Final Fantasy XIV: Retrospectiva - O início
Regressamos a 2010: surgem as primeiras análises ao novo Final Fantasy Online e o cenário não podia ser pior. Um jogo enfadonho, repetitivo lento e vazio, com vários problemas de desenvolvimento e tudo indicava que ia ser uma má experiência para os jogadores. Haviam pontos interessantes no jogo, mas eram tão poucos e tão rapidamente abafado por problemas que rapidamente se instalou um desagrado geral. Até mesmo os Jobs tradicionais da série só seriam adicionados meses depois do lançamento. Fui um dos jogadores que saltou para Eorzea no seu lançamento, muito por ter gostado do que Final Fantasy XI havia apresentado e mantive o meu interesse no jogo, apesar do feedback tão negativo.
Poucos dias depois de começar a aventura não conseguia ignorar os problemas, onde até mesmo subir de nível se tornava numa tarefa árdua de tão poucos inimigos conseguia encontrar, das "barreiras" que surgiam à medida que explorava o mapa. Comecei em Gridania, cidade verdejante no meio da floresta e estava bastante satisfeito de como o jogo estava bastante bonito e acompanhado por uma bela banda sonora (quando existia), a correr sem problemas num computador que não era propriamente o melhor para o efeito, mas assim que me aventuro floresta fora e dou de caras com um autêntico labirinto cheio de corredores onde tudo parecia um autêntico copy paste.
O entusiasmo foi morrendo rapidamente, o sistema de batalha deixava algo a desejar mesmo quando cumpria o seu objetivo. O jogo pedia uma mensalidade mas face aos problemas todos optaram por não a cobrar no início, de modo a tentar manter o máximo número possível de jogadores, mas mesmo assim foram várias as vezes que simplesmente não tinha um único interesse em fazer log in. Seguiram-se tempos difíceis e aos poucos foram atualizando o jogo, adicionando features básicas e melhorando o jogo no que fosse possível, com o aparecimento de uma nova equipa de desenvolvimento que iria corrigir o jogo, a cargo de Naoki Yoshida. A grande reviravolta surgia anos depois, com anúncio e posterior lançamento de A Realm Reborn (também conhecido como 2.0), um reboot de FFXIV que viria mudar por completo o panorama do jogo, uma reviravolta que não só mudava a jogabilidade como o próprio mundo em si, tendo em alta consideração grande parte do feedback que havia sido dado anteriormente. Estava na altura de regressar.
Mesmo com especificações baixas, o jogo tinha uma boa apresentação.
Num espaço de 2 anos o jogo viria a crescer imenso, o lançamento para PS4 aumentava o número de jogadores a explorar Eorzea, os patches principais aumentavam bastante o conteúdo de A Realm Reborn com novos Primals, dungeons e equipamento para conseguir, ou até mesmo elementos como o Golden Saucer com mini-jogos como Triple Triad e corridas de Chocobo que apelava bastante aos fãs veteranos da série. O jogo usava (e abusava) nas referências à série, que iam de simples nomes de personagens ou até mesmo quests, a bosses como a Cloud of Darkness de FFIII ou Diabolos de FFVIII, mas inserindo-os todos na narrativa do mundo de Final Fantasy XIV, de modo a apelar aos fãs da série sem ignorar os fãs de MMORPGs que haviam jogado um ou outro jogo da série. Foram 2 anos muito bem passados em Eorzea.
O que viria na fase final de A Realm Reborn traçava caminho para a primeira expansão Heavensward em 2015, com uma narrativa cheia de eventos que nos apanhavam de surpresa e nos faziam questionar o que aconteceria na expansão, deixando-nos cada vez mais ansiosos com o seu lançamento. Esta seria a primeira de 3 expansões, com Stormblood lançada em 2017 e agora Shadowbringers a dias do seu lançamento, mas o que aconteceu desde então fica para uma segunda parte!
Resumindo, Final Fantasy XIV teve um lançamento abismal que foi completamente renovado num jogo muito fácil de recomendar para quem tem interesse em explorar um MMORPG. Mesmo quem tenha apenas curiosidade no jogo basta experimentar de forma gratuita através do site oficial em https://freetrial.finalfantasyxiv.com/gb/, sem quaisquer custos mas com algumas limitações, como só poder atingir o nível 35 em cada uma das classes.