Stranger Things 3: The Game


Antes de mais, nem pensem pegar neste jogo sem terem acabado a terceira temporada.
Se não forem fãs da série, não percam tempo com o joguito porque, convenhamos, jogos de séries e filmes não tendem a ser grande espada. Salvam-se alguns LEGO, vá.

Stranger Things detém a fórmula do sucesso; repleta de nostalgia, personagens carismáticas e situações fantásticas, a terceira temporada aumenta a fasquia da qualidade e deixa os fãs sedentos pela quarta temporada, mas como não tem mais nada, que faz? Agarra-se à segunda melhor coisa que é este jogo.

Na teoria, Stranger Things 3: The Game, ou ST3, tinha tudo para funcionar: tem a nostalgia, a jogabilidade simples e em co-op e o aspecto de um jogo da SNES, mas é tão aborrecido…
Não preciso que traga coisas novas para a mesa ou que invente a roda; talvez a culpa seja minha por tê-lo jogado após a temporada, mas as quests aborrecidas e repetitivas fizeram-me não querer avançar mais no jogo. A história deste ST3 é uma cópia da terceira temporada, isto é, todos os momentos e a acção estarão no jogo, mas sem diálogos falados ou deixaria de ser um jogo SNES. A única novidade são alguns fios narrativos exclusivos do jogo.


O fan service é enorme porque podemos jogar com as nossas personagens favoritas e são 12 ao todo. Querem desancar com o Hopper? Força. Andar com o Dustin? Também dá. Como andam sempre duas personagens no ecrã, façam as vossas combinações assim que as desbloquearem. Se jogarem sozinhos, a outra personagem será controlada pela IA, o que não é a coisa mais inteligente de sempre, mas sempre ajuda. Se precisarem, também podem dar ordens simples ao computador, mas isto é um jogo para ser jogado a dois, portanto arranjem mais comandos porque não dá para dividir os Joy-Con e lancem o caos em Hawkings. Se há algo que não gostei neste modo cooperativo foi da divisão do ecrã – co-op na vertical é tão castrador e não deixa ver muito do ecrã. Ao menos uma opção para alterar.

Som e gráficos, como já disse, foram beber ao rio da SNES o que pode funcionar contra ou a favor do jogo. Isso já dependerá dos gostos do jogador se aprecia uma arte mais pixelizada. Ainda assim, esta não é perfeita porque se houve um cuidado em manter as personagens iguais aos seus sósias reais, há partes que parecem ter saídas de um jogo flash gratuito. Depois, há muito copiar/colar de recursos que estraga um bocado a imersão. Sim, eu sei que antigamente era assim, mas não estamos no antigamente.


A nível técnico, notei algumas quebras de frames que, para um jogo desta envergadura, não se justifica. A certa altura, a câmara também se passou e deixou de focar a personagem, ficando colada a um canto da acção. Tive de voltar ao menu principal da Switch para que ela voltasse ao sítio.

No geral, é um jogo para os fãs que queiram mais Stranger Things e não para quem queira um jogo de qualidade. Esperem por uma promoção.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela BonusXP

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