Battlefield V


Análise por Pedro de Almeida

A EA e o seu franchise Battlefield tentou sempre capturar a escala a animosidade e o ambiente imersivo de zona de guerra, e como esperado o Battlefield V entrega na perfeição toda esta equação.
Os estúdios da DICE voltaram ao conflito histórico após uma revigorante aventura pela Primeira Guerra Mundial com o Battlefield 1.

Como esperado, a receita não mudou, mapas enormes feitos de campos abertos, zonas de cidade totalmente destrutíveis, colocam o jogador no meio de encontros caóticos no sentido de capturar objectivos ou terminar primeiramente com a contagem de “tickets” ou número de “respawns” disponíveis da equipa adversária. O jogador tem ao seu dispor diferentes classes que permitem fortalecer o soldado com capacidades distintas, que por sua vez garantem vantagens em diferentes situações de combate. Não podemos descorar o facto de tanto os tanques como os aviões continuam presentes e de boa vontade!


Modos de jogo (Multiplayer)

Conquest - tem sido sempre o foco principal de Battlefield. Duas equipas com imensos elementos tentam controlar os pontos estratégicos do mapa, ajudando assim a baixar a conta de “tickets” do inimigo. Neste modo é possível controlar tanques, aviões e pode ir até 40 minutos de jogo.

Grand Operations - encadeia vários modos de jogo e mapas numa experiência com narrativa, dividida em vários dias (dias no jogo).

Team Deathmatch – sem tirar nem pôr. Mapas mais pequenos acção sem veículos.

Breakthrough - objectivo será o de defender ou atacar os sectores inimigos.

Frontlines - combina o modo Conquest com o Rush

Domination - capturar e defender as bandeiras na equipa adversária

Este título tornou-se ainda mais focado no espirito de equipa. O jogador entra em combate com poucos recursos sendo impossível curar-se completamente ou até mesmo em termos de número de munições ao seu dispor. Isto leva à dependência de ter uma equipa capaz de responder às necessidades de um total de 4 elementos por equipa. É importante ressalvar que algumas classes foram atenuadas, tornando-se um pouco inferiores ao que de facto se via no jogo anterior. Um exemplo disso é a classe de Médico apenas ter acesso às SMGs ou no cômputo geral as snipers darem significativamente menos dano. Outro aspecto interessante é o facto de todos os elementos da mesma equipa (não interessa a classe escolhida) terem agora a possibilidade de reviverem um colega caído.


War Stories – Modo campanha (Singleplayer)
Passaram uns bons anos desde a primeira vez o Battlefield enveredou pelo tema da Segunda Guerra Mundial. Desta vez serão apresentados aspectos menos relevantes na história da mesma, no entanto não quer dizer que sejam menos interessantes. Teremos passagem pela Europa Ocidental com muita vegetação e lama à mistura, desertos caóticos e agrestes do Norte de África. Todas estas histórias e combates foram refinadas com o motor Frostbite.

Teremos ao nosso dispor quatro capítulos (um dos quais estará disponível no DLC de Dezembro de 2018). Cada capítulo aborda diferentes aspectos de combate o que de certa forma permitirá perceber os principais elementos do jogo. A mecânica de jogo assenta bastante no aspecto furtivo (stealth) de combate, o que é um pouco estranho… Convenhamos que é algo que não estamos habituados a ver num jogo de Guerra onde se esperaria acção, explosões e adrenalina - Não invalida o facto de ser possível ter as entradas à Rambo.


No geral Battlefield V pode ser super divertido, no entanto os bugs poderiam e deveriam ser tratados… Fica um pouco a sensação de que foi apressado. Não se pode deixar passar o facto dos menús serem um pouco confusos, no entanto foi sempre algo com que a DICE nunca se importou muito.
Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para PC via Origin, gentilmente cedido pela Electronic Arts.

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