GRID: Autosport


A Nintendo Switch está repleta de videojogos, mas o género de corridas tem sido uma grande lacuna. Pelo menos, até há bem pouco tempo, pois agora conta com o novo GRID: Autosport vindo diretamente da Codemasters. Lançado originalmente nas consolas da geração passada, será que esta adaptação foi um bom passo para conquistar os jogadores da Nintendo Switch?

Um jogo completo, é logo a primeira impressão que se tem ao iniciar o GRID: Autosport na consola. Incrível como as opções e modos de jogo que apresenta são imensos e há de tudo e mais alguma coisa para os amantes do género.

Assim que se inicia é necessário criar um perfil com as mais variadas opções, incluindo até um cognome pelo qual o jogador será tratado. No meu caso, não tendo Patrício (que por si é um nome raro) escolhi a opção Patrick, mas existem vários nomes totalmente em Português, como Bruno e Fernando, por exemplo. O nome escolhido será aquele pelo qual a equipa irá comunicar durante as corridas.


Para começar, o melhor é escolher um Quick Race para o jogador se habituar à jogabilidade. Pode ser duro inicialmente, e por vezes o travão nem parece ajudar se não for utilizado de forma correta, pelo que não é muito intuitivo. No entanto, não deixa de ser uma questão de hábito e vício para dominar os controlos e ficar a conhecer tanto os carros como as pistas. Há uma boa dose de pistas incluíndo Barcelona, cidade onde resido atualmente, com detalhes como o Colon e a Praça de Espanha, ou a Sagrada Família e o Arco do Triunfo, embora faltem outros pontos principais como a Gran Via de Les Cortes Catalanes (avenida principal). Aquele pequeno sentimento de estar perto da realidade torna-se credível, o que faz pensar o mesmo das restantes localizações.

Há um modo Time Trial como qualquer jogo de corrida, Custom Cup para customizar um troféu e um Extra Championship no qual esta dividido entre vários modos, mas o modo de carreira será certamente o principal de GRID: Autosport. O jogador dará inicio a uma temporada selecionando uma das 6 categorias existentes. Inicialmente terá disponível apenas 5, Touring, Endurance, Open Wheel, Tuner, Street, mas mais tarde adicionará a categoria Grid.

Em Touring o jogador escolhe o campeonato desejado, que conta com eventos pequenos pois precisa de aumentar de nível para obter acesso a campeonatos longos. Duas equipas irão fazer as suas propostas e o jogador terá de escolher entre uma delas. Consoante a dificuldade e objetivos o jogador pode ou não obter muita experiência. Os patrocínios apostam no jogador e no seu desempenho e, para além disso, irá sempre contar com um colega de equipa.


Nas corridas, existem vários comandos a serem explorados. Coordenar com o colega de equipa e dar ordens para uma condução mais agressiva ou defensiva. Perguntar à equipa a quantos metros se encontra o segundo classificado, entre outros comandos, tornam este Autosport muito original quando comparado com todos os jogos de corridas. Antes de cada corrida é possível efetuar upgrades e modificar o veiculo, como alterar o diferencial, travões, as suspensões dianteiras e traseiras e até a caixa de velocidades. Uma funcionalidade importante é a capacidade de puxar o tempo atrás e repetir uma curva mais fechada em que o jogador teve um acidente, coisa que foi adotada também em Forza Motorsport. Além disso, nas opções pode-se escolher a dificuldade, que varia desde o travão automático ao controlo total do automóvel, o que consegue realmente aumentar o desafio.

Quanto aos outros modos, o Demolition Derby é divertido, o Endurance leva o jogador a uma prova de resistência e o Eliminator vai derrubando os jogadores de acordo com a sua posição até que quem estiver em primeiro seja o vencedor. As provas de Drift não são nada fáceis e os automóveis são potentes. Mas Autosport não traz apenas circuitos com automóveis potentes, conta também com Fórmula C e Muscle Cars, tornando o jogo variado e divertido com competições para todos os gostos. São realmente imensos modos e muito conteúdo, mas no seu lançamento ficou de fora um modo importante: o multiplayer. Segundo os developers, tanto o multiplayer local como online estão ainda a ser desenvolvidos e virão com um update gratuito para o jogo. Uma pena no lançamento, mas que certamente valerá a demora.


A qualidade gráfica apresentada é fenomenal e existe até a possibilidade de aprimorar os gráficos e desempenho do jogo ao gosto do jogador, desde o modo Graphics com o detalhe máximo a 30fps, o Performance com detalhe médio a 60fps e até o Energy Saver com o mais baixo detalhe e 30fps, ideal para jogar em portátil. Aliás, em modo portátil é perfeitamente jogável e ter um jogo de corridas com esta qualidade nas mãos e uma dádiva.

A Nintendo Switch precisava de um jogo de corridas que estivesse à altura, agora tem agora um jogo de corridas capaz de o fazer. Sem qualquer tipo de quebras nem em dock nem no modo portátil, a qualidade do jogo em geral está espantosa e merece aplausos pelo seu desempenho na consola. Se estavam à espera de um jogo de corridas realmente bom, este é o jogo.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Feral Interactive.

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