Tamarin


Já tinha saudades de um jogo de plataformas diferente, um novo IP, sendo indie ou não, trouxesse algo nostálico e, ao mesmo tempo, original. Tamarin é um jogo completamente simples de plataformas, com um grafismo engraçado e um personagem fofo, que fará de tudo para recuperar a sua família raptada por formigas ameaçadoras.


Este é um jogo de plataformas indie com detalhes de um shooter. Sim, apesar de o personagem ter o ar de um macaco fofo, este carrega armas de fogo para derrotar os seus inimigos. Um exército de formigas ataca a sua aldeia e rapta os familiares do nosso protagonista. As formigas estão armadas até aos dentes e como tal, o nosso pequeno herói tem de ir em buscar dos familiares e salvar das garras das destes insetos.


Vão passar a vida a correr e saltar, tal como mandam as leis em um jogo do género, apesar de várias sequências terem várias pistolas com as quais devem disparar e eliminar as formigas que se colocam no caminho desta operação de salvamento. As armas de fogo também vão servir para abrir certas portas específicas, apesar de as balas serem limitadas, perto destas portas, como são obrigados a abrir com as balas disparadas, vão existir caixas cheias de munições para as pistolas. Infelizmente, o controlo das armas deixa a desejar e é muito esquisito apontar e disparar, a mira deveria de ser bem mais refinada.



O objetivo principal é salvar a família, mas como missão secundária, o jogador pode salvar pequenos pássaros azuis e levá-los às suas casotas. Podem e devem recolher alimentos e outros objetos ao longo da jornada que vão ajudar o jogador a aumentar a saúde, defesa e força. Já as libelinhas são praticamente de recolha obrigatória pois vão ter de as usar para progredir pelos níveis, embora o jogo se trate de um pseudo mundo aberto. O nosso protagonista pode rebolar para derrotar inimigos, saltar para a frente, saltar de costas como se pode fazer em Mario 64 tal como esmagar e até tem a habilidade de nadar. Vão ter a possibilidade de desbloquear rampas para realizar saltos e outros objetos para progredir e alcançar locais que anteriormente estavam impossíveis de alcançar.


Graficamente podia estar melhor, mas cumpre com os parâmetros especialmente tratando-se de um jogo indie, é preenchido e agradável de ver embora passado um tempo os cenários possam cansar após umas horas. A banda sonora é boa e não era para menos pois temos a pessoa responsável pela banda sonora clássica do Donkey Kong, David Wise.



No geral, é um jogo que está bom mas não vão encontrar nada de novo nem de especial, apenas um novo personagem num mundo novo para quem for fã de plataformas e querer um pouco mais do género com alguma qualidade, Tamarin é como se costuma dizer na gíria “até é porreiro”.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a PS4, gentilmente cedido pela Plan of Attack.

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