Primeiras impressões: Bravely Default II


Parece que não, mas já se passaram quase 8 anos desde o lançamento de Bravely Default na Nintendo 3DS. Um jogo que reafirmava ao público geral que os RPGs por turnos estavam vivos e recomendavam-se quer através do sistema de combate como todo o aspeto retro bem presente. A estreia da série na Nintendo Switch leva tudo isso ao ecrã da TV e nestas primeiras impressões a que tivemos acesso vemos um jogo que se está a desenrolar bem!


Sem querer revelar muito e evitar spoilers, o ritmo a que os acontecimentos vão surgindo é fluído, sem grandes distrações da missão que o grupo tem pela frente. Há surpresas bem interessantes pelo meio que nos levam a jogar “só mais um bocadinho” e, quando damos por ela, estamos a completar mais uma masmorra. Há imensos diálogos, curiosidades sobre as personagens que nos capítulos iniciais que se vão desvendando, onde elas são mais importantes sobre os perigos que o mundo parece enfrentar. 

E química da equipa é também um ponto forte, um pouco no seguimento que os dois jogos anteriores criaram. Usando-os ainda como termo de comparação, Seth não segue o clichê de protagonista amnésico, Glória está longe de ser parecida com Agnès, Elvis tem uma missão bastante vincada e Adelle acaba por ser a personagem que mais se vai revelando aos poucos. É curioso ver, por exemplo, que os Asterisks têm um papel muito importante no enredo do jogo, não sendo apenas algo que equipamos para mudar a classe dos personagens. Outro dos pontos mais interessantes é o desenvolvimento dos personagens ser feito também através de missões secundárias, cuja importância é devidamente reconhecida, como por exemplo, através dos diálogos com voice-acting.


O sistema de combate é, bem, viciante! Um pouco no seguimento do que podemos experimentar na demonstração (disponível na eShop) com pormenores que tornam o combates interessantes. Aqui não há random battles e os inimigos mais fracos fogem do nosso caminho, há atalhos que permitem que as ações anteriores sejam repetidas e, tanto as mecânicas de Brave (mais ataques) e Default (defesa) estão à distância de um botão. Mas que seria de um sistema de combate sem desafios à medida?

Felizmente esses estão bem presentes, os combates contra bosses levam-nos a pensar nos movimentos e habilidades a efetuar, cometendo o risco da equipa toda poder se destruída num conjunto de ações feitas pelos inimigos. E isto no modo de dificuldade normal! Para os mais inexperientes existe o modo casual, tal como o modo mais difícil para os que procuram mais desafio. Acabamos por ter à nossa disposição um leque de habilidades secundárias que podemos equipar nos personagens, tal como todo um conjunto de estatísticas onde até a velocidade ou o peso do equipamento contam, tudo para estarmos ao nível dos desafios que nos surgem.

 
Termino esta antevisão com das coisas que mais me agarraram, o jogo de cartas Bind and Divide. Um mini-game onde podemos enfrentar alguns NPCs espalhados pelas cidades com as suas cartas, onde dei por mim a colecionar todas as cartas disponíveis de cada um deles antes de continuar com a história. Uma espécie do jogo de tabuleiro “Reversi” com habilidades especiais e muita estratégia à mistura.

Resta agora continuar capítulos fora e perceber melhor o perigo que o mundo enfrenta. Nas primeiras horas de jogo temos noção que algo de catastrófico está a acontecer, no entanto a sua dimensão é até agora uma incógnita. Seja como for, recomendo vivamente que passem na eShop, descarreguem a demo e explorem um pouco do que Bravely Default II tem para oferecer!

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