Xbox Series S


A consola Xbox mais pequena de sempre está prestes a chegar, pronta para abrir as portas à nova geração de videojogos com um preço acessível para todos os jogadores. Pequena e poderosa, eis a Xbox Series S!

Com esta chegada à nova geração, a Microsoft teve a gentileza de nos ceder uma Xbox Series S, de forma a podermos não só testar o hardware em questão, mas também analisar os grandes lançamentos que chegarem à plataforma ao longo dos próximos anos. Podem ler as nossas primeiras impressões com a consola em Fora da Caixa: Xbox Series S.

As novas consolas Xbox Series S e Xbox Series X são duas faces da mesma moeda: a próxima "geração" de videojogos na plataforma Xbox. Se a anterior contou com 3 modelos distintos (Xbox One, Xbox One S e Xbox One X), a nova arranca com dois modelos e a garantia que ambos terão acesso ao mesmo catálogo de jogos.

Entre elas, a principal diferença está em termos de desempenho e resolução:
  • A Series X, com um processador de 12 teraflops, permitirá correr jogos em 4K a 60FPS, com suporte para até 120FPS;
  • A Series S, com um processador de 4 teraflops, permitirá correr jogos em 1440P (QHD) a 60FPS, com suporte para até 120FPS, mas com a opção de renderizar a 4K caso os developers pretendam.
A outra grande diferença está em termos de suporte e armazenamento:
  • A Series X conta com um leitor de Blu-ray 4K UHD e um disco SSD de 1TB;
  • A Series S é 100% digital e conta com um disco SSD de 512GB;
  • Ambas permitem expansão do armazenamento optimizado através do 1TB Seagate Storage Expansion Card for Xbox Series X|S, ou ligação a um disco externo via USB 3.1.
Finalmente, a diferença de preços na data de lançamento. Em Portugal, a Xbox Series X irá rondar os 499,99€, enquanto que a Xbox Series S terá um preço muito mais acessível de 299,99€. A Xbox Series S acaba, assim, por ser uma boa porta de entrada na nova geração.


Por mais que, em termos promocionais, a consola tenha sido referida como a Xbox mais pequena de sempre, a marca não era propriamente conhecida por ter consolas "compactas". Ainda para mais, com o aumento da capacidade de processamento, vem uma preocupação adicional em termos de aquecimento. Felizmente, todas essas questões foram tidas em conta no design da Series S.

A consola, que tanto pode ser colocada na horizontal como na vertical, ocupa apenas 27,5 cm de comprimento e 15,1 cm de largura, com uma espessura de 6,5cm. O único cuidado importante a ter com a sua instalação está na circulação do ar, que tem as laterais como entrada e a saída no bem visível disco preto, por trás do qual está uma gigantesca ventoínha.

Tendo isso em conta, é impressionante o quão silenciosa a consola consegue ser em funcionamento. Não fosse a capacidade de sentir o ar morno a sair da ventoinha, esta pareceria só estar desligada. Quanto ao ar morno, é algo que se sentirá ao passar a mão em frente à saída do ar, mas ainda assim bastante suave mesmo ao fim de várias horas seguidas a jogar.


Já o comando, apesar de trazer algumas novidades, será extremamente familiar para quem já tiver utilizado qualquer outro comando Xbox. Se à primeira vista parece idêntico ao anterior, o novo comando é ligeiramente mais pequeno, com uma textura rugosa na parte traseira e botões laterais, o que o torna mais confortável. Também o botão direcional sofreu alterações, com um formato que leva o polegar a repousar facilmente no centro e a sentir um gratificante clique ao premir qualquer uma das 8 direções.

Como principal novidade, o comando conta agora com um botão adicional que irá facilitar as partilhas de conteúdo, permitindo capturar screenshots ou pequenos vídeos de jogabilidade sem interromper o jogo propriamente dito.

Já o que não é novidade, infelizmente, é o facto do comando utilizar duas pilhas AA como fonte de energia. Mesmo havendo a opção de se adquirir, em separado, uma bateria recarregável juntamente com um cabo USB-C, este deveria ser já o standard nos dias de hoje. Ao fim de uns dias com a consola, já as pilhas tinham de ir para o "pilhão"...


