Antonball Deluxe
Plataformas, partir tijolos, bichinhos fofinhos com instintos assassinos, num pacote 3 em 1 de loucura de arcadas.
Antonball, desde o inicio, demonstra logo as suas origens arcade parecendo ter saído diretamente duma máquina com joysticks dos anos 90's. Dos efeitos sonoros à jogabilidade, evoca a sensação de estar em frente a uma máquina enquanto pedíamos ao progenitor mais próximo moedas para continuar a corrida ao high score.
O jogo tem 3 modos diferentes, cada um distinto mas com as plataformas sempre presentes. Temos um salto, um mortal encarpado à retaguarda (também conhecido como um salto mais alto) e uma investida mais célere para nos deslocarmos. As plataformas em todos os modos são exigentes e exigem cuidado para não ficarmos empancados e acabarmos a perder, o que aumenta o desafio. As diferenças entre modos começam aqui.
O clássico Antonball, leva-nos pela história do regresso de Anton após uma noite de loucura no bar do costume. Distraído com a sua boa fortuna durante a noite Anton cai nos esgotos e decide, armado apenas com a sua proverbial Antonball, esmagar todas e quaisquer paredes pelo caminho até chegar a casa. Conseguimos manipular a direção vertical ao tocar na bola e temos também alguns power ups para utilizar e facilitar a demolição.
O objetivo passa não só pela total obliteração dos tijolos em frente como também pela manutenção da bola no campo, sendo que se ela sair perdemos uma vida. Junta-se a isto plataformas que dificultam a nossa movimentação e temos uma clássica experiência de arcada, incluindo a vontade projetar a máquina e recuperar todas as moedas pela dificuldade. Adiciona-se a isto cada vez mais elementos de plataformas e até inimigos, cuja derrota exige o uso da Antonball.
Punchball muda a fórmula e o foco da história; passamos agora a ver Annie, também ela aficionada da demolição. Annie descobre um desafio que a coloca contra uma variedade de criaturas e a recompensará com um eterno abastecimento da sua bebida favorita. O desafio aqui é diferente: o objetivo é eliminar todos os inimigos usando a bola medicinal que temos que recuperar após cada lançamento. Mantém o desafio das plataformas adicionando também o componente das laterais levarem ao outro lado do mapa, permitindo jogadas extraordinárias e falhanços miseráveis. Os inimigos vêm em variadas formas tendo cada um a sua velocidade e modo de deslocação, obrigando a uma atenção redobrada para os podermos esmagar.
O último modo coloca-nos contra outro jogador, 2v2 ou até 2v1 se quiserem pôr à prova aquele amigo que ganha sempre. As equipas têm que conseguir destruir os tijolos adversários protegendo os seus, usando os power ups e todo o tipo de interferência para vencer. É semelhante ao 1o, perdendo o foco nas plataformas para uma versão mais competitiva e perfeita para umas gargalhadas (ou choro dependendo dos amigos) com um grupo de obcecados por high scores.
Desde as artes aos sons, é toda uma homenagem aos platformers que ainda hoje louvamos como inspiração e que deram origem a sagas como Mario ou Sonic. Para quem gostar do estilo musical é possível desbloquear grande parte da banda sonora para ouvir diretamente no menu. Na mesma máquina onde colocamos os nossos pontos adquiridos nos vários modos podem também sair mapas adicionais e personagens (sim, é possível jogar com o cão do Anton e é fenomenal). As opções dão-nos também 2 filtros para customizar o quão retro queremos o jogo e controlos completamente customizáveis.
O jogo possui ainda a opção de enfrentar adversários através da World Wide Web como era conhecida nos anos 90, agora sem termos que pedir permissão para desligar o telefone e esperarmos 4 horas para ver um vídeo. De notar, também, que todos os modos permitem jogar em co-op, alargando a experiência.