Olija

 

Primeiro estranha-se, depois entranha-se. É assim que Olija trata o jogador, com um toque de mistério e num mundo bizarro repleto de monstros viscosos e indígenas que tentam eliminar o nosso marinheiro que vira uma lenda de um dia para o outro com uma lança divina que lhe dá um poder grandioso.


O nosso protagonista é Faraday, um homem pobre que quer mudar o destino do seu povo e decide remar com os seus marujos para encontrar uma vida melhor para a população da sua terra. Após semanas em pleno mar, uma tempestade derrota Faraday e os seus homens, naufragando assim e levando Faraday à costa duma ilha misteriosa. O objetivo agora é salvar os membros da sua tripulação e regressar a casa, no entanto obstáculos surgirão e Faraday vai ter um leque de armas e até uma arma divina por assim dizer.


O mundo à volta é obscuro, vazio, com monstros e indígenas ameaçadores que farão de tudo para travar a invasão de Faraday, mas a lança será o melhor amigo do nosso herói (que obterá pouco depois da introdução) e essa ajuda será preciosa para reaver todos os seus marujos que deram à costa nas ilhas do mar onde se encontram. Existe um barqueiro que com um mapa, o jogador apenas terá de indicar qual a ilha seguinte a ser explorada para realizar o salvamento dos seus companheiros. Uma das ilhas servirá de base, é aqui que Faraday descansa das suas jornadas e que pode realizar o upgrade à sua saúde e até comprar chapéus que têm características diferentes que afetarão a velocidade, o consumo de saúde ou os combos realizados. Nesta ilha encontram-se as pessoas que foram salvas e é igualmente possível enviar um barqueiro para realizar uma busca em locais inóspitos para no seu regresso entregar objetos valiosos que servirão de moeda, tal como uns pequenos cristais azuis, tudo para realizar as compras.

Falando agora no arsenal disponível, para além da sua lança mágica, existe uma caçadeira, lança flechas e uma espada entre outras, no entanto o foco é evidentemente a lança divina, com ela, o jogador poderá ser transportado para onde desejar desde que a lança alcance o lugar em questão. Muitas das vezes, a lança terá de ser utilizada para chegar a uma plataforma que se encontra acima do jogador e que por meios normais é inalcançável, assim sendo, atirando a lança a uma caixa por exemplo, o jogador poderá instantaneamente chegar a esse local, o que pode igualmente ser utilizado para atacar um inimigo a uma certa distância e até aproximar-se dele num piscar de olhos e atacar rapidamente com a espada.




A jogabilidade é deliciosa, rápida e eficaz, não se trata de nada complicado e qualquer jogador terá um prazer enorme em controlar o nosso personagem seja a atacar inimigos como a explorar os níveis, ainda por cima não há qualquer nível de dificuldade à escolha, o que pode ser um passo atrás para aqueles que gostariam de algo mais renhido. Neste caso, o verdadeiro desafio são os bosses e aí podem ter de ser mais velozes que a “própria sombra”, com combos rápidos e dar uso à lança, as batalhas com os bosses são de longe as mais especiais e divertidas devido ao desafio que apresentam que está totalmente equilibrado para todo o tipo de jogadores.

Algo do melhor que podemos encontrar em Olija é sem dúvida a banda sonora e o próprio grafismo que apesar de ter um aspeto como o clássico Flashback, os sprites estão realmente bonitos e os cenários estão bons mas podiam ser um pouco mais variados embora estejamos num mundo que está repleto de monstros bizarros.


Para os amantes de jogos indie, este é um daqueles que merece ser jogado, mas é preciso referir que é bastante curto e a ausência de uma opção para a dificuldade não seja algo que beneficie muito Olija, ainda assim, é uma experiência muito positiva agora disponível em todas as plataformas.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Cosmocover.

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