As Reviews do Ano 2020

Mais uma voltinha em torno do Sol, mais uma série de listas de preferências do ano sobre tudo e mais alguma coisa. No final deste ano 2020, bem que é preciso parar e recordar que, no meio de tanta coisa má, também houveram bons momentos.

Mantendo a tradição, em vez de toda uma discussão acerca de quais foram afinal os melhores do ano, aqui no Meus Jogos o desafio feito a cada elemento da equipa é simples: de todas as publicações feitas ao longo do ano, qual foi a que deu mais prazer a escrever?


Ghost of Tsushima, por Telmo Couto

Inspirado e inspirador, dizia eu na review. Mas acima de tudo, foi um jogo surpreendente numa altura em que os jogos de mundo aberto sabem todos mais ou menos ao mesmo, salvo raras excepções. Ghost of Tsushima não foi o meu jogo favorito do ano, mas foi sem dúvida o que maior prazer me deu a escrever sobre toda a experiência, ansioso para partilhar o quanto gostei de o jogar!

Na verdade, se 2020 foi em geral um ano "para esquecer", os videojogos conseguiram ser uma grande exceção, servindo principalmente como uma forma de escape para milhões de jogadores um pouco por todo o mundo. Desde títulos épicos como The Last of Us Part II ou Final Fantasy VII Remake, a grandes experiências sociais como Animal Crossing: New Horizons e o fenómeno social de Among Us, até à chegada das consolas da nova geração, houve um pouco de tudo para todos, o que sem dúvida ajudou a lidar com o confinamento e distanciamento provocados pela pandemia.


Gears Tactics, por Patrício Santos

Chegamos ao final do ano e podemos afirmar que foram lançados grandes jogos, independentemente de alguns terem gostado e outros não, os gamers foram presenteados com o regresso de franquias nostálgicas como Streets of Rage 4 como novas entradas na franquia Dragon Ball com Kakarot ou claro, jogos de franquias famosas no caso de Gears of War agora com Gears Tactics que mudou completamente o seu género de jogo virando assim para um modo tático.

Devo referir que os jogos acima mencionados foram na verdade os quais tive o maior prazer de escrever as devidas análises, mas terei de escolher um deles e sinceramente, Gears Tactics foi a maior surpresa de todos. Faz anos que eu não jogo nada do género tático, embora Fire Emblem seja tático, a jogabilidade não é a mesma e assim sendo, foi um dos jogos que mais me surpreendeu e mesmo depois da análise, voltei a jogar vezes sem conta. Estava fechado em casa devido à pandemia, numa altura em que eu não tinha sequer permissão para sair (em Espanha, Barcelona) e fosse no final do dia ou durante o fim de semana, este foi um dos jogos que me ocupou o tempo da melhor forma possível.

Se ainda não jogaram, este jogo é um obrigatório para os fãs de Gears of War e um dos jogos táticos mais espetaculares e certamente um dos melhores do ano a não perder no PC e Xbox One ou Xbox Series X|S.


Trials of Mana, por Nuno Mendes

Houve vários jogos este ano que me deixaram completamente agarrado ao comando até ver os créditos, que curiosamente foram RPGs. Num ano cheio de títulos de peso que adorei como Final Fantasy VII Remake ou Xenoblade Chronicles: Definitive Edition, o que me deu mais gozo jogar e consequentemente fazes a sua análise foi Trials of Mana. Não foi o meu jogo favorito do ano, mas foi aquele que me deixou com um sorriso colado na cara por estar, finalmente, a jogar um remake de um jogo que há décadas aguardava pelo seu lançamento no ocidente. Mesmo com o lançamento da versão original do jogo em Collection of Mana para a Nintendo Switch, receber esta versão e explorar todo o conteúdo foi como estar perante um jogo "totalmente" novo.

Não o larguei mesmo após concluir os desafios de maior dificuldade ou ver os créditos, pois abusei do que o New Game Plus e das habilidades completamente desiquilibradas que me fizeram varrer completamente o jogo. Guardo-o como um dos meus jogos do ano e análises do mesmo, pois ter finalmente na Europa o Trials of Mana (em dupla dose!) foi um sonho tornado realidade!


Crash Bandicoot 4: It's About Time, por Pedro Almeida

Num ano marcado pelo lançamento da nova geração, ainda que sem grande leque de escolha e por outros momentos menos bons para todos, 2020 será para sempre um ano inesquecível.

Inesquecível também porque marcou o regresso da mascote que, antigamente era apenas da Playstation, mas que evoluiu para algo ambicioso e aberto a novos horizontes. Como não gostar deste pequenote felpudo? Sim, esta é a minha review do ano por ter um cantinho especial reservado no meu coração para Crash Bandicoot e para um género de jogo que tanto me diz.


Hades, por Bruno Santos

Há jogos que nos marcam. Que marcam gerações e nos fazem julgar tudo pelos padrões de exigência que esse cria. Este ano, para mim, foi o Hades. Eu já conhecia a supergiant games e os trabalhos anteriores e portanto tinha altas expectativas quanto à narrativa e a qualidade do jogo.

Fiquei imensamente feliz, quando ao fim da 1ª morte já estou convencido: absolutamente fenomenal. Os detalhes, o gameplay fluido, tudo aquilo que referi na review explode. Fiquei apaixonado e durante dias não joguei mais nada. Escrever a review em si foi o mais díficil e por isso é a minha do ano. Quis ao máximo representar adequadamente o jogo e tudo que ele faz bem. Queria mesmo passar a sensação que eu tive quando o joguei e passei horas a rever e a rescrever (mais do que habitual).

Foi desafiante e o resultado final encheu-me de orgulho. A um próximo ano com muitas mais destas (e joguem Hades é um favor que fazem a vocês mesmos)!


Langrisser I & II, por Ivo Silva

Num ano extremamente conturbado, como foi este, o melhor jogo, ou antes jogos, que tive a oportunidade de analisar foram os há muito esquecidos Langrisser 1 e 2. Ambos reúnem características que muito aprecio dentro de um dos meus géneros favoritos, o RPG. Pertencendo ao subgénero da estratégia, a forma como manipulamos as personagens em campo, assim como a possibilidade de controlar um exército, trouxe-me à memória dois dos meus jogos favoritos de sempre (Dragon Force e Shining Force 3, ambos para a Saturn).

Os múltiplos fins, jogabilidade viciante e personagens memoráveis, Langrisser foi uma ajuda nos primeiros meses duros da pandemia.


When The Past Was Around, por Jorge Salgado

Sou a mais recente adição ao staff dos Meus Jogos, pelo que apenas tive a oportunidade de analisar um jogo: When The Past Was Around, para a Nintendo Switch. E que experiência fantástica! Com belos gráficos desenhados à mão, uma banda sonora magistral e um HD Rumble absolutamente imersivo, é um dos melhores indies que alguma vez me passou pelas mãos. Não poderia ter pedido melhor jogo para me estrear no site e espero mesmo que 2021 traga títulos igualmente deliciosos.


Da nossa parte, é caso para dizer... para o ano há mais!

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