Trine 4


Análise por André Santos // Parceria Future Behind

Desde que em 2009 vimos chegar Trine, na altura apenas para Microsoft Windows mas logo portado para PlayStation 3 durante o decorrer do mesmo ano, a Frozenbyte já nos fez chegar outros três títulos dentro da série que consegue combinar ação, história e muitos puzzles num ambiente side-scrolling em 2.5D com uma arte muito própria.

Desta feita coube-me a mim seguir a história de Amadeus (o feiticeiro), Zoya (a ladra) e Pontius (o cavaleiro), enquanto estes percorrem um mundo cheio de perigos, em busca do seu príncipe para assim o levar de volta para o lugar de onde nunca deveria ter saído sozinho, o castelo. Em mente tinha ainda o feedback menos bom que saiu de Trine 3, será que o estúdio Finlandês conseguiu trazer a magia de volta a Trine 4: The Nightmare Prince?


Tal como os outros jogos da série, Trine 4 apresenta as mesmas três personagens e a mesma forma de jogar. O que torna este jogo interessante quando comparado com outros jogos de plataformas é o trabalho que temos que fazer, um pouco como acontece em Degrees of Separation, na troca de personagens para assim conseguir ultrapassar os diferentes obstáculos. Não se assustem com isto, eu assustei-me, mas depressa aprendi que esta troca era muito simples.

Cada uma das três personagens têm diferentes atributos o que fazem com que sejam apenas úteis em momentos específicos das cerca de 7 horas de jogo. Importa explicar isto, o porquê das personagens serem úteis em momentos diferentes, para quem nunca jogou nenhum dos Trine ou mesmo o tal Degrees of Separation. Aqui fica:

Amadeus (o feiticeiro) - A magia é a sua força. Embora Amadeus não seja o mais rápido ou mais ágil dos 3 heróis, acaba por ser dos mais úteis por conseguir mover objetos com o poder da sua magia, ou mesmo criar caixas para assim poder alcançar locais mais altos. Por exemplo, imaginem-se a ter que arranjar forma de subir um muro e a única coisa que tem a vossa disposição é uma pedra com duas toneladas... magia dava jeito, certo? Chamem Amadeus.

Zoya (a ladra) - De arco e flecha, bem ao modo de Robin dos Bosques, Zoya é a mais ágil e a que mais alto salta, mas caso queiram saltar uma maior distância não se preocupem... nada que um arco, uma flecha e corda não resolvam. Em certas alturas ver-se-ão obrigados a saltar de corda em corda para assim ultrapassar certos obstáculos ou mesmo a prender algumas rodas dentadas para impedir que um muro caia, ou uma porta se feche... em qualquer uma destas situações Zoya é o herói a chamar. E as tais caixas que Amadeus consegue criar? podem ser presas a estas cordas para assim conseguir resolver alguns dos puzzles.

Pontius (o cavaleiro) - A força é a mesmo a sua força. Pontinus não é rápido nem ágil, mas tem força... muita força. De espada em punho, protegido pelo seu escudo, contem com um cavaleiro destemido pronto a dar o seu melhor pelo reino. Seja no combate corpo a corpo ou a usar o seu peso para chegar a andares inferiores Pontius vai mostrar-se muito útil para as situações que requerem um pouco mais de... força bruta. Lembram-se das tais caixas criadas por Amadeus? Também aqui vão ser úteis para criar peso em gangorras que servirão para saltar de forma a alcançar certos objetos.


Ao longo do jogo é fácil de perceberem que só vão conseguir passar certos puzzles ao usar o poder dos heróis em conjunto, podem fazê-lo sozinhos ou mesmo em co-op já que Trine 4 é um daqueles jogos de plataformas perfeitos para partilhar a aventura.

Certos percursos vão estar bloqueados, e nem com os três heróis a trabalhar em conjunto vão conseguir desbloquear, mas não se preocupem... vão ter amigos a ajudar, sejam eles ursos ou aves gigantes. Ao nível de combate, preparem-se para muito combate corpo a corpo e para, durante o combate com alguns dos inimigos, terem que trocar de herói para assim ultrapassar os mesmos. Os encontros com os bossses de Trine 4 acabam, muitas das vezes, por ser mais um puzzle para resolver onde terão que perceber o que fazer, ou como fazer, antes de então atacar a temível criatura.

Importa ainda referir que existe evolução em Trine 4, não só a nível gráfico e mecânicas de jogo, mas também no que toca à evolução das personagens. Durante o vosso percurso vão encontrar pequenos frascos para apanhar, estes frascos vão fazer com que consigam evoluir a vossa personagem. Com as batalhas, conseguem ganhar também pontos de combate que fazem com que as habilidades de ataque dos vossos heróis melhorem. Por exemplo,  no caso de Zoya as flechas passam de simples flechas a armas munidas de fogo ou gelo, as últimas são ótimas para congelar os inimigos ou mesmo zonas com agua.


Trine 4 é o jogo ideal para os amantes de plataformas. Uma história interessante, num mundo absolutamente divinal, com puzzles divertidos, mas difíceis o suficiente para que o jogo não se torne demasiado fácil, com personagens que evoluem com a narrativa. Perfeito para o co-op Trine 4 é um must play... Posso, sem qualquer dúvida, dizer que a Frozenbyte descobriu, em Trine 4: The Nightmare Prince, a fórmula para o sucesso e espero, daqui a algum tempo, ter a oportunidade de jogar aquele que será Trine 5.

Trine 4: The Nightmare Prince está também disponível para PlayStation 4, Nintendo Switch, Xbox One, Microsoft Windows e Linux (Steam).

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para Xbox One, gentilmente cedido pela Dead Good Media.

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