Balan Wonderworld
Agarrando mais o conceito de NiGHTS, neste jogo seguimos os passos de um de dois protagonistas, presos numa situação algo complicada. Leo e Emma não conseguem lidar com aqueles que os rodeiam e, de surpresa, vêm-se envolvidos num universo mágico conduzidos por Balan, uma misteriosa figura que os levam a explorar todo um conjunto de mundos. Cada um dos personagens conta com 4 estilos diferentes, um detalhe que também se reflete nas sequências de animação, em ambas as personagens.
Os mundos a explorar são reflexo dos problemas que várias pessoas têm de lidar, situações que vão desde problemas escolares a não ser possível lidar com o luto, sempre em personagens diferentes. Temos um agricultor vê a sua colheita destruída; um mestre de xadrez envolvido na sua arrogância; um bombeiro encontra-se numa situação de vida ou morte… Há vários mundos a explorar e todos eles contam uma pequena história que se resolve em dois atos e uma luta contra um boss. Uma aventura que pode ser feita até dois jogadores, mecânica que não explorei muito focando-me principalmente a jogar sozinho.
Aqui temos o fundamental do jogo, uma experiência algo estranha onde parecem ter dado tanto destaque às sequências de animação e esqueceram-se de desenvolver os níveis em si. O design de cada zona é bastante bem conseguido, com mundos repletos de detalhe que refletem muito bem os traumas de cada uma das personagens a que estamos a ajudar ultrapassar. Mas a sua conceção é fraca, limitando-nos a colecionar itens, derrubar os poucos inimigos presentes e puzzles que se resumem a premir botões dos mais variados tipos para abrir portas ou caminho.
Os mundos a explorar são reflexo dos problemas que várias pessoas têm de lidar, situações que vão desde problemas escolares a não ser possível lidar com o luto, sempre em personagens diferentes. Temos um agricultor vê a sua colheita destruída; um mestre de xadrez envolvido na sua arrogância; um bombeiro encontra-se numa situação de vida ou morte… Há vários mundos a explorar e todos eles contam uma pequena história que se resolve em dois atos e uma luta contra um boss. Uma aventura que pode ser feita até dois jogadores, mecânica que não explorei muito focando-me principalmente a jogar sozinho.
Aqui temos o fundamental do jogo, uma experiência algo estranha onde parecem ter dado tanto destaque às sequências de animação e esqueceram-se de desenvolver os níveis em si. O design de cada zona é bastante bem conseguido, com mundos repletos de detalhe que refletem muito bem os traumas de cada uma das personagens a que estamos a ajudar ultrapassar. Mas a sua conceção é fraca, limitando-nos a colecionar itens, derrubar os poucos inimigos presentes e puzzles que se resumem a premir botões dos mais variados tipos para abrir portas ou caminho.
Um dos pontos chave do jogo são as dezenas de fatos que os nossos personagens apanham. São cerca de 80, quase todas com estilos distintos e contam com uma habilidade especial, mas aqui temos um claro caso de quantidade e não qualidade. Grande parte dos fatos se resumem a saltar com uma habilidade extra, outros não o podem simplesmente fazer e podemos ter até 3 fatos diferentes disponíveis para trocar, de modo a enfrentar os desafios presentes nos níveis. Infelizmente há imensos fatos que são completamente irrelevantes, há casos em que no mesmo nível encontramos dois fatos diferentes num espaço de minutos, em que um deles faz tudo o que o outro faz, mas em melhor. Podiam facilmente ter metade dos fatos e dar-lhes o devido destaque, a ter uma maior quantidade do mesmo que podiam ser simplesmente cosméticos.
Estas habilidades especiais de cada fato têm um fator extra: os seus poderes permitem-nos aceder a novos pontos noutros níveis. Por exemplo, logo no início vemos teias de aranhas que só conseguimos usar com um fato, obtido uns níveis mais à frente. É uma mecânica interessante, que nos faz revisitar níveis passados, mas os níveis são na sua maioria tão aborrecidos que não há vontade de os jogar novamente, mesmo que os “puzzles” já estejam feitos e basta apenas progredir até ao final.
A história também parece ter muita importância na aventura, mas, tal não é o caso. Há algo que parece interligar todos os acontecimentos terríveis, mas como nada é explicado, fora os casos onde vemos uma clara interferência. O próprio enredo dos dois jovens protagonistas é praticamente irrelevante e pouco explorado, resolvendo-se no final como se nada fosse. O próprio Balan, o vilão e os mundos que exploramos existem porque sim, nada mais sabemos sobre eles. Mesmo as próprias sequências de dança no final de cada nível conseguem criar momentos algo constrangedores (ou até mesmo passar uma mensagem… estranha), mas enquadra-se em toda a estranheza bem presente em todo o jogo.
Destacam-se possivelmente os combates contra bosses, com desenhos incríveis e acompanhados por uma música frenética, combates que quando parecem que vão dar um “boost” de energia acabam, pois ao fim de 3 ataques estes bosses são derrotados. A própria música no lembra de NiGHTS, tal como em grande parte do jogo nem que seja através dos pequenos sons que ouvimos em vários pontos do jogo, que parecem retirados do clássico da Saturn.
É pena, Yuji Naka foi responsável por vários dos jogos que me acompanharam desde a infância, vejo muito do trabalho dele aqui bem presente, mas mais rapidamente me vêm à memória os momentos incríveis desses jogos, do que aqueles que surgem mesmo à minha frente nesta nova obra.
Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Ecoplay.