A.O.T. 2: Final Battle


O gigantesco sucesso do manga de Hajime Isayama, Attack on Titan (em japonês Shingeki No Kyojin), tem conquistado os fãs à medida que o anime caminha para o final da série no seguinte ano 2020 com a quarta e última temporada. A terceira temporada do anime acabou de forma emocionante na semana passada e, com isso, A.O.T. 2: Final Battle chegou para encerrar este capítulo.

Disponível tanto em formato físico, como numa grande expansão do jogo A.O.T. 2 lançado no ano passado, que cobria os eventos até ao final da segunda temporada do anime, podemos dizer que esta se trata de uma versão definitiva. Se ainda não jogaram a primeira parte, podem ler a nossa análise para a Nintendo Switch aqui: A.O.T. 2.

De referir que, nesta análise, se encontram apenas pequenos "spoilers" para dar a entender melhor o que podem encontrar na expansão Final Battle.

Esta versão muda várias coisas, um pouco a respeito da jogabilidade mas principalmente à forma como se desenrola o modo história que tem o nome de Character Episode Mode. Se no primeiro, os jogadores jogavam com uma personagem personalizável, em Final Battle o jogador apenas percorrerá este modo jogando com as personagens principais tais como Levi, Hange, Mikasa, Eren, etc. Algo que também muda é a ausência do modo livre no interior das muralhas. As cutscenes são algo de esquisito, ora focam apenas os rostos das personagens nos diálogos como também são apresentadas em imagens fixas ou certos momentos em que são sequências em vídeo, talvez para apressar o lançamento, não é que esteja mal mas também não encontramos outra razão para tal.


O modo história tem um percurso que forma várias alternativas ao longo da progressão. Tudo se apresenta em forma de cristais, os amarelos pertencem às sequências cinemáticas já os azuis pertencem aos combates. Se seguirem o percurso normal podem chegar ao fim do jogo numa noite com poucas horas, já os alternativos focam-se em momentos também pertencentes ao anime mas não tão relevantes. Missões como jogar com Historia Reiss para derrotar o seu pai, eliminando a parte da nuca que salta do Titã de Reiss. Expande um pouco mas algumas destas missões apenas trocam de personagem jogável, o que não faz muita diferença sinceramente.

A nova jogabilidade é apresentada em Final Battle. Para os que seguirem a série como eu, recordam-se de como iniciou a terceira temporada. A luta entre Levi e Kenny é impressionante no anime, e aqui foram apresentadas armas diferentes e um OMD Gear revolucionário. Este OMD Gear tem as armas de fogo ao contrário das famosas lâminas. Mas não foram apenas introduzidas estas armas de fogo, bem para o final da série na luta contra o Armored Titan (não devo revelar o seu nome pois não?), são disparados igualmente os Thunder Spears, que são as lanças em forma de mísseis e são extremamente eficazes. Por isso, a jogabilidade não se limita às lâminas e para além disso existem vários mini jogos para variar um pouco, até porque A.O.T. 2: Final Battle não deixa de ser um jogo "Warriors" que, para alguns, pode acabar por ser cansativo de se jogar. Verdade seja dita, é sempre divertido voar em redor dos Titãs e executar os mesmos com aquele corte na nuca.

Mas passemos ao outro modo disponível, de nome Territory Recovery Mode. Neste modo o jogador terá de liderar o seu regimento e juntar camaradas com a iniciativa de recuperar o território perdido. Este território é precisamente Wall Maria, a zona que foi invadida pelos Titãs no dia fatídico. O jogador tem a sua escolha personagens da série, terá de escolher uma para líder e entretanto um emblema dos 5 disponíveis da série. O mais engraçado é poderem escolher o nome do regimento, neste caso escolhi a equipa "Meus Jogos".


Este modo acaba por ser o mais interessante da expansão. Aqui o jogador terá a liberdade de explorar pelas ruas de Wall Rose, onde irá ter diálogos com os camaradas na base, e fora das muralhas irá recolher os bens essenciais/materiais para eliminar os titãs fora da muaralha em Shigansina e recuperar o que a humanidade perdeu. Fora das muralhas existem várias regiões, cada uma delas com múltiplos pontos estratégicos que se interligam por caminhos. Para mover de região em região, é necessário conquistar estes pontos estratégicos importantes e, como seria de esperar, cada um deles conta com o seu nível de dificuldade apresentado por uma determinada quantidade de estrelas, sendo que 10 é mais difícil. É claro que com a ajuda dos soldados recrutados o jogador terá menos dificuldades em conquistar estes pontos. Sempre que terminarem uma missão destas, o jogador e membros da equipa evoluem de nível, tornando-se mais fortes e eficazes até porque acabam por aprender novas habilidades. Existe também a lista de camaradagem dos membros e que vão providenciar várias recompensas extras. Isto acaba por ser um pouco como se passa na primeira versão de A.O.T. 2.

Por fim, o modo Galeria que já estava presente na versão anterior, está mais completo com Final Battle incluso. Desde a enciclopédia dos Titãs que surgem apenas neste capítulo especial como o Beast Titan e músicas novas. Infelizmente, uma vez mais e devido a direitos de autor, as músicas da série não estão presentes, seria genial que fosse lançado pelo menos um DLC com as músicas originais pois isso daria outro espírito aos combates, não que as músicas sejam más, no entanto quem viu a série sabe perfeitamente o quão excelente é a OST do anime.


Concluindo, A.O.T. 2: Final Battle vale a pena, mais ainda caso não tenham jogado a versão lançada no ano passado, pois estamos perante a versão definitiva, até porque a quarta e última temporada chegará apenas para o ano que vem. É óbvio que é um jogo de puro "fan service" mas igualmente bastante divertido de se jogar. Assim sendo, o Meus Jogos recomenda jogarem especialmente se forem fãs como eu da série. Como dizia o nosso querido Comandante Erwin, Shinzou Sasageyo!

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para Xbox One, gentilmente cedido pela Koei Tecmo Europe.

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