What the Golf?


Se o título não fosse What the… eu diria The Bizarre Adventures of Golf, à letra. Este é um jogo de golf... que não é golf. É complicado explicar mas resume-se a isso: até é parecido ao golf, mas apenas com o objetivo de acertar na bandeirola e não no buraco. Pode parecer estranho ou esquisito, mas acreditem que é divertido!


Esta análise é baseada na versão PC, no entanto o jogo teve um lançamento recentemente na Switch. Embora não tenha jogado na Switch, a versão PC fez, na nossa opinião, maravilhas, e a razão é muito simples, a jogabilidade. Não podemos comentar sobre a versão Switch mas verdade seja dita, a jogabilidade no PC torna este jogo em algo que vicia totalmente o jogador, é fácil de pegar, controlar, realizar níveis atrás de níveis com um movimento ou toque do rato, sem haver necessidade de tocar numa tecla do teclado, isto é fascinante.

Como a maioria de jogos de golf ou até diria bilhar, What the Golf? é controlado com uma seta, esta seta aponta para o local que desejamos e depois basta medir a força com a que queremos dar a tacada. Geralmente controlamos uma bola, não há nenhuma personagem nem taco à vista, por vezes nem uma bola de golf é o objeto a que temos de dar a tacada, pode ser um sofá, uma personagem, um carro, há-de ser tudo e mais alguma coisa mas, na maioria das vezes, para ser um pouco mais normal, é uma bola, nem que seja de futebol.


O jogo tem algo que por vezes falta na indústria devido a uma grande parte dos jogos focarem-se no realismo hoje em dia. A peça fundamental neste, é a diversão. A palavra de ordem é fazer o jogador divertir-se, sorrir a cada nível que ultrapassa. Os níveis são curtos, mas memoráveis, existem dezenas de referências tanto a jogos como a filmes, quem tiver uma cultura geral acima da média vai atingir as piadas e isso ajuda o jogador a envolver-se mais na loucura do jogo e por fim, achar piada e querer continuar no absurdo de What the Golf?.

As referências a filmes como Apollo 13, jogos como o Super Hot ou o famoso Super Mario, não só a nível de design como nas expressões famosas ditas pelos protagonistas destas séries, é algo que encaixa que nem uma luva. A variedade dos níveis é enorme, nunca um nível é igual, pode ser relativamente parecido mas nunca irá ser aborrecido, isso significa muito e faz toda a diferença, como por exemplo, os níveis relacionados com o jogo de nome Portal, a bola tem de atravessar vários portais que devem ser movidos pelo jogador para que a bola atinja a bandeirola, já nos níveis relacionados com o jogo Super Hot, a bola move-se apenas quando o jogador faz um movimento e os inimigos presentes no mapa disparam exatamente quando o jogador realizar um movimento, tal e qual ao seu jogo original.

Há todo um tipo de níveis com bolas de bowling para fazer strike, atravessar campos de futebol rodeados de crianças que tentam impedir o golo, a bola ter a habilidade de disparar uma teia para se colar nas paredes e assim ultrapassar obstáculos para que seja possível alcançar o objetivo, essa é a ideia de What the Golf, fazer com que o jogador diga da sua boca para fora as palavras What the…


Antes de terminar, falemos também nos modos de jogo que What the Golf inclui. Para além do modo campanha, este inclui um modo de partida rápida, onde é possível jogar desafios diários e verificar quem fica no topo da tabela classificativa diariamente numa competição online para ver quem consegue ultrapassar os níveis com menos tacadas. Existe um modo de construção de nível que pode no fim, ser partilhado com todos online para umas jogatinas e risotas. O modo aventura tem à disposição alguns modos como o Modo de Grupo que é no fundo o modo VS e o Sporty Sports que são mini jogos dedicados ao desporto.



Este jogo não podia ser mais simples, no entanto também não podia ser mais divertido, é de facto uma boa aposta para aqueles que querem jogos com partidas rápidas, divertidos e até viciantes, é um jogo que não existe relembrar qualquer narrativa e assim sendo, podem voltar a What the Golf sempre que desejarem dar umas tacadas enquanto fazem tempo, mas há que referir que o jogo é mesmo viciante e por vezes joga-se uma, duas ou três partidas e ao olhar para o relógio já passou uma hora, é assim tão bom.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para PC via Steam, gentilmente cedido pela Popagenda.

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