GRID



Da produtora multi conceituada que dispensa apresentações, Codemasters, chega-nos GRID às consolas desta geração. Este, que é o quarto título da franquia, apresenta-se de cara lavada com novas features, mas com pistas que deixam transparecer um tanto de nostalgia, visto já estarem presentes no primeiro título da série.

Ao longo dos anos a Codemasters foi arrecadando vários elogios relativamente aos seus simuladores super realistas e agressivos, como a série F1 e Dirt Rally. Mas para bom entendedor, que fique ciente que este não é de todo um simulador, mas sim um jogo bem ao estilo arcade. É certo que poderá fazer-se algumas alterações em termos manuais, aumentando a dificuldade de condução no entanto este é um título que brilha noutros sentidos.

No seu estado puro, GRID é super responsivo aos comandos, puxando para uma condução com travagens bruscas e arranques no limite da adrenalina, e nisso continua super divertido e fiel aos seus antecessores. Continua presente o facto do carro ser completamente destrutível e a habilidade de voltar atrás no tempo, caso exista essa necessidade.


Como referido, algumas pistas de títulos anteriores da saga estarão disponíveis para serem desbravadas. Ainda assim conta com 13 pistas, num misto de circuitos reais com alguns fantasiados e com vários layouts entre elas. As novidades da série são Havana, Xangai e o circuito de Zhejiang na China, que foi aberto há apenas alguns anos atrás. Crescent Valley será familiar aos jogadores que se aventuraram por GRID: Autosport, já que era a pista Speedway do mesmo, e locais como San Francisco e Okutama que remetem o jogador para circuitos do primeiro título.  

O problema neste segmento é mesmo a pouca seleção de pistas disponíveis, que à partida será manifestamente inferior ao seu antecessor, que contava com 22 locais completamente diferentes. Ter apenas este espectro de circuitos e pequenas nuances entre elas, significa a sua repetição durante os muitos eventos de carreira disponíveis. No entanto, este aspeto é atenuado pela variação da iluminação, da hora do dia e os incríveis efeitos climatéricos.

Já anunciados estão os DLC “free” que apresentaram novos locais ainda sem localização. Dando ideia, à primeira vista, que o jogo foi apressado nesse sentido, mas promete expandir o seu conteúdo.

GRID está segmentado por categoria de corridas, cada uma com vários carros da mesma categoria e disponíveis para serem adquiridos. Os carros são adquiridos com o dinheiro acumulado na corrida e as mesmas apresentam alguns objetivos bónus, como por exemplo terminar nos primeiros três lugares, ou fazer o melhor tempo.   


Os visuais são cheios de cor e detalhe e o ambiente envolto às mesmas está super bem conseguido. Desde a iluminação ao reflexo, até mesmo aos espectadores presentes a assistirem ao evento. Principalmente os circuitos de rua, onde se vislumbra os espectadores perfilados e super entusiasmados que usam chapéus de chuva ou até mesmo proteção quando o tempo está mais agreste.

Um dos pontos positivos é sem dúvida a inteligência e a agressividade do computador. Não apenas por apresentarem uma dinâmica e agressividade ao nível dos melhores condutores, mas pela inclusão de uma nova mecânica, “Nemesis”. O computador agora guarda uma espécie de “ressentimento” contra o jogador, isto se for confrontado com encostos ou batidas no carro. O “Nemesis” é apresentado com um símbolo vermelho junto ao seu nome e não olha a meios para tentar desequilibrar o jogador. Um exemplo disso, é se o “Nemesis” estiver atrás do jogador fará sinais de luz para tentar perturbar a condução ou até mesmo entrar no jogo de batidas para tentar provocar o despiste. Atenção que até mesmo o condutor da equipa poderá vir a tornar-se um “Nemesis”.

Este é um jogo acessível para todo o tipo de jogador, não sendo um simulador para apenas os mais "hardcore", mas mesmo assim com bastante detalhe a nível da jogabilidade. Existem diferenças a nível da condução entre tipos de carros, por exemplo na condução de um F1 é bastante visível a força do motor bem como a derrapagem se a curva não for bem medida, enquanto que num carro mais lento as curvas serão, mas acessíveis de se fazer.


GRID é divertido, rápido e alimenta um formato fácil de ser digerido. Para os mais aficionados em termos de realismos, talvez venham a ter alguma dificuldade em entrar no ritmo deste título, mas para todos os outros será bem apetecível.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a PlayStation 4, gentilmente cedido pela Ecoplay.

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