MagiCat


A Nintendo Switch é uma consola excelente para jogos com níveis curtos, ideais para quando o jogador tenha de se deslocar no autocarro ou mesmo uma simples ida à casa de banho. Jogos para pegar e jogar, acabando por completar mais meia dúzia de níveis como jogos em plataformas ou puzzles. Neste caso, MagiCat é uma mistura de ambos os géneros e encaixa bem neste perfil.

Como referido anteriormente, MagiCat é um jogo de plataformas que conta com níveis curtos e alguns puzzles pelo meio para resolver. Num estilo retro de 16 bits e uma boa dose de níveis, a narrativa é aquilo que menos importa, basicamente é um gato mago que vai em busca de um artefacto roubado por um macaco ladrão. Isto é apenas um pretexto para aquilo que os jogadores vão encontrar pela jornada fora, num mundo como se de Super Mario World tratasse, com imensos níveis onde a dificuldade começa a apertar com ao longo do progresso.

A jogabilidade, baseada num jogo de plataformas dos anos 90 é simples. O nosso gatinho tem o poder de fazer dash e usar a sua varinha de condão disparando bolas de fogo, além do típico salto com o qual também pode eliminar os seus inimigos. Ao longo destes níveis o nosso mago pode recolher vários itens, como gemas e moedas para colecionar as quais podem ser gastas em lojas, como por exemplo comprar checkpoints ao longo dos níveis. É claro que no início acumula-se imenso pois os checkpoints não fazem muita falta, mesmo o gato não tendo 7 vidas mas apenas 4 barras de saúde.


Quanto aos inimigos, não são de todo inspiradores, encontrando vários blobs pelo caminho e mesmo bosses repetidos mas com padrões diferentes. Os níveis, esses, já estão com um design engraçado e existe uma boa variedade entre eles, contando com os mundos que diferem uns dos outros e várias armadilhas que podem complicar a vida ao jogador. Tal como um Mega Man, há momentos em que os saltos têm de ser calculados ao milímetro, itens que quebram cabeças só de pensar como os alcançar e isso é o que está mais engraçado no jogo.

Este é um herói sem personificação, ou seja, o gato é de facto um gato, por isso não se consegue entender nada a não ser o seu miar “meow meow” pelo jogo fora. Lá está, o ponto fulcral não é a narrativa mas sim a diversão ou talvez frustração ao jogar MagiCat.


Assim sendo, não existe muito mais a dizer acerca de MagiCat, um jogo que é um platformer puro e duro para fãs do género e se foca em níveis desafiantes que podem frustar alguns jogadores mas que oferecem um desafio á maneira. O único problema a apontar é a narrativa e o facto de acabar por ser mais um jogo do género com alguma repetição de inimigos mas com uma boa dose interessante de puzzles por entre os níveis existentes.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Plan of Attack

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