Call of Duty: Black Ops Cold War


Mais um ano, mais um COD. Em plena época de passagem de geração, Cold War é o mais recente título da série Black Ops, produzida pela Treyarch. Provavelmente a mais famosa dos últimos anos, que nos traz caras bem conhecidas e introduz algumas novas, numa época em que Ronald Reagan era o Presidente dos EUA e, do lado da União Soviética, estava Gorbachev, ambos perfeitamente reconhecíveis.

Antes de mais, algo que importa ter em atenção ao adquirir o jogo: este conta com duas versões, uma para a geração PS4 / Xbox One, outra para PS5 / Xbox Series. Caso pretendam passá-lo de uma geração para a seguinte, deverão optar logo por uma das edições que já contenha essa transição e, por isso, o melhor é consultar a página oficial da Activision, que explica com detalhe todas as opções.

Ao chegar um novo COD, especialmente da Treyarch, a ideia é estar perante um jogo cheio de violência e sangue com membros dissecados mas, Cold War abrandou nesse aspeto e até na própria quantidade de ação, sendo um jogo mais repartido entre disparos e investigação que conta até com finais alternativos conforme as escolhas do jogador durante a campanha ao realizar missões e objetivos secundários. Com isto não se quer dizer que não existe ação, o jogador terá na mesma as missões que levam a explosões e ação frenética de forma exagerada como também terá as missões que exigem uma abordagem mais furtiva.


Tudo se passa na era que o próprio título indica, Guerra Fria. Temos os típicos penteados das personagens, a música, as CRT TV’s e computadores nos seus primórdios, o fumo do tabaco que está sempre presente seja dentro ou fora de estabelecimentos onde era permitido até dentro dos próprios comboios, o ambiente está retratado tal como o era, isso dá uma autenticidade e veracidade dos tempos que se viviam, até existem máquinas Arcade da Activision espalhadas por todos os níveis do jogo cada uma com um jogo retro para se jogar, ainda estive uns minutos no clássico Enduro.

Os jogadores normalmente vão estar na pele de Bell, até se pode dizer, na própria pele, isto porque o jogador irá criar o perfil como se fosse para jogar uma partida multiplayer, isto na campanha em si. Após a primeira missão o jogador irá preencher um formulário com os seus dados, entretanto nas missões surgirá o primeiro nome seguido de Bell e por fim o apelido, mas evidentemente as personagens irão tratar o protagonista por Bell. Não se tem controlo apenas de Bell, vai ser possível regressar na pele de Alex Mason, conhecido pelos fãs do primeiro jogo Black Ops juntamente com uma das personagens mais amadas da série Frank Woods. Infelizmente, ambas as personagens não têm grande relevância na história ficando um pouco como figurantes, o próprio Jason Hudson que também faz parte dos jogos Black Ops faz a sua aparição com maior relevo, no entanto os grandes protagonistas são mesmo Bell e Adler.

Os cenários são variados, desta vez há uma infiltração no KGB, viagem até Berlin e até a guerra no Vietnam que podia ter sido melhor explorada mas, como sempre, a campanha é curta e esta consegue ser a mais curta de que tenha memória, com uma duração de cerca de 4 horas caso se foquem apenas nas missões principais. Entre as missões os jogadores vão estar numa base da CIA recôndita onde é possível planear e conhecer todos os membros da equipa. Pode-se assistir às personagens a terem diálogos entre si, falar com os próprios e até realizar escolhas nos diálogos que na verdade, não vão influenciar em nada na história, são apenas por mera opção do jogador. Nesta base é onde se seleciona e lança-se a missão pretendida, existe um quadro onde se encontram as provas recolhidas nas missões, códigos e alguma leitura para desvendar e revelar assim um pouco mais da história para que esta seja alterada no final do jogo. O bom é a possibilidade de voltar a repetir missões antes de avançar para a última dando assim essa possibilidade de alterar o final com as provas desejadas.


E ao colocar de lado o modo campanha, eis que temos o modo Online, pelo qual muita gente tem preferência. No modo multiplayer são várias as opções de escolha, desde o 12 V 12 Combined Arms que junta todo o tipo de veículos desde tanques de guerra, veículos de duas rodas, até barcos armados em mapas de grande escala de forma a derrotar a equipa adversária e vencer a guerra, Garrison que consiste em tomar de assalto uma base inimiga penetrando o local até este ser conquistado e Die Maschine que embarca o jogador em modo co-op na eliminação dos Zombies, o famoso e divertido modo existente nos jogos Black Ops sendo já tradicional.

No modo Quick Play o jogador tem acesso direto a vários modos à sua escolha, desde o Team Death Match, Hardpoint, Domination, Kill Confirmed, VIP Escort, Control, Free For All, Search and Destroy, modos que antes já se jogava e são sempre divertidos de se jogar. Por fim há um modo VS Bots que como o nome indica, o jogador tem a possibilidade de treinar com bots, é claro que a melhor forma de treino é jogar online durante horas e aperfeiçoar assim as habilidades.



Para concluir, podemos referir que as versões para as consolas da geração passada fazem um enorme esforço para que o jogo corra em condições e com o melhor desempenho, não significando que se torne impossível de jogar mas notam-se as limitações das consolas. Por outro lado, na nova geração já não há quaisquer razões de queixa, pelo que será importante ter isso em conta ao decidir qual a versão que se tenciona jogar.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a PlayStation 4, gentilmente cedido pela PlayStation Portugal.

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