Code: Realize ~Wintertide Miracles~


Um bocadinho fora de época, é certo, mas hoje trago-vos, estimados leitores, uma breve review de um jogo que muitos poderiam considerar natalício, devido à sua temática festiva.

Desenvolvido pela Otomate, este Code: Realize ~Wintertide Miracles~ pertence a uma popular série de visual novels japoneses, nas quais assumimos o papel da jovem Cardia e a forma como ela lida com as diferentes figuras masculinas que lhe vão surgindo pelo caminho. 

Não sendo uma sequela propriamente dita, mas mais um fandisc ou uma sidestory, Wintertide Miracles traz-nos de volta muitas caras conhecidas de jogos anteriores, nomeadamente Lupin, Van Helsing ou um jovem doutor Frankenstein. Todos eles, salvo raras exceções, são baseados em figuras da cultura ocidental e tentam ganhar o coração da personagem principal, Cardia. Esta, que sofria de uma grave doença sanguínea, vive agora uma vida normal, numa Londres cosmopolita e bastante industrial, ao bom e velho estilo steampunk. Contudo, ela não é a única mulher presente no jogo, uma vez que este título marca a estreia de uma personagem particularmente interessante na figura da cantora Cantarella. 



Como em jogos anteriores, e seguindo a fórmula das visual novels, a nossa evolução pelos diferentes cenários é feita através da leitura e da ocasional escolha da ação a tomar. Esta última irá fazer com que determinados objetivos sejam ou não atingidos. Num jogo sem inimigos per se, Miracles dá-nos a possibilidade de explorar diferentes cenários e modos. Temos um total de oito cenários singulares, divididos entre First Christmas (no qual vemos as interações de Cardia com Lupin, Helsing, Victor, Impey e Saint-Germain) e Epilogue:Finis (aqui Cardia interage com Sholmès, Cantarella e Finis), assim como o modo Triple Date (com Cardia a ter um encontro duplo com duas personagens à sua escolha). 

Visualmente, o jogo aparenta estar mais detalhado, no que à parte gráfica diz respeito. A música e as vozes japonesas mantêm a mesma toada embaladora de títulos anteriores da série. A dificuldade, essa, é totalmente inexistente, sendo este um jogo de curta duração. Já o interesse será limitado ao tipo de fãs “religiosos” da série. De facto, este é um caso de um jogo cuja natureza fan disc/sidestory não contribui muito para o seu apelo, uma vez que quem não tenha jogado os outros títulos anteriores não vai perceber metade da história ou as diferentes relações entre as personagens.Ainda assim, e apesar da monotonia provocada pela quase total ausência de verdadeiro gameplay (a presença de uns puzzles ou de elementos de um date sim seriam adições interessantes), Wintertide Miracles tem a vantagem de ter cenários bastante mais curtos que os seus antecessores. 


Um título apenas recomendável a fãs da série ou deste género de visual novels em particular. 

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Aksys Games.

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