Tom Clancy's Ghost Recon Breakpoint


Dos estúdios da Ubisoft chega-nos uma nova aventura de Tom Clancy’s Ghost Recon, desta feita Breakpoint, ambientada num mundo completamente novo, com ênfase na sobrevivência e que põe à prova toda a destreza e furtividade do jogador.   

Ambientado seis anos após os eventos do seu antecessor Wildlands, Breakpoint deixa desta maneira a zona da Bolívia para abraçar novos mundos, focando a sua narrativa numa região fictícia. Auroa, é assim chamada a ilha no Pacífico Sul, que serve de palco principal para uma espécie de utopia tecnológica criada pelo empresário Jace Skell, fundador da Skell Technology. Ora esta empresa fabrica drones e equipamentos tecnológicos, tanto civis como militares. No entanto, um dos pontos mais importantes será mesmo a utilização dos drones e que o jogador encontrará com alguma frequência na sua aventura por esta ilha.

Nisto, um evento misterioso que envolve o corte de toda a comunicação da ilha com o mundo e um naufrágio de um cargueiro da USS Seay, desperta a atenção das autoridades.

É precisamente neste ponto que começa toda a ação e onde o jogador, na pele de líder dos Ghosts, inicia a sua aventura nesta ilha paradisíaca. Infelizmente não da melhor maneira, visto que a Operação Greenstone, que tenta restabelecer as comunicações com a ilha, vai pelo helicóptero a baixo, literalmente. Assim, sem a sua equipa, o jogador vê-se sozinho numa ilha repleta de inimigos, na busca incessante de pistas que o levem a respostas sobre o que realmente se passa.


A ilha em si está absolutamente deslumbrante, com uma grande variedade de ambientes, desde montanhas cobertas de neve a pântanos húmidos e selva serrada. As explosões e toda a ação também estão muito bem conseguidas a acompanhar o som das armas que soam tão pesadas como perigosas. 

A jogabilidade tática recompensa os jogadores que planeiam da melhor maneira a sua abordagem às adversidades do combate. Definitivamente este é um título que dá primazia à abordagem estilo Hitman. É possível, claro está, ter uma abordagem estilo filme Rambo, no entanto concluir o confronto será sempre mais complicado. As primeiras horas de jogo são maçantes e algo repetitivas. A maior parte das missões não passa de ir ao local abater o alvo e recuperar informação.

Este título apresenta quatro classes distintas. Cada uma das quais que o jogador escolher definirá a sua caminhada e modo de combate enquanto desbrava a selva da ilha de Auroa. Sendo esta uma ilha bastante grande, com outras mais pequenas ao seu redor, é de facto necessário “perder” um pouco de tempo a realizar missões secundárias para ganhar experiência e consecutivamente pontos para ir desbloqueando os diferentes perks das classes. Felizmente, é possível mudar de classes em qualquer momento, o que reduz significativamente a pressão de quando se cria a personagem. É assim possível ao jogador escolher uma personagem de assalto que inflige muito dano, como posteriormente mudar para um atirador de elite/sniper que dará instruções coordenadas à sua equipa.


As quatro classes são Field Medic, Sharpshooter, Assault e Panther. Mas o que significada cada um desses nomes?

Para começar, Field Medic é uma personagem de suporte que tem como principal objetivo restaurar a sua vida e a dos seus companheiros. A sua principal técnica será usar um drone que dá vida e consegue reviver um companheiro caído. Tem como competências a possibilidade de se curar mais rapidamente, transportar corpos enquanto se movimenta mais rapidamente e a possibilidade de se auto reviver.  

Sharpshooter, como referido como referido anteriormente, terá como arma e foco principal a sniper. A sua principal técnica será a penetração e velocidade mais eficiente de balas bem como dano adicional. Tem como item principal um drone que possibilita a marcação de inimigos numa área maior. As suas competências principais são a possibilidade de suster a respiração por mais tempo enquanto faz mira e infligirá mais dano nos inimigos enquanto usar uma sniper.

A classe de Assault está desenhada para amantes de tiroteios. Tem como técnica principal a redução do "recoil" da arma e mais resistência ao dano. Tem como item principal a granada de gás que inflige dano “over time”. Como referido as suas principais competências serão a de dano bónus com assault rifles e shotguns bem como vida extra e a possibilidade de resistir a mais dano do que todas as outras classes.

Por último, a classe Panther. A sua técnica principal é a de desaparecer pelo meio de uma granada de fumo, bem ao estilo de um ninja. O seu item possibilita dificultar aos drones a identificação do jogador. As competências principais serão o bónus que dará a uma jogabilidade mais “stealth”, movimento mais rápido e furtivo e a nível de armamento com silenciadores que não sofrem redução de dano.


É de facto possível mudar de classes durante a sessão. Para isso o jogador terá de se deslocar a um acampamento, ou fogueira, chamados de “Bivouac”. Nestes acampamentos é possível fazer imensas que possibilitam ao jogador preparar-se para a missão seguinte. Mudar de armas, usar os skills points para desbloquear novas técnicas, comprar e vender armas, mudar veículos, construir itens e preparar comida. Enfim um bom par de coisas para fazer.   

De acordo com a Ubisoft, Tom Clancy’s Ghost Reacon Breakpoint foi projetado para ser jogado em modo cooperativo com outros jogadores o que de facto adiciona uma grande longevidade ao título. No entanto por vezes o tempo de espera ou alguns problemas de ligação com o amigo podem tornar a experiência um pouco frustrante.

A acrescentar ao modo PVE cooperativo, o jogador terá ao seu dispor o modo PVP, Ghost War. Este modo apresenta-se com 6 mapas e 4 classes, além de servidores dedicados e progressão partilhada entre PvE e PvP. Os dois modos de jogo presentes são “Elimination” e “Sabotage”. O “Elimination” é essencialmente um modo de combate entre equipas, em que a equipa vencedora será a que sobreviver até eliminar todos os elementos da equipa contrária. O modo “Sabotage” é um modo de ataque e defesa, onde existem dois objetivos que a equipa que está a defender precisa de defender e os atacantes necessitam de plantar a bomba.


Um título interessante para ser jogado com uma party completa de quatro jogadores, mas sozinho perderá rapidamente o seu entusiasmo e não adiciona nada de novo a este género. Com missões amplamente repetitivas e diálogos algo monótonos dá a entender que este título necessita de algo mais para chamar outro tipo de jogadores que não apenas os que gostam de furtividade.

O sistema de loot também não será o mais variado, mas ainda assim apresenta um bom leque de escolhas entre classes. A personagem de Cole D. Walker, trazida à vida pela voz e aparência do ator, Jon Bernthal, poderá também ele funcionar como um tónico adicional, na tentativa de chamar mais jogadores.


Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a PLaystation 4, gentilmente cedido pela Ubisoft.

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