112 Operator



Análise por Marco Silva.

Se gostas de jogos de planeamento e gestão de recursos em tempo real, e simulações então hoje temos um jogo para partilhar contigo que irá despertar o teu interesse. Esta é a sequela do jogo 911 Operator, que por desta vez se focar em cidades da Europa tem o nome 112 Operator. Lançado recentemente para a Nintendo Switch, o jogo encontra-se também disponível para Android e PC via Steam, mas o foco desta review será na versão Switch.


Esta nova edição do jogo constrói sem dúvida sobre a edição anterior e tem mesmo muito de semelhante, mas traz alguns melhoramentos muito interessantes, nomeadamente:

  • Modo Campanha altamente melhorado com objetivos, e um progresso muito interessante com desbloqueio de novas regiões da cidade escolhida, e um aumento gradual de complexidade e dificuldade
  • Dia e Noite e condições climatéricas que afetam os tipos de incidentes que surgem para resolver e até mesmo impactam os próprios recursos no terreno
  • Uma nova mecânica de incêndios florestais que reagem ao vento e ardem não só numa zona, mas vão crescendo e consumindo áreas grande do mapa se não forem controlados
  • Um modo de visualização da resolução do incidente em si, com uma pequena animação gráfica muito simples que ilustra os diferentes recursos e vítimas no terreno e o que se está a passar naquela situação em particular
  • Gameplay ajustado à cidade escolhida e que tem em conta as legislações e situações especificas dessa zona da cidade e/ou cidade especifica.
  • Novos tipos de recursos no terreno (médicos, sargentos, cães, robots, etc..)

Vê-se claramente que existe um investimento interessante em melhorar o jogo em comparação como 911 Operator. Até mesmo a própria intro do jogo feita em 3D mostra um investimento interessante em tornar o jogo mais polido nesta versão, apesar de que depois todo o jogo são menus e mapas e sem qualquer 3D.


Um dos aspetos novos que mais gostamos de ver foi a adição das mecânicas de incêndios que é muito interessante e até mesmo a interação do tempo com esses incêndios, a direção e força do vento tem um impacto real nestes fogos florestais e realmente tornam-se um problema grave rapidamente. 

Outra adição muito interessante foi os novos tipos de casos como os de busca em que no mapa surgem grelhas de busca e podemos destacar unidades para irem a essas zonas e ao chegarem lá vamos eliminando  os quadrados até que finalmente encontramos a pessoa em causa (seja um fugitivo ou um caso de uma pessoa ou criança desaparecida)

No fundo chamar a este jogo uma sequela é um pouco ambicioso, pois é o mesmo jogo que o anterior, com outras cidades e um conjunto de features novas que fazem todo o sentido em qualquer uma das 2 versões do jogo. Por isso se estavam na dúvida se precisavam de jogar o 911 antes do 112, a resposta clara é não, se vão jogar pela primeira vez estes jogos então vão diretamente para o 112 e tenham a experiência melhorada e mais completa do jogo.



Falando agora das coisas que são menos boas, e relembrando que estamos focados na versão Switch do jogo. O aspeto menos positivo é todo o sistema de controlo do jogo, desde o menu inicial do jogo que sentimos que algo não está bem quando temos que mover um cursos no ecrã com o analógico para selecionar 1 das opções do único menu que temos nesse ecrã e que bastaria usar as setas “para cima” e “para baixo” para navegar… mas as coisas não ficam nada melhores com a necessidade de andar continuamente a mudar de modo de controlo usando a tecla “Y” para alternar entre o cursor do rato para interagir com os menus, nomeadamente das chamadas para as quais estamos em tempo real a responder às vitimas, e o modo de seleção de ambulâncias e recursos policiais e bombeiros para fazer dispatch para zonas no mapa… Ao fim de muitas horas confesso que ainda me baralho com estes controlos e criam até alguma frustração recorrente no jogo.

As condições climatéricas criam um desafio interessante, mas muitas vezes parecem que estão fixas, e acabamos por estar um dos dias inteiros que correspondem a uma partida no fundo com todas as motas e helicópteros inoperáveis por causa da chuva, e quando isso acontece em dias/jogadas seguidas ainda é mais frustrante.

 


Em resumo o jogo é muito interessante e divertido e consegue até ser viciante. As cidades têm missões e objetivos com fartura e o modo campanha tem mesmo muitas horas de jogo para um jogo que à primeira vista parece ser simples e pequeno. À medida que novas áreas são desbloqueadas e novos tipos de viaturas aparecem o jogo vai ficando cada vez mais interessante e frenético. A componente didática incluída nos loadings e até mesmo nos próprios diálogos com as vítimas é muito interessante pois conseguimos até aprender com as situações que nos surgem e os melhoramentos que foram introduzidos nesta versão fazem todo o sentido e tornam o jogo muito melhor.

Acreditamos que nas versões para outras plataformas os controlos possam estar melhor implementados, contudo o ponto mais negativo nesta versão para a Nintendo Switch é sem duvida os controlos, ponto esse que esperamos que os criadores reparem nisso pois é perfeitamente corrigível com um hotfix que adicione um novo modo de controlo nos settings e que possamos usar uma forma mais natural e nativa da Switch de navegar nos menus e realizar as ações.

 

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Jutsu Games.

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