Mainlining


Computadores e hacks! Mainlining gira em torno do MI-7 na descoberta de ficheiros secretos, tal como se de um filme tratasse. Um jogo dedicado exclusivamente a uma boa dose de leitura e cliques com o rato ou, neste caso, no ecrã tátil da Nintendo Switch em modo portátil.

O jogador faz parte do MI-7, sendo um agente especial que faz parte do governo e tem acesso autorizado para hackear computadores e páginas web. O jogo começa com uma falha no “Windows”, um grupo de hackers deita abaixo o sistema e, com o avançar da história, é necessário apanhar os criminosos. Tudo isto se passa no ecrã da Nintendo Switch como se fosse o ambiente de trabalho do computador. A história é contada através de chats, e-mails ou documentos que temos acesso através de outros computadores, sendo que é o jogador que decide até que ponto deverá invadir a privacidade das pessoas. Até porque no jogo inteiro, nunca se vê a nossa personagem ou qualquer outra personagem, tirando fotos pixelizadas. Não existem vozes nem cut-scenes, é como se fosse um monitor de um computador real, diretamente projetado na nossa cara. Sempre que se inicia o jogo, este dá o típico som de boas vindas, é necessário selecionar o perfil e assim aceder ao ambiente de trabalho.

Todo o tipo de informações surge no ecrã e até as horas que surgem no Rainbow (sistema operativo) são as horas reais quando estamos a jogar Mainlining. Como um computador normal, temos o bloco de notas no qual podem escrever qualquer informação obtida, e realizar downloads de ficheiros importantes. Seria interessante entrar no browser e colocar o endereço Meus Jogos e aceder à nossa página mas infelizmente isso não é possível.


O mais espetacular em Mainlining é o Sistema Operativo que neste caso se chama Rainbow, sendo o equivalente ao Windows XP com a internet por cabo telefónico tal como acontecia nos anos 90. Sempre que o jogador aceder ao browser, a ligação dos 56kb é efetuada... que recordações!

O jogo conta com vários capítulos, cada um deles é um caso onde é necessário identificar e prender o criminoso. Consegue ser complicado obter as provas até poder finalmente encontrar e apanhá-lo, mas ao mesmo tempo é o que dá o interesse de continuar a jogar. Conforme o jogador acumula informação através da internet, é mais um passo para chegar ao paradeiro do criminoso. Toda a informação é importante, geralmente a melhor advém do endereço IP que por vezes apresentam mapas e fotos. Tal como na escrita das nossas análises, em Mainlininig o jogador tem de estar com o olho bem aberto para não deixar passar ao lado qualquer detalhe. Por vezes uma página pode ter um endereço e-mail com o qual se utiliza para aceder a um blog e por aí adiante. Tudo serve para chegar ao objetivo, é preciso é encontrar o material necessário.


É claro que no meio de tanto e-mail e investigação, o jogador irá encontrar uma data de e-mails e chats com uma boa carga de humor. Podem divagar pela NET de modo limitado encontrando outros casos escondidos em outros servidores que não afetam em nada a história principal.

O jogo, inicialmente lançado no PC em 2017, recebeu críticas muito boas pois, através do computador, dava a sensação de estarmos exatamente naquele sistema operativo. Ao jogar na Nintendo Switch, a experiência não é sequer equiparável por causa do equipamento em questão. A versão PC continua a ser a mais charmosa, até porque se usa o teclado, já na consola o que mais se aproxima é o ecrã tátil do modo portátil.


Mainlining não é grande e isso pode ser um problema porque neste tipo de jogos lineares, pois o valor de repetir algo que já sabemos onde e como procurar para progredir não terá qualquer efeito surpresa. É um jogo para uma experiência única e jogável apenas uma só vez, pois o impacto do “engraçado” desvanece, além de que acaba por oferecer uma experiência melhor na sua versão para PC.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Merge Games.

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