The Ascent


The Ascent, título apresentado pelo estúdio Neon Giant, é um shooter RPG com vista top down, ambientado numa estética Cyberpunk. De facto, é o que primeiro salta à vista: a estética de uma cidade vibrante, com imensa cor, movimento e gangs à mistura.


A história é passada no mundo de Veles e o jogador interpreta o papel de um trabalhador de baixa hierarquia, controlado pelo grupo Ascent, uma mega corporação que gere tudo nesta metropolis. Um dia esta corporação desmorona  sem qualquer aviso ou motivo aparente e o caos é instalado. Falta de segurança e recursos básicos são os principais fatores que levam à insegurança sobre o futuro da população.


É aqui que entra em ação o jogador como uma espécie de moç@ de recados. Com uma história meio convulsiva e sem grande contexto aparente com as missões secundárias que se desenlaçam por grandes linhas de texto. Algum do texto interessa mesmo? Não, de facto a maioria serve apenas para de alguma forma estender o pano da intriga entre fações. E sim estes NPC's falam que se fartam, mas não esperem grandes revelações já que o plot é bastante básico.

Um dos pontos fortes é mesmo o combate e a diversão que se pode tirar da companhia de amigos, já que é possível criar uma party de até 4 jogadores. Não existem classes, como em títulos do género, no entanto, existem skill points que permitem ao jogador de certa forma criar a build que prefere. A escolha das skills é de certa forma importante na construção da personagem visto que a juntar às armas de fogo o jogador terá acesso a habilidades especiais que serão mais fortes conforme mais pontos tiver nos atributos reservados para esse efeito.


Embora todos os recantos de The Ascent sejam um deleite para olhos do jogador, a possibilidade de chamar um táxi ou até mesmo andar de metro é uma mecânica mais que bem vinda. Após 15 horas de jogo e na tentativa de completar todas as side quests, a monotonia de ir de ponto A a ponto B torna-se bastante repetitiva. Ainda assim, é possível lavar as vistas entre cidades movimentadas repletas de neon, túneis ensanguentados, naves, discotecas, clubes para +18 com uma variedade populacional de alienígenas e humanos. Tenho de referir que fiquei com pena não ser possível escolher outro tipo de espécie de personagem. Apesar de termos acesso a toda uma panóplia de escolhas desde género, cabelo, cor (etc), a implementação de novas espécies seria uma adição bastante interessante.

A ação deste título começa de uma maneira bastante lenta, no entanto, existe uma linha de aprendizagem bastante interessante. Apesar dos inimigos não evoluírem consoante o nível do jogador não é denotada qualquer contrapartida neste sentido. São abertas novas áreas à medida que as missões progridem com inimigos cada vez mais fortes. E sim, é um jogo algo díficil. Como referido existe uma linha de aprendizagem, embora pequena, interessante com a apresentação de novas habilidades e uma mecânica de "ducking" atrás de paredes, carros, etc, que possibilita ao jogador evitar as balas dos inimigos mas ainda assim disparar sobre os mesmos.

The Ascent é vibrante, divertido e apresenta os elementos suficientes para umas boas horas de diversão. Embora a sua história não seja memorável, a ação e os elementos gore misturados com o mundo vibrante que circundam a aventura fazem deste um título bastante apetecível.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para PC, gentilmente cedido pela Curve Digital.

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