Tennis World Tour 2


Tennis World Tour 2 é apresentado pelas raquetes do estúdio Breakpoint. Mas será que é realmente o jogo que os amantes deste desporto aguardam?

Este título é tão básico quanto um jogo pode ser. Embora apresente algumas nuances no que toca a por exemplo executar algumas pancadas mais especificas como o “amorti” que é necessário carregar em dois botões ao mesmo tempo, ou na necessidade de pressionar o R2 para correr mais rápido, todo o jogo baseia-se numa linha bastante linear misturado com um pouco de estratégia. Sim é necessária pensar onde se irá colocar a pancada seguinte.
 
Os modos “padrão” estão incluídos, como o modo treino, exibição (jogo rápido) e jogo online, onde é possível jogar singulares e em dupla com a escolha de entre 38 jogadores profissionais.  Também existe a possibilidade de configurar torneios online, o que de facto pode ser o modo mais aliciante. Falando nos jogadores profissionais, Roger Federer e Rafael Nadal estão presentes e são os grandes destaques, mas faltam alguns jogadores de renome. Por exemplo nenhuma das irmãs Williams está incluída. Realmente não sei como funciona a questão dos patrocínios com os jogadores, mas de facto é uma falha bastante notável.
 
Voltando à questão dos modos de jogo, Tennis World Tour 2 apresenta também o modo carreira que permite ao jogador subir na classificação mundial ao entrar em torneios, jogos simples de exibição ou ainda treinar. Com isto é possível criar um jogador personalizado, ainda que sem muitas opções de escolha e com caras que … deixam bastante a desejar. Aliás a nível gráfico, tanto do ambiente como das personagens em si, deixa bastante a desejar. Honestamente quando testei o jogo pela primeira vez perdi uns segundos a olhar para a cara do Roger Federer, que a mim me parece bastante chateado por ter sido representado de tal maneira.  
 

Este modo de carreira não apresenta qualquer tipo de narrativa como em alguns títulos de desporto. Podia ser uma mais valia, mas de facto não está incluída nesta fase final. É apresentado um ecrã onde é possível selecionar a opção que se pretende executar a seguir, seja ela jogar torneios, jogar uma partida simples, etc. Ao jogar neste modo é possível angariar moedas, que podem ser trocadas por equipamentos novos, entre raquetes, roupas e cartas de reforço de uso limitado, um pouco ao jeito das cartas usadas no Fifa, que ajudam na condição do jogador em plena ação. Quero com isto dizer que é necessário fazer uma pequena batota em pleno jogo, com cartas que dão um “boost” momentâneo nas estatísticas do jogador, como reduzir o uso da barra de resistência em tipos específicos de pancadas. Não fiquei fã destas ditas cartas, até porque sinceramente não vi grande mudança em termos práticos.
 
A jogabilidade é rígida e às vezes sem respostas, com alguns bugs bastante frustrantes à mistura e um movimento de bola que de todo não é realista. Imaginem terem o vosso jogador a caminho de uma bola e de repente o mesmo desaparece momentaneamente do ecrã fazendo com que já não seja possível chegar àquela esquerda comprida. É … realmente frustrante. Sente-se um ligeiro atraso entre o toque no stick analógico e o próprio movimento do jogador e as próprias animações dos jogadores são lentas.
 

Em termos de pancadas é o mesmo tipo de layout apresentado em todos os seus antecessores. A única novidade neste sentido é mesmo o serviço, que tem um sistema de pressionar duas vezes o botão para servir com mais força, ou menos força. É necessário pressionar uma vez para iniciar um pequeno medidor, e em seguida segurar o botão até que a bola esteja no topo, apresentado por um pequeno círculo.
 
A nível gráfico é difícil tentar descrever. Os rostos das personagens estão longe de estarem parecidos e o cabelo parece tudo menos cabelo. Na melhor das hipóteses e para ser simpático, tem a aparência de títulos de geração anteriores.
 

                     
 
É este o ponto principal a reter de Tennis World Tour 2, é um jogo que não parece atual em nenhum sentido. Mas o pior mesmo deste título é não ser minimamente convidativo nem para os próprios fãs da modalidade. Infelizmente todos os “glitches” e frustração que vêm de uma jogabilidade bastante pesada empurram este título para longe da linha de diversão.

Nota: Analise efetuada com base em código final do jogo para a PlayStation 4, gentilmente cedido pela Upload Distribution.

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