Luigi's Mansion
O Luigi’s Mansion saiu para
a GameCube em 2001, quando havia uma “seca” por Mario. Ninguém esperava por
este jogo e ninguém esperava o sucesso ou o culto que viria a ter até hoje;
tanto que já vamos para o terceiro jogo da série, na Nintendo Switch. E é isso
que me deixa a coçar a cabeça: com a possibilidade de lançarem este remake/port
na consola do momento, lançam para uma consola em fase terminal.
Eu percebo as intenções da Nintendo, de quererem dançar com as duas consolas no mercado, mas a 3DS está no final da sua vida e todos estão a jogar na Nintendo Switch. Um anúncio porreiro e um lançamento na época das bruxas a um preço convidativo era um cheirinho para a série, procuravam o 2 e ficavam arrumados até sair o 3. Ou, sei lá, metiam os dois na consola! Não me levem a mal, eu adoro a minha 3DS, ou New 2DS XL, baita…, mas o que poderá acontecer é o jogo vender pouco porque, nesta altura do campeonato, quem quer saber?
Eu percebo as intenções da Nintendo, de quererem dançar com as duas consolas no mercado, mas a 3DS está no final da sua vida e todos estão a jogar na Nintendo Switch. Um anúncio porreiro e um lançamento na época das bruxas a um preço convidativo era um cheirinho para a série, procuravam o 2 e ficavam arrumados até sair o 3. Ou, sei lá, metiam os dois na consola! Não me levem a mal, eu adoro a minha 3DS, ou New 2DS XL, baita…, mas o que poderá acontecer é o jogo vender pouco porque, nesta altura do campeonato, quem quer saber?
Vocês! Vocês querem saber e
estão a ler esta análise porque também querem saber o que achei. Olhem, eu
gostei. Já tinha a versão da GameCube, mas não tive oportunidade de me sentar e
jogar. Vai daí, poder jogar on-the-go
foi uma boa razão para riscar este jogo da lista.
Altura estranha para o ter
jogado: acabei The Haunting of Hill House (Netflix) e a minha cabeça estava
cheia de fantasmas e sentimentos. Jogar com um Mario verde, de aspirador às
costas, a sugar fantasmas tolos foi uma espécie de catarse. A premissa é
simples, o Luigi ganha uma mansão e conta ao Mario; os dois combinam encontrarem-se
à porta, mas quando o Luigi chega, puf, nada de Mario. Twist: o Luigi não
participou no concurso.
Assim que entramos na mansão
somos brindados com a escuridão que nos acompanha o jogo todo e, para tal,
temos apenas uma lanterna para a afastar. Alguns minutos depois, conhecemos o
Professor E. Gadd que nos conta o básico e nos dá um aspirador caça-fantasmas,
o Poltergust 3000, e um Game Boy Horror. Já equipados, partimos na missão de
salvar o Mario e descobrir quem o levou. Não existem muitas reviravoltas,
aliás, o jogo nem é muito longo. A história serve de pano de fundo para
explorar as divisões da mansão para caçar fantasmas e estes vêm em três
escalões: os fantasmas inimigos que derrotam para ganharem pontos; os Boos que
só os encontram com um detector e os espíritos dos retratos. Estes requerem a
resolução de um pequeno puzzle para revelarem o coração/ponto fraco e poderem
ser sugados.
História de parte, importa
ter uma boa jogabilidade e esta é divertida. O Luigi interage com tudo para
procurar dinheiro ou espíritos e comenta para onde apontarem o Game Boy Horror;
as capturas parecem os mini-jogos de pesca de outros jogos, puxamos os
fantasmas na direcçao oposta, somos arrastados e quando o “HP” chega a zero,
conseguimos. No entanto, os controlos são horríveis – péssimos – assustadores e
nada intuitivos. Lutei mais com eles do que com os fantasmas. Reconheço as
limitações da consola e a falta de analógicos ou a amostra de um na New 3DS,
mas caramba se apontar a lanterna não era uma gincana de dedos. Lá está,
tivesse saído na Switch… O port até tem várias opções de controlos e algumas
funcionalidades da sequela ou motion
controls, mas parecia tudo feito pela metade que lá me fiquei pelo modo Standard.
Não pude testar o modo 3D
porque não vejo 3D nem tenho uma consola para tal, mas os puristas devem
lembrar-se que a intenção original do Luigi’s Mansion era ter 3D, mas como a
tecnologia para as consolas era para lá de cara, puseram a ideia de lado. Até
2018. De todo, não é um factor que venda o jogo.
Também não pude testar o modo co-op, uma das novidades deste jogo, mas lá está. Quem quiser ir caçar
fantasmas, pode levar um parceiro, mas não cruzem os feixes!
É um joguito cheio de
detalhes engraçados e o claro vencedor é a equipa de som, com soalhos a ranger,
murmúrios, música ambiente e o Luigi a cantá-la para si, para não se assustar.
Os gráficos na 3DS não são grande coisa, perde-se o grande detalhe da
televisão, mas ganha-se a concentração de um ecrã pequeno; o Luigi e alguns
objectos têm algumas jaggies e era
algo que precisava de mais tempo no forno.
No geral, se Luigi’s Mansion
é um bolo, gostei de quase metade das suas fatias. Diverti-me, ri-me em algumas
situações e só me faltaram dois fantasmas. É fácil acabar o jogo com todos os
fantasmas, mas tramado acabá-lo a 100%. Sem dúvida que tem replay value, mas não para mim. Assim que puder testo a sequela e,
se os controlos forem mais convidativos, acabo e juro-me fã da série.
Até lá, sai da mansão com
um…
Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo 3DS, gentilmente cedido pela Nintendo.