Eagle Island
Eagle Island é um jogo de plataformas 2D com alguns elementos rogue-like. O seu criador, PixelNicks, demorou quatro anos a desenvolver o seu projeto e o mesmo é agora publicado pela mão da Screenwave Media.
A história segue a aventura de Quill e os seus dois amigos coruja, Koji e Ichiro, que se aventuram numa jornada marítima. A meio do caminho, uma enorme tempestade abate-se sobre as suas cabeças e um raio cai diretamente no seu barco, fazendo com que este se incendeie. Após a tempestade, Quill e os seus amigos acordam numa ilha misteriosa, que mais tarde ficam a saber que se chama “Eagle Island”. As coisas parecem bem no início, mas eis que uma águia gigantesca aparece e leva Ichiro, forçando Quill e Koji a aventurarem-se pela ilha em sua perseguição. O enredo de Eagle Island permite ao jogador não só salvar o seu amigo, mas também três aves “elemental” que vivem na ilha.
O jogador será assistido pelo Dr. Ornis que oferece a Quill uma antiga luva de falcoaria que transforma Koji numa espécie de arma. Esta luva permite que Quill projete o seu companheiro nas oito direções cardeais.
Eagle Island é um metroidvania roguelike, mas em vez de terem ambas as partes misturadas, as mesmas são mantidas separadas. O mundo principal é apresentado como um metroidvania e com novas áreas para explorar. Em alguns casos certas zonas serão inacessíveis de momento, fazendo com que o jogador tenha de desbloquear a habilidade que o permita alcançar a plataforma pretendida. Por outro lado, as “dungeons” serão todas geradas aleatoriamente e aqui entra o lado roguelike do jogo. Cada vez que o jogador entrar numa, tanto o layout do mapa como os inimigos serão expostos de maneira diferentes, tirando o “Boss Fight” e a recompensa por o ter morto.
Este lado roguelike faz com que as “dungeons” não se tornem aborrecidas graças ao mundo ser sempre diferente, enquanto o mundo principal é fácil de memorizar quando é necessário voltar atrás. É um método muito bem implementado pelo menos em termos de exploração.
O combate, no entanto, é ponto que por vezes deixa um amargo na boca. Como referido, o ataque de Quill consiste em projetar o seu companheiro coruja contra os inimigos. Dá uma satisfação enorme quando o jogador consegue fazer combos seguidos em inimigos ditos normais, mas convenhamos nem sempre é fácil manter o combo. Koji tem um tempo de “cooldown”, se não acertar no inimigo, ou se acertar no projétil disparado pelo inimigo. Este aspeto irá cortar o input do combo.
De referir que entre combos é possível manter Quill no ar, isto se o jogador mantiver o botão de ataque premido. Ao fim de um certo tempo, Quill deixará de se poder manter no ar, de maneira que é importante perceber o tempo para o uso desta habilidade.
Ao longo da jornada será possível recolher 3 penas especiais e equipá-las no Koji, de modo a que se possa aproveitar o poder “elemental” correspondente a cada pena. Todas as penas consomem “Manaroc”, digamos que é uma espécie de barra de ataque ou de “mana” que permite a utilização do ataque. Apenas a pena de Koji, ou por outras palavras, o ataque normal é que não consome “Manaroc”. A pena de “Magira” retém o poder de uma explosão após o impacto, ou no final do alcance de ataque, super útil para atacar um grande número de inimigos uma vez que causa dano em área. A pena “Zephara” que permite a Koji atacar várias inimigos em linha. E por último a pena “Icora” que detém o poder de congelar os inimigos ao atingi-los.
As combinações de ataques são muitas, no entanto é importante manter uma certa distância quando o ecrã está cheio de inimigos. Sim… será bastante frustrante estar tão perto do “Boss Room” e morrer porque não não se manteve uma certa distância de segurança.
Entre a quantidade de níveis e a história por de trás deste título, modos de dificuldade e objetivos secundários, Eagle Island está recheado de conteúdo e é inteiramente vocacionado para quem está disponível para um bom desafio. Haverá a possibilidade de baixar a dificuldade do jogo e é importante não deixar a arte fofa deste título derreter o coração, porque de facto é um título bastante desafiante.