesmo parágrafo.
Este é o novo título apresentado pelos estúdio indie sueco DeadToast Entertainment e publicado pela Devolver Digital, que promete ação frenética sem parar. Um mix um pouco “wild” entre um Deadpool e um John Wick onde é possível usar dual guns, dual submachine guns, shotguns e até uma assault rifle.
A premissa do jogo é fazer passar cada nível com o maior score possível, isto porque é dada uma pontuação no final de cada nível. No entanto, para os jogadores mais casuais, apenas passar o nível poderá servir na perfeição as suas medidas. Existem jogos cuja finalidade é a de serem jogados várias vezes, com o intuito de se tentar superar o record pessoal. Neste sentido My Friend Pedro é uma espécie de flashback dos clássicos de arcada, onde o objetivo principal não seria necessariamente o de terminar o jogo ou ver a cutscene final, mas sim “melhorar” o seu score, aí sim recai o prémio final.
Como se poderia esperar, à medida que percorremos os diversos níveis deste título, os inimigos ficam inevitavelmente mais fortes, com armaduras que os tornam mais fortes contra as balas disparadas. No entanto também as mecânicas ficam um pouco mais profundas, havendo uma mistura de platforming e puzzles que colam cada segmento numa linha de página com pura adrenalina. Por falar em linhas, é possível fazer várias combinações entre habilidades.
O jogador tem ao seu dispor o botão de “dodge”, onde a personagem principal roda sobre si permitindo mesmo assim continuar a disparar com as armas equipadas naquele instante. No entanto, a mira será completamente aleatória. Há também o botão de fazer o tempo avançar lentamente, bem à maneira de Max Payne e, por fim, o botão que permite manter a mira num inimigo específico. Nesta última habilidade, se o jogador tiver dual guns equipadas (e é precisamente este o propósito desta habilidade), permite manter a mira num inimigo enquanto poderá disparar livremente a outra arma.
A narrativa não será o ponto fulcral deste título, é simples. No entanto com um final inesperado? Um jovem mascarado acorda em sobressalto numa cave sem se lembrar de nada, nisto aparece uma banana falante de seu nome Pedro, que de certa forma o guia. Convencido que a sua vida corre perigo o protagonista agarra uma pistola e aventura-se numa serie de localizações igualmente estranhas.
Com o total de 40 níveis, a aventura desenlaça-se entre a Old Town, District Null, Pedro’s World, The Sewer e The Internet, todos estes com ambientes completamente diferentes e de algum modo meio excêntricos. Pedro’s World lembra um pouco o “Pony Level”, da série Diablo, com protagonistas da série La Casa de Papel. Como se este aspeto não fosse por si só suficiente, no ambiente de “The Sewer”, os inimigos que o jogador irá encontrar serão cosplayers.
Dado que o objetivo do jogo é tornar o jogador numa espécie de personagem principal de um filme de ação, o mesmo apresenta uma opção de partilha automática nas redes sociais dos momentos mais altos de cada nível. Regista assim as mortes mais loucas, transformando esses momentos em ficheiros "GIF", prontinhos para fazer a partilha. Estes ficheiros podem ser salvos, ou imediatamente enviados para as redes sociais como o Twitter. Francamente é um ponto bastante peculiar para quem quiser partilhar o seu “charme” pelos amigos.
Como referido, My Friend Pedro não é uma história de narrativa, e a maioria dos jogadores passará o jogo em poucas horas. A ação inerente a cada disparo ou salto, passando pelos níveis onde é necessário conduzir motas ou andar de skate é onde de facto recai a principal fonte de diversão. Importante referir que a banda sonora, em estilo de Rave Party, é o prato mais apetecível nas situações onde a adrenalina tem o seu exponencial máximo.
Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a Steam, comprado pelo autor do artigo.