Sackboy: A Big Adventure


Ao longo da história dos videojogos o género platformer sempre teve uma expressão bastante demarcada dos restantes, que quer queiramos quer não, assentaram num dos alicerce das aventuras de fins de semana, ou quando os pais deixavam jogar. Falo por mim, claro está, mas acredito que muitos tenham tido uma experiência semelhante.

Com o passar dos anos as coisas evoluíram para um patamar diferente e muitas portas se abriram para a criação de novas histórias que se debruçam em horas de diversão, com mecânicas e pequenos apontamentos que diferenciam estes títulos. Sackboy: A Big Adventure cose-se com linhas vibrantes de um collectathon platformer, que à partida tem tudo para ser aliciante, mas que deixa um pouco a dever em muitos aspetos importantes que ultimamente podem desinteressar muitos jogadores, principalmente a gerações menos jovens. Não que este não seja um título bem conseguido, mas de facto é apontado para uma geração mais nova, tornando uma experiência perfeita entre pais e filhos.  



Pode-se afirmar que este é o quarto título de um franchise bem conhecido dos jogadores da consola da Sony. Little Big Planet palmilhou o seu caminho com apresentações de níveis peculiares, um personagem principal, que mesmo não sendo vibrante à primeira vista, é bastante marcante pelas vestimentas que se podem equipar e um gameplay interessante, mas uma das principais marcas de água era a possibilidade da criação de níveis e a sua partilha na vasta internet para que outros jogadores os pudessem experimentar. Surpreende que nesta nova incursão, os planos foram outros e um dos modos mais interessantes simplesmente desapareceu. Sackboy: A Big Adventure é assim um jogo linear, onde é possível trazer até 3 amigos, criando assim uma party de até 4 jogadores, onde o principal objetivo será o de terminar uma panóplia de níveis que se estendem entre 5 mundos diferentes, enquanto se tenta parar Vex e o seu plano maléfico de controlar todo o mundo de Craftworld. Entre níveis, existem imensos itens, roupas e moedas, neste caso bolhas de sabão, que podem ser colecionados para concluir o nível a 100%, mas não esperem uma história motivadora.

De notar que a vertente multiplayer no PC está apenas afeta a este sistema, sendo que existe a versão para Steam e a versão Epic e aí sim, existe a possibilidade de juntar jogadores de ambas as plataformas. Se pretenderem juntar-se a um amigo na consola terão mesmo de o adquirir nessa plataforma.   

Sackboy: A Big Adventure dá continuidade à lista que se vai formando da fornada de títulos da Sony lançados no PC. Este título apresenta várias opções gráficas para que os jogadores possam mexer e perceber quais as melhores opções para o seu sistema. Mesmo não sendo pesado graficamente sabe bem poder ter a experiência de o jogar a mais de 60 frames, sem qualquer tipo de problema de frame drops ou bugs.

Relativamente ao aspeto gráfico de todo o ambiente, um mimo. Uma palete de cores vibrante que se estende a todas as superfícies passando pelo detalhe de cada textura. Todo o requinte a que o olhos do jogador têm direito estão sem dúvidas presentes. Os visuais brilhantes estão de mãos dadas com uma banda sonora bem divertida, que conta com remixes de músicas conhecidas da maioria.   


Infelizmente Sackboy: A Big Adventure, não passa de um título com aspeto bastante apetecível e pequenos momentos de diversão, maioritariamente passados com a companhia de outro jogador. A sua monotonia e falta de algo de novo durante toda a sua aventura tornam fundamentalmente as coisas bastante aborrecidas.


Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para PC, gentilmente cedido pela SIEE.

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