This is the Zodiac Speaking


Eu como fã de jogos de terror, gosto sempre de conhecer o que há no mercado, indie ou triple AAA, há uma data de títulos interessantes e, ultimamente, há até uma quantidade de jogos mais direcionados para o terror psicológico. This is the Zodiac Speaking não é excepção, mas estará à altura da competição?

Para quem não sabe, este jogo é baseado em facto verídicos, mais precisamente no assassino americano "Zodiac", que nunca ninguém foi capaz de apanhar e colocar atrás das grades. Tudo se passa em Solano County nos anos 60. Em termos narrativos, é das coisas mais perturbantes que podem assistir, há até um filme de 2007 baseado nos factos deste assassino como há neste momento o jogo o qual tivemos a oportunidade de jogar e analisar.

Tudo aquilo que se encontra nos arquivos está apresentado no jogo, os códigos que o Zodiac enviava aos jornalistas e polícias os quais mal conseguiam decifrar tal como as chamadas no jogo. Nesse aspeto, tudo está presente e o jogador vai ter prazer em conhecer os factos, não há dúvida, é na verdade, a única coisa que o jogador pode tirar proveito de This is the Zodiac Speaking.


O que no início parece estar bom para um jogo indie, rapidamente se torna numa tortura que mais parece uma praga do próprio Zodiac. O jogador encarna a pele de um jornalista que anda a investigar os crimes e a tentar decifrar o código que Zodiac tem estado a enviar às autoridades jornalistas. O importante é ler todos os artigos para não perder o fio à meada e, ter o mínimo de prazer.

As mecânicas funcionam, o jogador tem de resolver pequenos puzzles que por vezes, não encontrará qualquer indicação de como ou onde ir e o que fazer, deixando o jogador às escuras com pistas quase impossíveis de decifrar, piores que o próprio código do assassino. O jogador apenas tem de recolher objetos específicos como recolher as chaves de ignição do carro, atender o telefone, recolher informação etc… o que seria de esperar num jogo do género.

A jogabilidade é horrível ou, pelo menos, para Xbox One. O personagem move-se sozinho para a direita sem que toquemos no analógico, podia ser um drift como o dos joy-con mas não é o caso. O comando da Xbox está a funcionar perfeitamente, mas por alguma razão, move a personagem para o lado várias vezes sem que o jogador tenha a intenção para tal. Agachar também não funciona bem, caso queiram mover-se, o personagem levanta-se e como é óbvio, o Zodiac estará à espreita e irá certamente correr atrás do jogador.


Um restart de checkpoint significa começar o nível de início, embora se o jogador for apanhado pelo Zodiac, perde a vida mas volta ao último ponto de gravação, apenas se deixarem de jogar por alguma razão ou simplesmente querem reiniciar para o suposto último checkpoint, não se deixem enganar, o jogo fará com que recuem para o início do nível e não do checkpoint em si.

A música adequa-se ao terror psicológico, mas após um tempo começa a cansar, embora sempre quando o Zodiac se aproxime do jogador, a música aumenta de volume, o que não significa que não deixa de ser aborrecido. Graficamente está horrível, detalhes são poucos, bugs vários, o jogador não tem qualquer sensação de desespero quando o Zodiac o apanha, nem um arrepio, pior ainda ver que o Zodiac atravessa sofás a correr atrás do jogador como se nada fosse, tira o medo todo e torna-se horrível de tão mau que se apresenta.


This is the Zodiac podia ser uma espécie de Outlast ou Alien: Isolation, no entanto, é realmente algo que faz o jogador sofrer pelos motivos errados. Para se conhecer a história deste famoso assassino, continua a ser preferível assistir a filmes e documentários relacionado com o Zodiac.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Xbox One, gentilmente cedido pela The Redner Group.

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