In Rays of the Light


Um jogo que engloba mistério, exploração e solidão num mundo pós-apocalíptico que atira o jogador para um lugar vazio sem referir qualquer objetivo a traçar. Descobrir o que está por detrás de um apocalipse, num mundo solitário sem qualquer personagem ou armas para utilizar... não é de todo um jogo para qualquer um.

Começamos em frente a um televisor antigo e à nossa volta deparamo-nos com o pó e destroços que completam o quarto em que nos situamos. Assim que abrimos a porta ao nosso lado, encontramos uma lanterna presa com fita cola a uma parede com a mensagem “The Light Will Lead You”, não é que seja propriamente necessário recolher esta lanterna pois ainda assim, é possível explorar sem ela, no entanto é aconselhável.

A ideia é explorar o prédio em que nos encontramos, existem várias mensagens nas paredes, fotos e notas para ler, o importante é “virar” o prédio do avesso, se as mensagens não forem lidas, o jogo não terá o mínimo interesse e nem é possível resolver os puzzles que vão encontrar ao longo da jornada, embora seja algo extremamente curto.

 


O problema do jogo é a obrigação de uma exploração exímia, para encontrar algo que se possa interagir é necessário apontar diretamente para o objeto e clicar, por vezes dava por mim a explorar um armário e não reparar num item que estava logo ali porque outros dos itens espalhados não podiam ter qualquer interação, ignorando assim outros importantes, sendo que é preciso uma concentração naquilo que se está a fazer enquanto se joga.

O jogador pode correr e saltar, embora esta última ação não tenha qualquer relevância para o progresso, no entanto vão correr de um lado para o outro devido à exploração dos pisos do prédio e claro, no pátio fora do edifício, onde se pode encontrar outra casa e alguns veículos os quais devem igualmente serem explorados. Existirá apenas um objeto que estará nas mãos do jogador o tempo inteiro, um canudo que será utilizado para abrir portas para progredir. No que diz respeito à banda sonora, existem momentos que podem criar uma tensão adequada ao cenário, o som ambiente é na verdade o melhor aspeto, ouvem-se os passos, insetos e pássaros que dão a entender o quão o jogador se encontra isolado do mundo e assim sendo, essa será por assim dizer, a maior ameaça, a música e os sons para deixar o jogador tenso.
 
Não existe qualquer barra de saúde, armas e ecrã de game over, o próprio jogador não tem como perder a vida, sendo totalmente um jogo de exploração com uma narrativa interessante e pouco mais do que isso, não existindo qualquer ação no qual podemos classificar como um “walking simulator”.


Como referido antes, não é um jogo para qualquer pessoa, pode tornar-se extremamente aborrecido e é sem dúvida um jogo descontraído e que até deve ser jogado de uma só vez devido à leitura das notas importantes para a realização dos puzzles e por fim, sublinhamos que o jogo é extremamente curto, sendo possível terminar por volta das 3 horas de jogo.



Nota: análise efectuada com base em código final do jogo para Xbox, gentilmente cedido pela Sometimes You.

Latest in Sports