Mad Rat Dead


Se há género de jogo que nunca explorei mais a fundo são quando juntam os de ritmo com outros, o que pensando bem acaba por ser um pouco estranho pois não faltam oportunidades. Crypt of the NecroDancer e Cadence of Hyrule surpreenderam-me muito pela positive, por mostrar que é bem possível ter um jogo de ação e ritmo ao mesmo tempo. Com Mad Rat Dead surge uma nova oportunidade para explorar estas misturas de ritmo com outras coisas, uma curiosidade aliada a um estilo artístico que me puxou de imediato!


Este é na prática um jogo de plataformas, onde todos os movimentos, que não são poucos, convêm ser executados no tempo certo para garantir uma boa prestação. Seguimos a curta aventura de Mad Rat, digo curta pois tem apenas um dia de vida! Ao ser morto por um cientista, este rato de laboratório encontra-se perante Rat God, uma deusa que lhe dá a oportunidade de viver novamente o seu último dia de vida para tentar mudar o seu destino.

Surge então a aventura e rapidamente vamos aprendendo os vários movimentos que têm de ser executados ao ritmo da música. Seja avançar, saltar ou atacar, a batida é chave não só para ter uma boa pontuação como para progredir rapidamente nos níveis que temos pela frente. Voltar atrás no tempo não é algo exclusivo da história: ao perder, temos a oportunidade de voltar atrás no tempo algumas batidas e continuar desde aí. Claro que a nossa pontuação sofre com isso e, se não acabarmos o nível a tempo, perdemos.
 

Sendo um jogo de ritmo a banda sonora é vital para aventura e, embora as músicas sejam bastante diversas e encaixam-se perfeitamente em todos os níveis, e no jogo no geral, grande parte não são memoráveis. Ainda assim alimentam bem a aventura e, quando damos por ela, já terminamos o nível. Com isto não quer dizer que seja um jogo curto: são muitos os níveis pela frente, mesmo que cada um deles acabe em breves minutos, juntamente com a história e as lutas contra bosses o jogo acaba por se prolongar bastante. Falando em bosses, todos eles oferecem experiências diferentes!

Mas como disse no início, algo que me puxou de imediato neste jogo foi o estilo artístico. Ele é bastante colorido, todos os personagens têm estilo, é um jogo de alto contraste, com um estilo punk que se enquadra na perfeição! Um estilo de ilustração que nos lembra um pouco personagens (e não só) que encontramos em graffitis e que, juntamente com o resto do jogo, criam uma experiência bastante coesa. O próprio coração de Mad Rat, conhecido como simplesmente Heart, ajuda a tornar tudo mais interessante e puxa pelo ambiente de fantasia que envolve toda a aventura.

 

Mad Rat Dead é um jogo bastante interessante que até se torna viciante, mesmo para quem não seja fã de jogos de ritmo, fazer as ações no tempo certo acaba por ser algo tão inerente que nem reparamos no timing, exceto numa ou outra ocasião onde há tanta coisa num só ecrã que nos confundimos e morremos, voltando atrás 2 ou 3 batidas para tentar novamente a nossa sorte. A história também acaba por se tornar num dos pontos mais interessantes e, sem revelar muito, vale bem a pena acompanhar até ao seu final.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela NIS America.

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