Outriders
Antes do seu lançamento, já tinha experimentado a demo de Outriders no PC e foi, na altura, uma excelente surpresa. Agora, já disponível para PC, PlayStation, Xbox (incluído no Game Pass) e Stadia, já conto com mais de 40 horas de jogo naquele que está a ser um dos meus jogos favoritos do ano 2021.
Nos primeiros dias, o jogo teve um arranque complicado devido à sobrecarga dos servidores. Ao ser lançado ao mesmo tempo para PC, PS4 e PS5, Xbox One e Xbox Series X|S, além do Google Stadia, com cross-play entre as plataformas, surgiram vários problemas de conexão nos primeiros 3 dias. Ainda para mais ao estar incluído no Game Pass, muitas pessoas acederam nem que fosse só para experimentar de forma "gratuita". No entanto, isso já foi corrigido e hoje todos podem pegar e jogar sem falhas na internet.
Agora que o jogo funciona às mil maravilhas, podemos afirmar que Outriders é um dos melhores jogos do ano, mesmo sabendo que não será para todos e não traga nada propriamente revolucionário ou inovador. O jogo foca-se 80 por cento na ação e 20 por cento na narrativa, que curiosamente para um jogo que tem a sua inspiração em jogos como por exemplo Destiny 2, consegue ter uma história com personagens muito interessantes e até locais bastante variados, para que o jogo não se torna cansativo.
Para alguém como eu que anda viciado e a realizar todas as side quests (literalmente) por querer ter todo o melhor equipamento possível e assim estar em forma ao jogar com amigos de qualquer plataforma, Outriders tem sido extremamente divertido e já não me lembrava de andar assim à volta de um jogo. No entanto, no que diz respeito à exploração, poucos são os tesouros que surgem nos mapas e os mesmos são normalmente, lineares. Por isso, é correr e disparar, encontrar cobertura (bem ao estilo de Gears of War) e por fim, o que torna o jogo especial, poderes que o jogador obtém pouco depois de começar a campanha.
A diversão está mesmo nestes poderes especiais. No início da campanha, o jogador terá à escolha uma das 4 classes disponíveis: Devastator, Pyromancer, Technomancer ou Trickster. No meu caso, escolhi o Pyromancer que, a cada X de níveis que subirmos, teremos disponível outro poder que envolve pegar fogo aos inimigos. É extremamente recompensador e divertido, aliás o jogador só obterá saúde se eliminar os inimigos com o seu poder, que deve ser utilizado em casos específicos de forma estratégica. Mais divertido ainda é jogar com amigos que tenham escolhido classes diferentes, foi o caso de eu jogar com o Pyromancer e outros dois amigos com o Trickster, que aparece e desaparece de um lado para o outro e deixa os jogadores paralisados ou outro que faz com que o jogador consiga de uma forma mágica como o Neo travando as balas e assim protegendo-se a si e à equipa.
Outriders tem uma jogabilidade belíssima, é fluída, rápida e sem quebras ou falhas. Já a quantidade de armas é razoável, entre caçadeiras, espingardas, snipers ou metralhadoras pesadas e pistolas que para completar o menu delicioso, com o progresso do jogo, as armas podem ter “habilidades” e as próprias armaduras, capacetes, luvas e botas, igualmente, explicando de forma simples, vão alterar a forma como podemos esquivar de ataques, disparos que contêm explosivos, cada disparo certo no inimigo ele entra em combustão ou congela, tudo isto irá dar um maior ânimo e uma lufada de ar fresco na jogabilidade de Outriders para impedir que se torne apenas um shooter na terceira pessoa.
Quanto aos bosses e mid bosses e os próprios Bountys ou Caça de monstros, são o maior desafio e providenciam momentos de prazer e emoção pura, é realmente fantástico e viciante. Para alguns pode acabar por ser repetitivo, mas o "grinding" é deveras importante nas missões secundárias para ter o equipamento e armamento a um bom nível para depois progredir sem problemas. Além disso, também ajuda jogar com pelo menos uma pessoa mais, o que além de tornar a experiência mais acessível também é muito mais divertido.
Concluindo, estou a adorar, a música é excelente, os sons nas batalhas estão uma autêntica bomba e a história é suficientemente boa e interessante, principalmente porque as personagens têm carisma. Acima de tudo, tem outro elemento que considero importantíssimo: diversão!
Este é, para já, um dos meus jogos favoritos do ano, mesmo que não vá ser tecnicamente "o melhor" ou candidato a "GOTY". Seja com amigos ou a solo, é um grande jogo para não pensar muito e dar tiros e mais tiros, ver sangue e explosões por todo o lado.
Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para Xbox Series X, incluído no serviço Xbox Game Pass.