Dog Duty


Um jogo tático em tempo real com o estilo dos filmes de ação dos 80/90.

Dog Duty começa com uma pequena cutscene à boa moda dos filmes de ação: os heróis a caminho da sua missão secreta são atacados pelo vilão maléfico. Parece familiar certo? Tal como todos os Rambos, Chuck Norris e G.I. Joes têm então que escapar da prisão que serve como tutorial (infelizmente muito insuficiente) e começar a sua missão para impedir o plano maléfico. Os personagens nesse sentido estão muito bem enquadrados, no entanto para além do ocasional grunhido não há grandes linhas de diálogo que não genéricas.

É um jogo de estratégia em tempo real, controlam 3 personagens cada um tendo uma habilidade especial. Após o escape da prisão podem explorar a ilha vilanesca, em cima de uma camião capaz de destruir qualquer estrutura (e ainda bem porque os controlos de condução dão muitos, muitos acidentes).Há mais personagens que se vão juntando cada qual com a sua habilidade também, que vão desde curar, invencibilidade e até saltos para melhor posicionamento. Podem equipar armas diferentes em cada personagem e usar para além disso desde ligaduras a cocktails molotov para conquistarem os terríveis vilões. O veículo que usam para explorar o mapa pode também ser customizado com torres para os personagens utilizarem durante as batalhas na estrada. 


Os nossos heróis disparam automaticamente quando no alcance dos inimigos (incluindo a manejar as torres) e há ainda a opção de desacelerar o movimento/combate e ver os alcances dos inimigos. Os mapas têm também torres e coberturas que podem ser utilizadas contra ou a nosso favor e permitem maneiras diferentes de cumprir o objetivo (que é maioritariamente destruir algo ou alguém). Explicado assim parece prático mas os controlos não são explicados em ponto algum (o mapa de tutorial é só tutorial em nome e porque nos indica abertamente o passo seguinte) e não são intuitivos que chegue para se explicarem sozinhos o que leva a bastante frustração. 

Sendo um jogo de estratégia é bastante punitivo e acabava muitas vezes com um coçar de cabeça duvidoso sobre como passado 5 segundos de entrar num mapa estava a olhar para o ecrã de loading. Acoplada à experiência da condução que é tudo menos intuitiva e os menus (tanto principal como de loja) não serem fáceis de navegar leva a uma experiência cansativa. É um jogo que provavelmente se navega mais facilmente de rato e teclado, que não é uma opção em todas as plataformas.

O estilo de arte é uma mistura retro com alguns efeitos e detalhes recentes mas que se enquadra bem na temática geral do jogo. O mapa exterior é ligeiramente desinspirado mas os mapas das missões estão bem conseguidos e têm bastantes detalhes e diferenças. Os Bosses também têm um design interessante e muito dentro do tema. Os efeitos sonoros são bizarros, tanto parecem adequados como irritam de morta (o drift do camião dá vontade de andar a pé). 


Uma ideia interessante e que poderá ser melhorada, mas que infelizmente tem uma execução muito abaixo do agradável.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Soedesco

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