NEO: The World Ends With You
Em NEO: The World Ends With You regressamos às movimentadas ruas de Shibuya em Tóquio, onde os seus habitantes parecem formar uma única rede humana, mas com as suas dúvidas ou dramas pessoais. Entramos num novo Reapers’ Game com todas as suas regras e missões que ou cumprimos com sucesso, ou algo trágico nos acontece. Tal como no primeiro jogo o mundo à nossa volta é uma espécie de realidade paralela conhecida como Underground (ou UG) onde podemos ver tudo normal mas não conseguimos interagir nem tocar nas pessoas, nem elas nos conseguem ver. No entanto, somos capazes de ler as suas mentes, o que geralmente serve apenas para enriquecer a história do jogo.
Aqui coloco um parêntesis: são vários os elementos que ligam este jogo ao primeiro, sendo que um conjunto de coisas estão apenas presentes no Final Remix para a Switch. Não é que seja obrigatório o ter jogado antes de partir para esta sequela, já que os eventos principais, tal como as suas personagens, são devidamente explicadas no decorrer desta nova história. No entanto recomendo mesmo, mas mesmo muito jogarem-no antes de partir para este, de modo a terem uma ligação mais forte com o mundo da série e as suas personagens.
Enquanto que no primeiro controlamos Neku e um parceiro, que ia alterando ao longo do jogo, agora temos uma equipa com mais elementos, o que não só muda a jogabilidade como também enriquece a história, com mais personagens ao barulho e uma forte química. Batizada de Wicked Twisters, a nossa equipa é liderada por Rindo, sempre preocupado com quem o rodeia e esforça-se ao máximo em cumprir os objetivos que recebe. É acompanhado por Fret, o seu melhor amigo e fã de moda, tentando estar sempre dentro dos estilos mais recorrentes e, logo nos primeiros dias conhecem Sho Minamimoto, que quem jogou o original irá reconhecer facilmente, e conhecem também Nagi, uma fã de jogos principalmente de Elegant Strategy, do género otome, uma aventura gráfica romântica.
O trio Rindo, Fret e Nagi acabam por ter mais destaque, tal como habilidades especiais únicas que tiramos partido fora do combate. Fret consegue relembrar a todos em seu redor de certos temas, através de um puzzle simples mas bastante chato de executar. Por sua vez, Nagi consegue entrar dentro do consciente das pessoas, onde temos de eliminar Noise que as consome por dentro. Já Rindo tem uma habilidade bastante importante, mas evitando spoilers, convido-os a descobrir por vocês mesmo.
Por ser uma equipa a jogabilidade muda também imenso e, agora, cada personagem tem um Pin equipado que controlamos através do botão a que está associado. Alternar entre ataques, e por sua vez personagens, é chave para um melhor desempenho no combate: esta troca constante de ataques aumenta a barra de Groove que, quando cheia, resulta num devastador ataque. A jogabilidade foi dos pontos que mais me prendeu no original e isso mantém-se aqui, adorei explorar o sistema de combate, analisar os diferentes Pins e possíveis combinações, ajustar a dificuldade do jogo, colecionar e evoluir Pins através de longas cadeias de Noise. O jogo não nos exige muito grind para melhorar as personagens, mas dei por mim a investir horas seguidas em combates só por adorar o sistema!
O trio Rindo, Fret e Nagi acabam por ter mais destaque, tal como habilidades especiais únicas que tiramos partido fora do combate. Fret consegue relembrar a todos em seu redor de certos temas, através de um puzzle simples mas bastante chato de executar. Por sua vez, Nagi consegue entrar dentro do consciente das pessoas, onde temos de eliminar Noise que as consome por dentro. Já Rindo tem uma habilidade bastante importante, mas evitando spoilers, convido-os a descobrir por vocês mesmo.
Por ser uma equipa a jogabilidade muda também imenso e, agora, cada personagem tem um Pin equipado que controlamos através do botão a que está associado. Alternar entre ataques, e por sua vez personagens, é chave para um melhor desempenho no combate: esta troca constante de ataques aumenta a barra de Groove que, quando cheia, resulta num devastador ataque. A jogabilidade foi dos pontos que mais me prendeu no original e isso mantém-se aqui, adorei explorar o sistema de combate, analisar os diferentes Pins e possíveis combinações, ajustar a dificuldade do jogo, colecionar e evoluir Pins através de longas cadeias de Noise. O jogo não nos exige muito grind para melhorar as personagens, mas dei por mim a investir horas seguidas em combates só por adorar o sistema!
Outro dos destaques do original foi o estilo visual do jogo e a banda sonora, que tão perfeitamente acompanhou tudo. A adaptação ao 3D em NEO: TWEWY foi executada na perfeição, mantendo o estilo urbano do original em que os altos prédios de Shibuya estão inclinados, transmitindo a ideia que vão colapsar em cima de nós, todas as áreas estão habitadas por pessoas sem rosto, presas nas suas vidas, levando-nos a uma réplica de Tóquio. Quanto à banda sonora é bastante boa e recomenda-se! Talvez não tanto como a original e muitas das músicas são novas versões das antigas, mas ainda assim acompanham muito bem todos os momentos do jogo.
Com tantas mecânicas podíamos achar que eram coisas a mais, mas nunca senti que havia um exagero de elementos a explorar, até porque não somos forçados a nada, excepto nas missões. Há novidades do início ao fim da história e, logo nos primeiros dias, desbloqueamos as lojas de roupa, música, os restaurantes e bares que foram icónicos no original. Novamente temos pontos de estilo por usar determinadas marcas de roupa, ou estatísticas que melhoram para sempre as personagens, sendo que é preciso combater entre refeições para gastar as calorias consumidas. Locais que agora também estão inseridos na rede social, que após várias visitas desbloqueamos novas coisas. É como se estivéssemos mesmo em Shibuya, que mesmo repetindo os mesmos locais surgem coisas novas a descobrir.
Há ainda imenso que gostaria de falar de NEO: The World Ends With You, sentimentos que me provocaram este regresso e vários pontos da história que quero comentar, mas tal é impossível sem dar spoilers. Aliás, se forem fãs do original recomendo vivamente que joguem o mais rapidamente possível esta sequela pois a internet é cada vez mais um campo minado de spoilers, mesmo através de trailers oficiais. Nunca imaginaria estar perante de uma sequela de The World Ends With You, mas aqui estamos, e valeu bem a pena esta surpresa!
Nota: Análise efetuada com base numa cópia para a Nintendo Switch, adquirida pelo autor do artigo.