Super Meat Boy Forever


Quem não se recorda do pedaço de carne mais popular dos videojogos, um dos primeiros indie a saltar para a ribalta? Anos depois, Meat Boy está de regresso com uma sequela, que traz consigo algumas novidades que podem (ou não) agradar aos jogadores deste clássico de longa data. Eis o Super Meat Boy Forever!


Se Super Meat Boy já era para aqueles que gostam de desafios, este Forever é um desafio ainda maior.

A narrativa é o que menos importa num título bizarro como este mas, a verdade é que segue os passos do primeiro. Neste caso, Meat Boy e a sua amada Bandage Girl que no passado fora raptada, vivem em harmonia com o seu recém nascido de nome Nugget, sim leram bem. Eis que surge Dr. Fetus, o mesmo vilão que sem escrúpulos volta a realizar um rapto, desta vez do pegajoso Nugget. Meat Boy e Bandage Girl têm como missão salvar o pequeno bebé. A história é básica, no entanto a animação do jogo no geral está muito superior e isso é notável.

Agora que temos Meat Boy e Bandage Girl unidos para salvar o filho, é possível escolher entre um ou outro. A jogabilidade infelizmente não difere em nada, apenas os sprites e por isso, não é algo que vá fazer diferença. Enquanto que Meat Boy utiliza o punho para dar socos, Bandage Girl dá pontapés, mas na prática, são iguais.


Já que estamos a falar na jogabilidade, este difere do seu antecessor, para o bem ou para o mal. Enquanto que em Super Meat Boy tínhamos total controlo de Meat Boy, neste título os produtores resolveram seguir os passos de jogos como Miles and Kilo em que não existe qualquer possibilidade de controlar a velocidade da personagem, ela corre por si mesma. Já os socos e pontapés, são realizados no mesmo botão, premindo o de saltar. Uma vez carregado para saltar, premindo novamente o botão faz com que a personagem dê um soco/pontapé. É também possível baixar a personagem para que não perca a cabeça nos imensos obstáculos que surgem constantemente.

É claro que ele não anda apenas para a direita, pois ao saltar contra uma parede, a personagem pode saltar para a parede da esquerda, mas se ele for a correr para o ecrã da esquerda simplesmente morre. E se pensam que é frustrante, verdade seja dita, os checkpoints facilitam bem mais que no jogo original e isso pode ajudar alguns jogadores a aceitar todas as mortes e tentar uma vez mais. Mesmo assim, podem contar com a grande dificuldade de sempre, ou talvez ainda mais.


O design dos níveis é uma vez mais espetacular, com todo o tipo de armadilhas para desfazer os nossos personagens. São várias secções e a música é relativamente semelhante à do jogo anterior, por isso, nas lutas contra bosses há sempre uma intensidade notável. Por falar em bosses, são dos melhores dentro do género, o primeiro cria logo um impacto e promete ser épico até ao final do jogo, é algo que apesar de difícil, é viciante e excelente, muitíssimo original.


Como se pode ler, não é um jogo para todos e, pode até nem ser para os fãs do primeiro devido à adaptação da nova jogabilidade nesta sequela. Difícil, mas perfeitamente jogável, especialmente na Switch, onde pode ser jogado aos poucos graças à portabilidade. Quanto à longevidade, até é relativamente curto, mas os níveis são o suficiente para deixar as pessoas com os nervos à flor da pele.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Plan of Attack

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