Natsuki Chronicles


Trazido até nós pela Qute e pela Rising Star Games, Natsuki Chronicles é uma das mais recentes propostas, no que ao género shoot'em up diz respeito, no mercado digital dos jogos de vídeo. Inserido no mesmo tipo de ambiente que Ginga Force (outro jogo dos mesmos autores), Natsuki Chronicles coloca o jogador no comando de uma jovem e habilidosa piloto, Natsuki, enquanto ela enfrenta uma grande variedade de inimigos num frenético shooter horizontal.

O título em questão dá-nos a opção entre dois modos de jogo. O Story Mode e o Arcade Mode. O Story é muito mais cinematográfico, com as suas inúmeras cutscenes, nas quais o background da personagem principal é devidamente explorado. Nele percebemos que Natsuki é uma operativa da força de segurança conhecida como RDF (a.k.a Rapid Deployment Force), pertencente ao Mitsurugi Security Service. O objectivo desta unidade é, como não podia deixar de ser, parar as múltiplas actividades criminosas levadas a cabo por uma misteriosa organização terrorista. Pelo caminho, vemos o que levou Natsuki a tornar-se uma piloto em primeiro lugar e a forma como ela lida com a perda de uma das suas amigas mais chegadas durante uma missão.



Para além de tudo isto, no Story Mode somos presenteados com o chamado Study Levels. Estes funcionam basicamente como uma proteção do jogador, uma vez que permitem a este último melhorar quanto mais vezes jogar no mesmo nível. O Study Level permite a obtenção de fundos, o chamado troop budget, que serão tão elevados quanto for a nota que nos for atribuída no final do nível. Com os fundos podemos fazer o upgrade não só dos escudos de proteção da nave, mas também obter melhor poder ofensivo. Os escudos suplementares (EX Shields) dão à nossa aeronave uma certa resistência contra os ataques inimigos, evitando a nossa destruição imediata no caso de sermos atingidos. É certo que também temos os escudos normais, sendo que esses vão recarregando lentamente, mas continuamente no decorrer do nível.

Relativamente a armas, a nave de Natsuki vem munida de três tipos de armas primárias, cinco secundárias e três especiais. Como primárias temos  alguns clássicos como é o caso da Front Vulcan, da Laser Beam Wave ou do Wider Beam, ao passo que as secundárias são normalmente bombas (Rear Bomb, Front Bomb, Ground Bomb), com algumas notáveis exceções (Rear Vulcan e Wide Wave). Como o próprio nome indica, as primárias constituem o nosso armamento mais básico e utilizado na campanha. Em contraponto, as secundárias funcionam mais como armas de apoio, especialmente contra adversários que possam surgir nas nossas traseiras, kamikazes aéreos ou a típica maquinaria terrestre antiaérea. As especiais por seu lado são representadas pelas duas pequenas orbs que circundam a nave da nossa personagem. São elas a Front Cover Option, a Vertical Cover Option e a Rotating Cover Option. Todo este armamento é passível de ser melhorado, considerando que tínhamos, como já foi referido acima, os fundos necessários para isso. De salientar que antes do início de um novo nível, o jogador pode optar por fazer esses upgrades.



Contudo, no modo Arcade existem certas diferenças. Para além da omissão das cutscenes e da customização da nave antes de cada nível, ao jogador é ainda retirada a possibilidade de repetir níveis jogados. Neste modo somos presenteados com uma experiência bastante mais tradicional, na qual os upgrades são obtidos no decurso dos níveis, sendo perdidos a cada toque que a nossa nave conceda. Dá na mesma para alterar os settings do jogo antes do nível começar, mas apenas no que diz respeito à dificuldade. 

Falando de dificuldade, esta anda entre o fácil (para os mais veteranos do género) e a mediana. A juntar a toda a customização temos a possibilidade de jogar com vectores, os quais indicam a linha de trajectória dos disparos das naves adversárias, ao estilo do Bust-a-Move. Algo simples, é certo, mas que permite reduzir bastante a dificuldade deste título. Os níveis são relativamente curtos, mas repletos de ação. Os inimigos variam, alternando desde outras aeronaves, projéteis e tanques, até outros tipos de máquinas de guerra. Cada qual possui o seu próprio padrão de ataque, tendo ainda a possibilidade de aparecerem vindos de qualquer direcção do ecrã. Os níveis concluem com uma batalha com um gigantesco boss. De salientar que no Story Mode temos alguns níveis de treino, mais lentos, que não estão disponíveis no modo Arcade. 

A nível de cenários e apresentação, Natsuki Chronicles cumpre, mas sem deslumbrar. As músicas e os cenários apresentados são básicos e o próprio design de inimigos e da personagem principal são particularmente desinspirados. Não são maus (até porque o 3D é muito limpo e funcional), mas artisticamente não enchem o olho. 


Em suma, aqui temos um shooter aconselhável sobretudo a jogadores principiantes no género, dada a sua acessibilidade, mas que peca pela falta daquele wow factor. O jogo ideal para um momento de diversão rápida. 

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para PC via Steam, gentilmente cedido pela Plan of Attack.

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