Ligar a consola pela primeira vez é também um processo fácil, para tratar das configurações iniciais, incluindo a possibilidade de o fazer através de uma app para os dispositivos móveis. Para quem entrar do zero no universo Xbox, não irá fazer muita diferença, mas através da app será possível passar logo todos os dados do utilizador. Além disso, a aplicação permitirá depois interagir diretamente com a consola, quer seja para gestão dos jogos instalados como para jogar remotamente no smartphone, não vá a televisão estar ocupada - e sim, pelo menos a nível local, ligar um comando ao dispositivo móvel e jogar é praticamente tão instantâneo como jogar diretamente na consola.

Por falar em gestão dos jogos instalados, será certamente algo útil, pois dos 512GB do disco SSD da consola, apenas 346GB estarão disponíveis para o software. Considerando que vários títulos hoje em dia ultrapassam facilmente os 50GB, para quem gostar de ter sempre vários jogos à disposição será necessária uma boa gestão.

Tudo instalado, pronto a jogar! E é aqui que a Xbox Series S mostra a grande diferença desta nova geração. O mesmo jogo de uma Xbox One, sem qualquer requisito de atualização, tem imediatamente tempos de carregamento bastante inferiores. E se isto já se aplica aos originais, os títulos optimizados para a nova geração conseguem impressionar ainda mais.

Forza Horizon 4

Durante este período inicial, foi possível experimentar 5 dos 30 jogos que no dia de lançamento estarão optimizados para a nova geração. Além disso, estavam já disponíveis todos os jogos da Xbox previamente aquiridos em gerações anteriores, juntamente com todo o catálogo incluído no Xbox Game Pass.

Se nos jogos "antigos" é possível notar a melhoria de desempenho em termos de tempos de carregamento e até mesmo a fuidez no ecrã, os jogos especificamente optimizados são mesmo os que mais impressionam. Quem estiver habituado aos famosos ecrãs de "loading", bem se pode preparar para os ver a passar muito rapidamente, ou até desaparecer completamente, dependendo do jogo. Por exemplo, em Forza Horizon 4, o carregamento inicial ainda está presente, mas dura apenas alguns segundos. Já o jogo propriamente dito conta com uma impressionante fluidez em termos visuais. O mesmo pode-se dizer do Gears 5, por exemplo, que mesmo com rápidos movimentos em cenários recheados de inimigos não se sente uma única quebra de fluidez.

Uma das grandes novidades que irá mudar a experiência dos jogadores é o sistema "Quick Resume" que permite, a meio de qualquer jogo, ir ao menu da consola e começar a jogar outro título, deixando o anterior "congelado". Quando, mais tarde, se voltar ao primeiro, ele irá simplesmente continuar a partir do ponto onde se ficou, com um tempo de carregamento que, em média, varia entre os 4 a 8 segundos. 

Isto permite coisas como, a meio de uma campanha do Gears Tactics, receber um convite de algum amigo e ir fazer uma partida no Minecraft Dungeons, para no final regressar ao Gears como se nada tivesse acontecido. Neste momento, ainda nem todos os jogos o permitem, aguardando uma atualização para breve, mas todo o catálogo irá estar incluído nesta funcionalidade.
Então e exclusivos? Uma das apostas da Microsoft está em tornar os jogos acessíveis ao maior número de pessoas, permitindo-as jogar numa grande diversidade de equipamentos. Assim, como política da empresa (pelo menos nesta fase inicial) todos os jogos first-party irão funcionar tanto nas "Xbox One" como nas novas consolas. Todos os jogos que contenham o ícone "Series X|S" aliado ao "Smart Delivery", depois de adquiridos, podem ser jogados em qualquer plataforma da Xbox, tirando naturalmente partido das novas consolas em termos de desempenho.

Já a nível third-party, fica ao critério das companhias decidir como fazer. Por exemplo, jogos da Ubisoft como o Watch Dogs: Legion e o Assassin's Creed: Valhalla trazem os ícones "Series X|S" + "Smart Delivery". Já a Activision opta por vender o Call of Duty: Black Ops Cold War em várias versões, com uma "Standard Edition" para apenas uma plataforma e outra "Edição Cross-Gen" (mais cara) que pode ser jogada tanto nas Xbox One como nas Series X|S, como se tal correspondesse a uma promoção. No fim de contas, quem decide qual é a melhor escolha será o comprador.


Para quem procura algo topo de gama para acompanhar o seu televisor ou monitor em 4K, terá de investir um pouco mais optar pela Xbox Series X. Já todos os outros terão aqui uma boa (e económica) opção. Resumindo, a Xbox Series S é a consola mais acessível para se acompanhar os grandes lançamentos da nova geração, mantendo todo o catálogo desde a primeira consola Xbox à disposição. 

Assim começa a nova geração!

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