Summer Catchers


Summer Catchers,  desenvolvido pelos estúdios da FaceIT e publicado por Noodlecake Studios, é um título indie onde o principal objetivo é apanhar o Verão e o oceano, isto porque a personagem principal vive numa região que está permanentemente presa no Inverno. Uma aventura e corrida “interminável” ao estilo pixel art 2D, com 8 zonas distintas que separam o Inverno do Verão e oceano, com um mundo colorido, um elenco de personagens peculiares e ambientes com um charme cativante e esteticamente delicioso.

Cada nível é apresentado da mesma forma. O jogador terá de controlar o kart durante um ambiente 2D interminável, esquivando-se de vários perigos através do uso de diferentes habilidades e power ups. Por exemplo, para se esquivar de uma torre gigante de “totems”, o jogador terá de usar uma proteção na frente do seu kart, já para ultrapassar colinas íngremes é necessário usar uma espécie de foguete, bem como saltar por cima de vários obstáculos requer a habilidade de saltar. Depois de o jogador sofrer até 3 “hits” de dano, terá de voltar para o início do nível onde poderá reabastecer as suas ferramentas usando cogumelos como moeda de troca. Estes cogumelos são apanhados durante a viagem em cada nível.

Infelizmente Summer Catchers tem muitas semelhança com o frágil kart usado pela sua protagonista durante o jogo. É adorável olhar, mas não há realmente muita coisa a acontecer. É um jogo simples.


Mais do que colecionar cogumelos ou comprar poderes que ajudam na sua aventura, a personagem principal está a colecionar amigos. A cada zona desbravada o objetivo principal está mais próximo, atravessando florestas sombrias, zonas de neve habitadas por “Iétis”. Em cada zona irá conversando e conquistando os seus habitantes simpáticos e de certa forma exóticos, que a ajudam com conselhos e com reparações grátis ao seu kart em troca de favores que tornam a região melhor para todos. Há de facto pouca variedade nas missões a serem feitas, isto porque a mecânica do jogo assim se dá, seja pelo simples fato de saltar e apanhar amoras ou como cortar árvores mortas com o pressionar do botão do machado. É claro que os objetivos vão variando mas não passam de pressionar o botão com a habilidade correta naquele preciso instante.

O foco na amizade é um ponto a favor deste título e o mesmo é evidenciado pelas caixas postais que se vai encontrando em cada ponto da história. É possível enviar e receber cartas de amigos com quem já se tenha cruzado caminho, mantendo assim uma linha de contato através do jogo, o que conhevamos, dá um toque super fofo ao jogo. Para além da caixa correio, a personagem principal tem uma espécie de diário fotográfico que irá recheando de fotos ao longo do seu caminho.

No final de cada zona existe o confronto ou o “boss fight”, se assim podermos chamar, e em nenhuma parte do jogo se sente mais o desconforto com o mecanismo de habilidades aleatórias e sorte à mistura, do que nestas situações, colocando o jogador em situações que o forçam a lidar com perigos na pista onde o kart de desloca e com ataques adicionais de um inimigo. Estes cenários testam o conhecimento da zona em específico, bem como as reações rápidas de quem joga. Mesmo que se tenha toda a sorte do mundo e as habilidades estejam todas alinhadas para serem usadas no momento certo e contornar tudo o que apareça, estas são finitas.


É um pouco triste o aspeto da jogabilidade se intrometer bastante na experiência total deste título. Uma história simples mas com pontos tocantes onde a amizade prevalece, uma personagem principal super fofa e uma banda sonora muito boa contribuem para alguns momentos adoráveis. A aventura principal apresenta uma escrita cativante enquanto que as missões secundárias podem por vezes deixar um toque de repetitividade e bastante sorte no seu caminho.

 Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para PC, gentilmente cedido pela Noodlecake Studios.

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