Pumpkin Jack

 


Pumpkin Jack é o projeto a solo do criador francês Nicolas Meyssonnier, amplamente inspirado por títulos como Medievel e Jack and Daxter, que contou com o apoio da Headeup Studios como publisher e desta maneira fez com que este título chegasse a mais plataformas. E ainda bem, visto que este é facilmente um dos melhores jogos de plataformas Indie deste ano.  

 

Logo à partida este título troca as voltas ao que seria de esperar, uma vez que os jogadores vestem a pele de Jack, um carismático vilão que interpreta o papel de servo do diabo e cuja alma fora colocada numa abóbora. Acompanhado por um corvo bastante medroso e tagarela e uma coruja como guia, os jogadores terão de atravessar diferentes níveis até ao seu objetivo principal.

 

A história é passada no reino do Tédio "Boredom Kingdom", que deixou até o Diabo super enfurecido porque não se passava relativamente nada. Com sede de turbulência e algo mais impiedoso, decidiu lançar a terrível Maldição da Noite Eterna sobre a terra. Na sua tentativa de retaliação os humanos invocaram um mago poderoso, ainda que com um aspeto meio duvidoso, para os salvar.

 

É assim que Jack aparece no meio desta sucessão de eventos, após o próprio Diabo o ter invocado e incumbido de atrapalhar os planos do campeão da humanidade  

 


A aventura desenrola-se por 6 níveis diferentes recheados de plataformas, puzzles, mini jogos e muita ação à mistura. Todo o mundo deste peculiar título literalmente salta do ecrã com a sua palete de cores meio psicadélica aleado aos efeitos e iluminação muito bem conseguidos. Sempre com a vertente de um mundo cheio de acessórios alusivos ao Halloween, ou seja, corvos, cemitérios e caldeirões verdes e brilhantes.

 

Os inimigos neste caso são também eles seres do outro mundo, mas porque atacam Jack? Bom, todos os monstros atacam quando sentem um humano e Jack ainda tem algo de humano dentro dele, mesmo já não contando com um corpo humano, a sua alma ainda está presente.

 

Mecanicamente cada nível é repartido entre plataformas, combate e uma vertente que coloca o jogador numa posição de corrida, onde é necessário desviar-se de obstáculos ou ainda chegar primeiro à linha de meta. Toda a ação é bastante fluída e Jack tem a possibilidade de utilizar um duplo salto, uma habilidade de desvio e uma de entre as 6 armas diferentes. Estas armas distinguem-se entre ataque corpo a corpo e de longo alcance, ainda que as armas de tiro não consigam atingir um inimigo a uma grande distância. Cada uma delas conta com um combo simples, onde é apenas necessário continuar a carregar no botão e um ataque em área onde é necessário utilizar o duplo salto e o botão de ataque. Simples, mas eficaz.

 


Ainda que o combate não seja a principal atração desta aventura, deixa transparecer uma vibe de Medievel bastante agradável, mas algo superficial. É necessário realmente bater bastante em certos inimigos até que sejam destruídos, mas Jack é também ele capaz de receber bastante dano antes de perder a totalidade da sua barra de vida. Não existe uma grande variedade de inimigos, mas o confronto contra os “Bosses” conseguem fazer as delícias dos olhos mais atentos, pela sua atenção ao detalhe de cada inimigo gigantone. Os padrões de ataque são bastante fáceis de decorar, de maneira que não existe grande dificuldade nestas lutas de final de capítulo.

 

Num jogo onde existem imensas plataformas e abismos, onde os saltos mal medidos equivalem muitas das vezes em mortes instantâneas, Pumpkin Jack não deixa uma sensação de frustração, uma vez que existem bastantes pontos de “save” durante o nível, que por sinal é ainda grandote.

 

 

Este é sem dúvida um título divertido e nostálgico que está perfeitamente ambientado para ser o jogo de Halloween deste ano. Embora não revolucione a roda dentro do género é recomendadíssimo para qualquer fã de aventuras de plataformas e o facto de ser o trabalho de apenas uma pessoa, torna toda esta experiência ainda mais impressionante. O Sr. Abóbora Jack merece assim um particular destaque e atenção. Infelizmente não conta com um modo de “fotografia”, mas até que ponto este não seria interessante? Deixo a pergunta e a marca dos 50 screenshots que tirei ao longo das quase 6 horas de diversão. 


Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para PC via Steam, gentilmente cedido pela Headup.

Latest in Sports