Primeiras Impressões: Mosaic


A vida é cinzenta e repetitiva. Que o diga quem vive solitário numa grande metrópole, com todo o tempo dedicado apenas ao trabalho. A escapatória está no seu smartphone, onde ocupa o tempo com mensagens soltas e aplicações de gratificação... mas no fundo, permanece a solidão.

É este o ponto de partida de Mosaic, em desenvolvimento pelo Krillbite Studio e que será publicado ainda este ano pela Raw Fury para todas as consolas, PC e até iOS via Apple Arcade, do qual tivemos a oportunidade de experimentar um "preview".

O jogo apresenta o ciclo diário de um funcionário de uma grande empresa, que todos os dias acorda com o despertador do telemóvel. A primeira coisa que vê são as novas mensagens, incluindo a de que se continua a chegar atrasado será despedido. Há zero motivação na sua vida, além do simples pensamento de que "tem de ser". Tudo é cinzento, e a solidão da metrópole é bem representada com coisas banais, como o desconforto de se estar num elevador com desconhecidos - ainda bem que o telemóvel está sempre à mão, juntamente com BlipBlop um joguinho inútil de fazer pontos ao carregar num botão.


A exploração é propositadamente lenta, as interações com os objetos tanto dentro como fora de casa fazem com que quem joga sinta a mesma banalidade que a própria personagem. Mas fora do telemóvel, no meio do cinzento, há um pequeno toque de cor. Irá alguém reparar? E reparando, irá isso mudar alguma coisa? Nessas pequenas fugas, há sempre um regresso ao cinzento do trabalho... mas será que vai ser sempre assim?


Uma demo bastante curta, mas que deixou bem clara a intenção do jogo e a experiência que pretende oferecer, levantando várias questões. A resposta às mesmas virá mais tarde, mas entretanto o BlipBlop já está disponível no mundo real, para quem quiser manter a sua rotina aborrecida, mas bem entretida: mosaiccorp.biz/blipblop

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