Indivisible


Um RPG de ação que mistura plataformas com cenários e personagens desenhados à mão com um voice acting incrível, empacotado num título que provavelmente nem sequer chegou aos ouvidos de muitos jogadores. Do pequeno estúdio Lab Zero Games e com distribuição da 505 Games, surge uma das maiores surpresas do ano, este sidescroller consegue mesmo surpreender e encantar, por vários motivos.


A começar pela história, embora no inicio seja completamente cliché, esta vai ganhando forma e acaba por se tornar interessante devido ao conhecimento adquirido enquanto a personagem principal Ajna cria laços de amizade com uma carga de personagens com os seus atributos específicos. Não estamos perante uma história complexa, mas funciona e agarra o jogador, o que já é bem importante.

Sem querer deixar qualquer spoiler, Ajna é uma menina com um papel importante e terá de mudar o destino de todos através do seu poder oculto. Pela jornada, vai conhecer uma enorme quantidade de personagens, e todas elas jogáveis. O voice acting está muito profissional, e quem escreveu os diálogos está de parabéns pois são geniais, principalmente uma das personagens de nome Razmi, a qual dá uma vida ao jogo infalível.

A jogabilidade é simples, mas viciante. Cada personagem é controlada por um botão, os ataques normais são 3, pressionando o botão e no d-pad para cima fará um uppercut ou restaura a saúde, já para baixo pode realizar outro comando importante. Existe uma barra para toda a equipa de 4 jogadores em batalha partilhar e como tal, os especiais são limitados, tendo de escolher uma personagem para o executar. Claro que no futuro a barra aumenta e a oportunidade de executar 2 especiais com personagens diferentes se torna uma possibilidade. O combate pode até ser um ponto negativo para alguns jogadores por uma única razão: o jogo não é difícil, de todo, o dá a oportunidade de qualquer pessoa desfrutar de um jogo tão bom. Mesmo assim os inimigos são imensos, com um design original e os bosses relativamente desafiantes.

O design, esse está lindo. Tudo feito à mão, com um inegável charme acolhedor e que desperta o interesse para ver mais e mais. As próprias cut-scenes muito parecidas ao estilo anime, dão um prazer de serem admiradas. Durante as lutas, as animações estão fantásticas e a própria musica do jogo fica no ouvido ao longo das horas passadas a jogar.


Os upgrades não são muitos, existem uns cristais pelo jogo fora que ao serem recuperados, podem ser utilizados para aumentar a saúde ou o poder. Estes cristais costumam estar bem escondidos dos olhos do jogador, em locais onde será necessário fazer um esforço extra para os encontrar. No entanto os cenários são tao bons, principalmente em cidades, que é um prazer explorar em busca dos segredos.

Dizemos que Indivisible é um jogo ao estilo Metroidvania, mas não tão complicado, porque realmente obriga a saltar de um lado para o outro, obtendo até armas e poderes exclusivos para ultrapassar obstáculos pelos níveis. As armas e poderes vão sendo desbloqueados com a progressão do jogo, por isso muitos dos locais que inicialmente estão interditos ao jogador, estarão facilmente ao seu alcance no futuro.


Mesmo num ano que tem estado a ser fantástico a nível de videojogos, Indivisible consegue ser uma das grandes surpresas deste ano. Um jogo belíssimo e que convida a qualquer jogador entrar numa historia envolvente, divertida e charmosa, com uma duração de mais ou menos 20 horas de jogo.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a Xbox One, gentilmente cedido pela 505 Games.

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