Oddworld: New 'n' Tasty!


Abe regressa, numa re-imaginação que mantém a estranheza do original, com algumas arestas expectáveis de terem sido limadas com um remake.

Oddworld é distópico, estranho, literalmente alienígena e com humor do mais negro possível. Este remake do primeiro jogo (saído originalmente na PS1) convém esse ambiente como o título do qual origina. As grandes diferenças estão nos modos de dificuldade que previamente não existiam, o que facilita a experiência (o modo Hard é o mais próximo do original). É uma mistura estranha que foi completamente inovadora na altura e que mesmo hoje continua singular.

A história continua tão fantástica e absurda como a primeira vez que vimos o Abe. Tem um tom de comédia muito negro, e os designs dos personagens aos ambientes representa bem a ideia de uma sociedade distópica e deturpada. Os diálogos são praticamente inexistentes, fora as clássicas cutscenes entre níveis. Tem dois finais diferentes dependendo de quantos companheiros salvamos, número de companheiros que praticamente triplicou do original.


O jogo na sua essência roda à volta do Abe e da sua demanda para levar os seus compatriotas para um sítio que não o que os quer tornar em carne enlatada. Têm vários comandos para os fazerem seguir-vos ou pararem de modo a poderem evitar armadilhas ou inimigos e têm ainda algumas opção de discurso novas e assobiar que permitem não só comunicação como a resolução de alguns puzzles. 

Vão ter que trepar saltar e dizer muitos "Hello!" de modo a conseguirem encaminhar os vossos amigos para a liberdade através de portais. Podem também as várias máquinas de produção de carne e afins para armadilhas para se livrarem dos inimigos (ou dos amigos dependendo da qualidade do planeamento) Temos também a capacidade de atirar objetos, para distrair e até explodir com inimigos e mais tarde a habilidade de possuir os mais simples de mente o que também faz variar a jogabilidade. Os níveis fazem puxar pela cabeça e têm algumas áreas secretas que quem quiser salvar todos os inocentes vai ter que se aventurar.

Tem uma opção de co-op que nos relembra a infância trocando sempre que o Abe acaba numa lata, e leaderboards online para poderem competir até em tempos de pandemia sem amigos a fazer companhia em casa. Podemos continuar de qualquer chapter para os que gostam de repetir níveis para fazer tudo perfeito (ou praticar para as speedruns).


Os controlos são bastantes e demoram um pouco a habituar, não foram atualizados e acusam a idade do original. Por outro lado as opções de dificuldade, o tutorial detalhado e até uma opção no meu principal para ouvir às várias voice lines e comandos associados mitigam em grande parte este factor. A performance também acusa algumas perdas estranhas o que torna a experiência menos fluida do que desejada.

O artsyle é muito único e felizmente não mudou fora as atualizações para uma melhor resolução e os efeitos sonoros e banda sonora continuam como os originais (apenas levemente melhorados na qualidade).

No menu principal há alguns extra nomeadamente uma maneira de rever as músicas e vídeos do jogo (esses também acusando uma idade já considerável). As opções gráficas permitem diminuir alguns dos efeitos e melhorar qb a performance, no entanto os menus em jogo continuam como se estivéssemos a andar num pântano.


Um remake que parece mais um remaster com conteúdo extra, mantém o estilo e proporciona uma aventura sui generis a quem nunca o jogou. Para quem o revisita, as melhorias são pequenas mas agradáveis.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Microids.

Latest in Sports