Disgaea 6: Defiance of Destiny


Deus da Destruição mais poderoso de todo o sempre e todos os universos Vs um zombie que insiste em ressuscitar: é a batalha dos séculos ou o novo Disgaea? Ambos!

A série Disgaea é conhecida por trazer RPGs onde o grind é Rei, com uma superficialidade de história maioritariamente humorística e sempre com exageros. Jogos de estratégia por turnos em grelha, ao qual este novo título não foge, tendo no entanto esta entrada feito uma série de alterações a muitas das mecânicas tradicionais. A história continua a seguir um bando de personagens que são paródias dos seus papéis tradicionais, a começar pelo zombie herói Zed e as infinitas piadas sobre apodrecimento.

À medida que progredimos na história vamos desbloqueando mais e mais funcionalidades, opções e companheiros, dos tradicionais criados por nós aos que nos acompanham devido às desaventuras da história. Aqui começa a 1ª alteração à fórmula clássica, os personagens genéricos são agora muito mais únicos, com as habilidades tradicionalmente agarradas às armas estando agora fixas nessas classes. Dá um incentivo muito maior à exploração e uso dos personagens genéricos, no entanto cortando alguma da flexibilidade até mais tarde no jogo.


Esta orientação mais simplista foi passada para vários aspectos introduzidos nas entradas anteriores, continua a existir o infinito Item world, mas podemos explorá-lo manualmente ou com personagens que não estejamos a utilizar em combate. O melhoramento de personagens é agora feito directamente num bar de sumos, tornando o processo mais linear e de maior acesso a jogadores novos à saga. Mecânicas como a Assembleia (onde podemos fazer uma série de acordos para melhorar a nossa vida, com uns subornos pelo meio) e a loja de Cheats estão agora disponíveis desde ínicio permitindo aos mais experientes customizarem e adaptarem a sua experiência mais cedo. Os números foram aumentados ao extremos permitindo ver ainda mais zeros quando mandamos um ataque em que ficamos na dúvida como ainda há Universo após.

Outra grande diferença está no estilo visual, ainda que continue com o estilo anime característico em combate e na zona entre batalhas de proporções cósmicas os personagens aparecem não como sprites ( como era clássico em todas as entradas anteriores) mas sim como modelos 3D de anime, alterando assim também muitas das animações clássicas. O estilo musical continua o mesmo, com muitos temas recorrentes. Há um grande aumento de qualidade de vida em todas as opções o que demonstra o cuidado dos criadores em criar uma entrada na série de acesso mais fácil, tentando não descurar a profundidade para os jogadores mais ávidos.


Disgaea 6 desafia não só o destino do Universo, mas também premissas da série, simplificando para que novos jogadores possam conhecer esta série única sem descurar o infinito mundo de opções de um Disgaea.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela NIS America.


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