The Walking Vegetables: Radical! Edition


Assim que recebi The Walking Vegetables eu sabia que ia para um mundo absurdo e cómico: só pelo nome, estava tudo dito. Logo que iniciei o jogo, surgiu o ecrã de apresentação cheio de cores rosa e neons com música alusiva aos anos 80, aí sorri pois se existe uma década que adoro são sem dúvida os anos 80, toda aquela ação, música, óculos de sol... The Walking Vegetables baseia-se muito nestes elementos.

Recordam-se de Hotline Miami? Pois bem, é praticamente o mesmo, mas com o ridículo à mistura. O nosso protagonista, reformado, recebe uma chamada da polícia para uma enorme urgência. A cidade foi invadida por legumes e frutas que andam a aterrorizar a cidade! Recordam-se daquela velha série de animação, “The Killer Tomatoes”?

Não gostas de bróculos? Eles também não gostam de ti!
O objetivo é extremamente simples, aniquilar os legumes e frutas em cada secção da cidade e objetivo concluído. Como é uma cidade que até está bem preenchida de palmeiras e bares com luzes neon, como se de Miami se tratasse, este é um jogo que conta com um design alusivo a essa década dourada. Até porque o carro do nosso protagonista é um De Lorean, mais uma daquelas referências que não podiam faltar. A destruição é quase total, e quase tudo aquilo que está no cenário pode ser destruído. Como o objetivo é disparar contra tudo o que nos surge na frente, tanto vão limões e tomates como postes e bocas de incêndio, pois tudo deixará loot. Às vezes os inimigos ou estes objetos deixam chaves que servem para abrir portas de estabelecimentos encerrados.

A ação do jogo passa-se maioritariamente fora dos estabelecimentos, mas no seu interior encontramos mais inimigos e mais loot, mantendo a mesma lógica. A destruição de todos os legumes nas várias secções de cada um dos níveis irá permitir lutar contra o legume boss. Cada um tem os seus padrões de combate, por isso não é difícil, após algum tempo, conhecer os seus movimentos, mas nunca deixa de ser um desafio pois ele irá atacar de todas as formas possíveis e até enviar minions para nos aniquilar.

Legumes maléficos, prontos para ser assados!
O arsenal é grande, desde lança-chamas a granadas e metralhadoras, tudo é como um filme explosivo de ação dos 80 com Arnold Schwarznegger e Sylvester Stallone. O único senão aqui é mesmo a escassez das munições e, por isso mesmo, o jogador tem uma arma primária que nunca se esgota, seja um taco de baseball como uma espada. Para além disso, existem lojas para comprar saúde, armas e loot de outros acessórios aleatórios para ajudar na guerra contra aquela comida que odiávamos em crianças.

O jogo é um tradicional "twin-stick shooter" que atira o jogador para o meio da ação, os termos “desenrasca-te” e “aniquila tudo aquilo que se mexe” estão bem patentes no jogo. Apesar de simples, o jogador irá perder vidas sem conta e o maior problema é que, quando isso acontece, o jogador é severamente punido ao ter de iniciar o jogo por completo - a típica frustração de um "roguelike". É necessário velocidade perante todo o caos. Chegando ao fim, volta-se a jogar e tudo mudou de lugar com inimigos, armas e edifícios aleatórios.


As cores vibrantes e a música ajudam o jogo não se tornar tão repetitivo e chato, porque nada mais há para além desta aniquilação massiva dos legumes e frutos que atacam o jogador. Mas bem, este é efetivamente um jogo que serve para sessões rápidas, o que é perfeito para uma Nintendo Switch devido à sua portabilidade.

Para finalizar, é um bom jogo sim, frustrante, também, mas diverte! Assim está o prato recheado de legumes e para quem nunca gostou deles, é uma boa oportunidade para os "consumir". Aliás, deve ser o único jogo de tiros que é 100% vegan!
Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Merge Games.

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