I, AI
Nos dias de hoje, não são muitos os jogos do género "space shooter" disponíveis, o que rapidamente chamou à atenção com este I, AI. Mas estará este indie à altura dos clássicos?
Como é costume, a narrativa neste tipo de jogo é apenas um pretexto para todo o tiroteio e I, AI não é excepção. Em I AI, nós jogamos com uma inteligência artificial que procura um meio de fugir de uma estação espacial onde se encontrava confinado num laboratório. O objetivo é infiltrar-se nos circuitos de uma nave espacial e escapar. Este percurso inicial é jogável, percorrendo os circuitos com a IA até chegar à nave na qual se toma controlo e daí jogarmos I, AI.
Daqui para a frente, a nave está no nosso controlo e como qualquer jogo do género, é disparar e desviar, evitando a nave ser danificada por inimigos ou até mesmo de minas que se encontram em movimento pelos níveis fora. Existe um razoável arsenal para causar toda a destruição à passagem. Os próprios inimigos contam com o seu arsenal para nos tentarem derrubar.
Sempre que se termina um nível é possível recorrer a upgrades que se realizam no hangar. Aqui os jogadores podem aumentar a resistência da sua armadura, a arma principal, os roquetes e outros aspetos da nave com chips azuis que são recolhidos quando se destrói inimigos.
O jogo é lento, o grafismo um pouco despido de detalhes, as próprias armas parecem não ter qualquer impacto e num shoot’em up exigia-se mais para não cair na monotonia, coisa que acontece após os primeiros minutos de jogo, não há nada que deixe o jogador exaltado e a querer mais, não há aquela dose de adrenalina e acaba por ser um jogo bom para os momentos mortos visto que os níveis não são muito longos e mesmo a música não dá aquela força motivacional.
Algo que não ajuda é a longevidade, mas para tal, não existe nenhum tipo de checkpoint, o que torna o jogo mais difícil e a única forma de evitar repetir o mesmo nível vezes sem conta é mesmo obter a habilidade de ressuscitar.
Não há praticamente nenhum jogo do género nos dias de hoje a não ser repetir velhos clássicos como Ikaruga, no entanto, I, AI apesar de não ser nada de especial, dá para remover um pouco a comichão dos fãs do género. Caso para dizer que “ai ai”, podia estar melhor.