Cathedral


Os jogos ao estilo metroidvania continuam em força no mercado e a produção indie tenta trazer novidades com originalidade. Será Cathedral um desses casos?


Como muitos jogos do género, o conceito é de exploração, o jogador veste a pele de uma personagem sem nome e acorda num castelo sem saber como ou porquê do sucedido e assim sendo, terá como objetivo progredir até obter respostas num jogo que pode tornar-se cansativo devido a certos detalhes que podiam estar melhores e a repetição da música.

Entre salas secretas, repletas de inimigos que nascem de forma aleatória, obstáculos e armadilhas, este é um jogo que revela uma total inspiração em jogos clássicos de 8 bits, embora o grafismo esteja polido como é evidente. Há realmente muito a explorar e embora possa parecer complicado inicialmente, tudo correrá de forma fluída e o jogador não acabará perdido como acontece na maioria dos jogos do género, o mapa ajuda a entender o que falta descobrir.

 


Os inimigos são variados e o mais desafiante são os bosses, no entanto pouco depois de enfrentar o primeiro boss, o jogador obterá tanto armas novas para progredir como um companheiro de nome Soul que guiará o nosso herói de volta a casa.

A espada é a arma principal mas claro, há mais em Cathedral, o lança flechas a partir do braço, armaduras novas e até um escudo vão fazer parte da jornada para derrotar os 5 guardiões que têm em sua posse orbs para abrirem a porta que dá acesso ao boss final.

É preciso sublinhar que não é um jogo para todos e pode mesmo ser cansativo principalmente devido à música repetitiva e como costuma ser em jogos do género, backtracking de sala para sala, subindo as mesmas escadas trás para a frente, por isso Cathedral é direcionado a jogadores que gostam deste género.

No entanto, puzzles estão presentes e missõe secundárias para alargar ainda mais a longevidade que já de si, é bastante boa e claro, com a conclusão de níveis e a derrota dos bosses, o jogador terá sempre um mimo para avançar e visitar salas que outrora tinham o acesso negado pois um item ou um upgrade faziam falta ao nosso protagonista. Nas aldeias o jogador poderá também interagir com os npcs, fazendo uma pausa na ação constante.

 


Falando nos problemas que me impediram de ter uma experiência melhor, casos em que ficava sem setas e teria de recuar no cenário para obter pois eram locais que tinha de obrigatoriamente ter de usar e, por alguma razão, não havia qualquer monstro que deixasse setas em vez de ouro para ajudar na progressão, obrigando sempre a voltar atrás cenários o que não era agradável pois para além disso ainda teria de eliminar os inimigos novamente e mais, caso ficasse sem setas, adivinhem, repetir o processo. Os saltos são fáceis de executar e funcionam perfeitamente mas, os saltos sobre plataformas que fazem o jogador pular mais alto é que parecem não ser responsivos e isso origina um maior número de mortes desnecessárias nas várias tentativas.



É sem dúvida um grande jogo do género mas, como referido anteriormente, para jogadores cujo o género de eleição sejam os metroidvanias, há uma data de bons jogos por aí e a concorrência agora é forte, no entanto, não deixa de ser um jogo interessante com lançamento agora na Nintendo Switch.


Nota: Análise efetuada com base em código fnal do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Plan of Attack.

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