Dark Quest 4


Bárbaros, magos e outros quantos aventureiros entram numa masmorra. E o resto decidimos nós.
Dark Quest 4 começa com a introdução do vilão, um mago de grande poder e o seu fiel necromante, que procede a invocar monstros e mortos em igual medida para conquistar o mundo. Cabe-nos a nós continuarmos (nesta já quarta tentativa) a supressão e possível erradicação deste grande mal. Começamos com um bárbaro, um mago e um anão, cada um com a sua especialidade, estatísticas e grunhidos épicos.


Como num board game daqueles que meia hora depois ainda não começaram a jogar e ainda estão a ler as regras, estas são super importantes. Decidem quem se mexe primeiro e com que dano lidam melhor ou pior e até quem deve ser o escolhido para lidar com armadilhas. O combate e as armadilhas são frequentes, portanto é importante ter noção destes dados de modo a sobrevivermos e retirarmos de cada masmorra a maior quantidade de ouro possível.


O combate é feito por turnos, alternados entre inimigos e aliados igual, fazendo também o posicionamento uma diferença grande em como se desenrola. Podemos usar vários feitiços e habilidades de modo a condicionar os inimigos a seguirem o caminho que desejamos ou a enfrentarem o nosso herói mais adequado. Após conquistarmos cada masmorra (ou falharmos essa mesma conquista) voltamos para a zona central onde um grupo de diversos mercadores nos vendem melhorias. De poções consumíveis, a equipamento e até habilidades novas há uma panóplia de melhorias possíveis e de maneiras de nos preparamos e usarmos da melhor forma cada um dos nossos heróis.


Ainda que comecemos com apenas três, logo após o tutorial somos presenteados com mais uns oito, cada um único e com potencial diferente. O jogo obriga-nos a saber utilizar todos: sempre que acabamos uma masmorra os heróis usados acusam fadiga enquanto outros tendo descansado bem apresentam benefícios na próxima investida. Esta gestão, juntamente com adequar às condicionantes de cada masmorra e à distribuição de recursos de forma a todos os aventureiros estarem ao mesmo nível é grande parte de sermos bem sucedidos.

Temos também alguns personagens e outras surpresas ao explorarmos mais do que apenas a missão principal e ao estarmos atentos às dicas de cada masmorra. Infelizmente, o design simples de animações e sons torna-se rapidamente cansativo, a gestão de menus não é intuitiva e torna até complicado de perceber o que desbloqueamos e para quem e o que está ou não equipado. Depois de percebido é simples, mas é desnecessariamente convoluto. Tem um bom esqueleto e a nível mecânico está bem limado, mas fora apreciadores do género dificilmente vai chamar a atenção. Tem uma componente multijogador o que é sempre uma adição divertida.


Denso, ao mesmo tempo parecendo um esboço, Dark Quest 4 parece um bom esqueleto, mas precisa de mais para se distinguir e atrair jogadores que não os aferroados de jogos de tabuleiro.


Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para PC, gentilmente cedido pela Critical Hit PR.

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