Star Overdrive
Estava eu a assistir um Nintendo Direct e surgiu nesse direto o jogo Star Overdrive, que na altura pareceu-me ser bastante interessante e recordo-me de ponderar se havia ou não de adquirir. O tempo passou e a sua exclusividade temporária também, agora que chegou à PS5 e a Xbox Series X/S, jogo que me tinha despertado uma certa curiosidade, e, será que foi de encontro com as minhas expectativas?
Tudo começa com um protagonista sem voz bem ao estilo de Link, que viaja no espaço e após receber um sinal de socorro a sua nave acaba por ser atacada o que o leva a despenhar-se num planeta inóspito. A introdução é curta e de repente já estamos a controlar o nosso personagem que acabou por não ficar ferido neste ataque, apresentando uma bolha no seu redor que representa o seu escudo protetor, saindo assim, dos destroços totalmente ileso. O objetivo inicial é correr em busca da origem do sinal de socorro outrora recebido no espaço.
Este pequeno segmento vai ensinar ao jogador a perceber as mecânicas, é um jogo de ação e aventura típico e os botões de ação não passam do simples salto, ataque e esquiva, mas, há um elemento importante e é esse que faz a diferença no género: o nosso protagonista tem um hoverboard e com ele irá explorar este planeta que é um grande deserto com pequenos pontos de interesse.
Para realizar upgrades ao vosso futurista meio de transporte será necessário recolher materiais pelo vasto mundo e utilizar estes materiais em sítios específicos, neste caso nas torres que vos surgem ao longo da jornada e as quais devem ser ativadas, após essa ativação vão ter energia para realizar os upgrades necessários. Esta foi a parte interessante, pois conforme a quantidade e os materiais que utilizarem, vão realizar upgrades a vários aspetos da hoverboard, desde a velocidade, o motor da prancha e a propulsão para os saltos, há todo um tipo de upgrades para realizar e neste mesmo sítio têm a possibilidade de fazer os upgrades necessários para a vossa arma em concreto, isto para provocar mais danos e para a extensão da defesa como tantos outros aspetos, a própria hoverboard pode até ser personalizada.
O jogo envolve vários puzzles e objetivos, não requer que sigam uma linha específica e deixa o jogador a explorar aquilo que desejar, o problema é que embora seja cool andar de hoverboard, pode causar um pouco de tédio ter um vasto deserto à frente e apenas locais em específico serem habitados com inimigos ou objetos. Parece que vagueamos por ali sem saber muito bem para aonde ir, embora no início do jogo seja referido que a ideia é ativar as torres que se encontram espalhadas pelo mundo.
Star Overdrive apresenta um mundo aberto, mas um tanto deserto, nota-se que faz um esforço para pegar no conceito que Breath of the Wild apresentou ao público em 2017, mas não há sequer comparação porque transmite a sensação de um vazio, as torres em que o protagonista tem de ativar para obter partes do mapa para ficar visível a olho nu são também simples. Honestamente creio que podia estar melhor, mas, não nos podemos esquecer que é um indie e por esse sentido tem valor!
Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para PlayStation 5, gentilmente cedido pela Jesus Fabre.