Fallen Legion Revenants


No passado joguei e analisei um título da série Fallen Legions (Rise to Glory), do qual gostei tanto que tive a curiosidade em voltar a esse universo, agora em Fallen Legions Revenants, já disponível para PS4 e Nintendo Switch.

Em termos de narrativa estamos perante um jogo que tem um arranque lento e pode não agarrar muito os jogadores, por outro lado o sistema de combate pode agradar mas, nem toda a gente tem os mesmos gostos e há quem não tenha gostado dos títulos anteriores precisamente pela forma como se joga, já quem gostou como eu, terá novamente um título focado num sistema de batalha único.

Basicamente o jogador estará a saltar entre lutas e conversas, isto porque temos dois protagonistas em Revenants, eles são Lucien e Rowena. O personagem masculino (Lucien) tem um cargo político no Castelo Welkin e com ele o jogador terá várias conversas com opções e tomar decisões bastante complicadas que irão influenciar a jornada da personagem feminina Rowena que se encontra na superfície da Terra e com ela enfrentar os inimigos num mundo corrompido por Miasma.

Lucien descobre um livro com informação acerca dos Exemplars, estes Exemplars são armas que se transformam em soldados e que serão usados por Rowena na luta contra o mal. Já Rowena está determinada em voltar à vida sendo ela fantasma, isto para criar o seu pequeno filho, assim sendo, ambos os protagonistas unem forças e realizam um pacto para deitar abaixo o tirano que controla Welkin.



 

O que diferencia entre este novo capítulo e os seus antecessores? O facto de existirem duas perspetivas já o torna especial, Lucien e Rowena têm um objeto pelo qual comunicam entre si e muitas das vezes o jogador dá por si a terminar uma luta em tempo real e o ecrã da TV ser dividido a meio para passar o testemunho a Lucien, que por sua vez, o gameplay é como referido antes, concentrado em interações que irão influenciar o percurso que Rowena irá caminhar na superfície e claro, a própria estória.

Passemos ao que realmente é mais divertido em Fallen Legions, o sistema de combate. Este é peculiar, não difícil de se jogar mas sim difícil de se masterizar. Rowena terá 3 Exemplars para controlar, cada um com os seus atributos, uns podem utilizar armas de fogo, outros espadas ou até arcos, cada um deles terá movimentos distintos, o próprio manejar da arma pode ser mais veloz ou lento conforme o tamanho da mesma. Cada ataque utiliza uma barra de AP e todos os Exemplars têm 3, se os 3 atacarem e o golpe ferir o inimigo no mesmo timing, o dano será superior a um ataque dessincronizado, é aí que se encontra a dificuldade do jogo, encadear os ataques no timing preciso para o dano ser superior ao normal, e essa é no fundo, a grande piada dos jogos Fallen Legion. É claro que é possível jogar normalmente e até se joga bastante bem mas, nada como encadear os ataques.




Para além de Rowena, os Exemplars podem igualmente usar ataques especiais, se Rowena é focada em curar os Exemplars, já estes têm ataques com um maior dano. Vão também ter acesso a novo armamento para equipar os Exemplars e novas habilidades para dar um boost à força ou defesa destes. Existe uma data de Exemplars diferentes com as suas habilidades, para o sucesso, tudo dependerá de como o jogador se prepara para o combate e para uma ajuda extra, Lucien consegue preparar poções no castelo que irão auxiliar a equipa de Rowena nos combates.

Sem esquecer de referir que, comoem todos os jogos, é preciso ter em atenção os elementos de fraqueza eficazes no combate para um maior sucesso na derrota dos inimigos. Para deixar os inimigos em modo Stagger, basta atingir o suficiente até a barra amarela que eles possuem ser preenchida, aí os jogadores terão um determinado tempo para atacar antes que ele se movimente novamente. Os jogadores vão ter a liberdade de se movimentar em 3 blocos, isto ajuda a esquivarem-se de ataques estando mais protegidos atrás ou então movimentar para a frente e estar mais perto dos inimigos, no entanto podem e devem utilizar o modo de bloqueio de ataques, se este for executado na perfeição, recebem um boost seja de ataque ou até realizar um contra-ataque automático, dependendo dos atributos/habilidades das personagens.



O jogo é viciante, mas pode acabar por ser um pouco cansativo em termos de gameplay por se ir saltando de personagem em personagem, quebrando a ação. A própria estética e banda sonora podem tornar-se um pouco aborrecidas, mas ainda é mais um bom exemplar num vasto catálogo de RPGs.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela NIS America.

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