Call of Duty: Black Ops 4


Depois de ter experimentado a beta, eu já sabia que o jogo estaria minimamente bom. Na verdade, é difícil esta série descambar por duas razões muito simples, primeiro porque a sólida jogabilidade nunca foi alterada, segundo porque é um jogo compatível com qualquer jogador, quer queira ser um "pro" ou simplesmente dar uns tiros.

Já o nome por si dispensa qualquer tipo de apresentação, é uma marca que deixou uma tatuagem na indústria e quase sempre com bastante qualidade. Black Ops 4 chegou ao mercado como um título exclusivamente multiplayer, descartando pela primeira vez o modo campanha.


Sem modo campanha, ficamos apenas com três modos competitivos. O tradicional PvP, um modo Zombies, que já tem sido tradição nesta série, e a novidade de nome Blackout. Este último é um Battle Roayle, tal como PUBG ou Fortnite, no qual se pode jogar por equipas, a solo ou duos.

Quando joguei este modo pela primeira vez senti um autêntico "dejá vu" mas, verdade seja dita, em Blackout temos a mesma diversão dos outros modos habituais de COD. O armamento nunca está escasso, as munições podem não ser muitas, mas não são assim tão difíceis de localizar (algo que me irritava no PUBG, mesmo tendo noção que o foco é a sobrevivencia). Aqui não é necessário correr muito em busca dos itens, a não ser que nos encontremos numa parte completamente deserta. Esta foi uma aposta muito bem pensada, visto que é necessário um concorrente à altura para fazer frente aos dois jogos que reinam o género Battle Royale neste momento.

Já os outros modos não deixam de ser interessantes. Temos no multiplayer o modo Heist, onde vamos em busca de uma mala carregada de dinheiro e o objetivo é escapar à equipa adversária. São 5 contra 5, a prioridade é capturar essa mala e fugir com ela até ao ponto de extração. Os adversários podem disparar até caírmos e ficarmos com uma pequena chance de sobrevivência, caso um companheiro esteja por perto poderá reanimar-nos para voltarmos a entrar em jogo. Caso a equipa seja toda eliminada, a partida acaba, no entanto não se ganha a grande recompensa que é escapar com a mala do dinheiro. São quatro rondas e são jogadas tal como se fosse Counter-Strike, onde os jogadores, com o dinheiro que ganham através das partidas, compram armas e armaduras para as rondas seguintes. É divertido e um modo realmente muito bom.


O modo Free-for-All é divertido como de costume, 8 jogadores encontram-se no mapa de forma aleatória e andam ao tiroteio até o tempo terminar. Ganha aquele que tiver menos mortes e mais adversários abatidos. Perfeito para quem não quiser depender de ninguém no campo de batalha.

O Control é outro modo que não é novidade, mas não deixa de ser um dos favoritos. Neste modo os jogadores têm de tomar controlo dos pontos A e B assegurando ambos, ao longo de uma contagem decrescente ou até que todos os 25 respawns sejam utilizados pela equipa, aqui é preciso gerir tudo muito bem. O único problema deste modo é o facto de os jogadores conhecerem bem os locais onde é feito o respawn e, geralmente, os inimigos já ficam à espera que o respawn seja feito para que possam dizimar a equipa em pouco tempo, o que foi uma experiência frustrante.

Outro modo famoso é o Domination: cada equipa terá de dominar 3 das áreas apresentadas no nível, um modo que exige um trabalho de equipa eficiente pois a confusão instala-se quando todos decidem seguir caminhos separados e fará com que o trabalho de posse de áreas seja demorado ou nem chegue a acontecer.


Search and Destroy é um modo onde é preciso muita cautela. Este modo de jogo é bastante simples, procurar e destruir o objetivo. Cada equipa terá apenas uma vida, assim sendo, é necessário uma boa estratégia, é preciso muita experiência e atenção neste modo.

No Team Death match não há muito a dizer, como se de um Free For All se tratasse mas em equipas, bem ao estilo de Counter-Strike, ideal para jogar com amigos.

O Kill Confirmed foi um dos modos que mais gostei de jogar porque, cada morte efetuada, o jogador deixa uma Dog Tag. A ideia é colecionar estas Dog Tags para eliminar os respawns da equipa, pois enquanto estas Dog Tags não forem recolhidas, os jogadores vão continuar a regressar. É tão vantajoso para a nossa equipa fazer a recolha, pois irá manter o nível de respawns, como para a adversária que assim os irá reduzir e vencer a partida antes de o tempo terminar.


O modo Zombies está uma vez mais em grande forma, com duas linhas temporais e uma dificuldade que vai aumentando ao longo do tempo jogado, é novamente um modo que deixará os jogadores satisfeitos a disparar de forma descontrolada contra as hordas de zombies juntamente com amigos online.

Por fim, no que diz respeito aos modos existentes em COD BO4, o Hardpoint. Este modo consiste em fazer o maior número de mortes e capturar os varios pontos de que vão surgindo pelo mapa, um modo que também exige um pouco ao jogador correr de um lado para o outro, daí ser algo que me tenha agradado imenso ao contrário da captura simples e nos pontos do costume.

Quanto às personagens, cada uma tem as suas características que fazem com que o jogador acabe por ter preferência por um ou outro personagem, tal como aconteceu comigo na escolha de Nomad, que pode chamar o seu companheiro canino para atacar os adversários. Os mapas, apesar de não serem muitos, Black Ops 4 conta com alguns clássicos (de jogos anteriores da série) e outros novos também muito bons.


Sempre gostei da campanha explosiva que a série Call of Duty nos trouxe ao longos dos anos, mas a verdade é que a grande razão de venda sempre foi o seu excelente multiplayer. Descartaram a campanha, fazendo deste um jogo exclusivamente online, mas muito bem pensado. Tanto para fãs como para aqueles que procuram um MP para passar horas online, Black Ops 4 tem muito para oferecer e muitas horas para agarrar os jogadores ao comando.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a PlayStation 4, gentilmente cedido pela SIEE.

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